O Estado de São Paulo (2020-05-16)

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A18 Metrópole SÁBADO, 16 DE MAIO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


Mesmo em horários de pico, pátios estão cheios de composições


paradas e tempo de espera aumenta nas estações paulistanas


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Crise afasta pessoal


e Metrô opera sem


1/4 da frota em SP


Priscila Mengue
Tulio Kruse


A adoção de um bloqueio total,
que vete qualquer deslocamen-
to que não seja essencial, não es-
tá na lista de opções da maioria
das prefeituras da Grande São
Paulo para combater a pande-


mia do novo coronavírus. Após
o prefeito Bruno Covas (PSDB)
declarar que não descarta a pos-
sibilidade de adotar o chamado
lockdown, o Estadão procurou
os municípios da região metro-
politana, dos quais apenas 1 se
mostrou favorável, enquanto
outros 32 são contrários e 5 não
responderam.
Covas já disse que o bloqueio
total pode ser adotado caso o
índice de isolamento social con-
tinue abaixo do nível ideal. Três
dias atrás, ele declarou que um
possível lockdown teria mais
efeito se fosse adotado por ou-

tras prefeituras da região metro-
politana, por causa da circula-
ção de pessoas entre as cidades.
O endurecimento do isola-
mento apenas na capital é consi-
derado ineficaz, e se prevê difi-
culdade na tarefa de conseguir
apoio de alguns municípios vizi-
nhos. Em nota na quinta-feira, a
gestão Covas disse que um lock-
down só será decretado “se téc-
nicos da saúde recomendarem
e, preferencialmente, se for ado-
tado coordenadamente com os
39 municípios da Grande São
Paulo ou com o governo do Esta-
do.” Ontem, o governador João

Doria (PSDB) afirmou que a me-
dida pode ser aplicada, tanto
em nível local quanto regional,
em caso de necessidade.
Para a maioria das prefeitu-
ras, a possibilidade de bloqueio
deve ser considerada se a ocupa-
ção de leitos de UTI chegar per-
to do limite. “Para decretar lock-
down, o primeiro problema é a
falta de leitos hospitalares e de
UTI – até porque aí você deixa
de ter onde atender a popula-
ção – o que não é meu caso”, diz
o prefeito de São Bernardo do
Campo, Orlando Morando
(PSDB). A cidade inaugurou há

15 dias um hospital de campa-
nha e entregou 250 leitos.
Já o prefeito de Rio Grande da
Serra, Gabriel Maranhão (Cida-
dania), é favorável à adoção do
lockdown conjunto com São

Paulo e diz que defenderá a me-
dida na próxima reunião do
Consórcio Intermunicipal
Grande ABC, que preside, na se-
gunda. “Pactuo com o lock-
down neste momento. A gente
vê que inúmeros países tiveram
essa atitude mais ríspida.”
A opinião de Maranhão não é
acompanhada por nenhum dos
outros seis prefeitos do consór-
cio. “Não caberia neste momen-
to um lockdown, não faria senti-
do por todo o planejamento
(municipal), que tem gerado
bons números”, diz Paulo Serra
(PSDB), prefeito de Santo An-
dré. “Mas a gente sabe que não é
uma decisão individual”, ponde-
ra. “Se tiver uma determinação
regional, nós vamos seguir.”

Maria do Carmo Coimbra Car-
doso – Aos 95 anos. Deixa os filhos
Carlos Henrique, Antônio Carlos,
Maria Aparecida, Heloísa Helena,
parentes e amigos. O enterro foi rea-
lizado no Cemitério de Congonhas.
Pierina Seneme Denardi – Aos
95 anos. Filha de Felipe Seneme e
Carolina Basso. Era viúva. Deixa fi-
lhos, parentes e amigos. O enterro
foi realizado no Cemitério Parque
dos Girassóis.

Giuseppa Lo Bello – Dia 15, aos
90 anos. Filha de Nicolo Lo Bello e
Santina Lo Bello. Era solteira. O en-
terro foi realizado no Cemitério da
Paz.
Jacira Martins Francisco – Dia
14, aos 79 anos. Era viúva de Rai-
mundo Francisco. Deixa os filhos
Eliete, Elizeu, parentes e amigos. O
enterro foi realizado no Cemitério e
Crematório Primaveras.
Stela Fagundes de Almeida –

Dia 13, aos 79 anos. Era casada
com José Vidal da Silva Filho. Deixa
parentes e amigos. O enterro foi rea-
lizado no Cemitério e Crematório
Primaveras.
Aurora Nunes Koga – Aos 57
anos. Filha de Caetano Manuel da
Silva e Alaide Nunes da Silva. Era
casada com Eduardo Chiguenobu
Koga. Deixa filhos, parentes e ami-
gos. O enterro foi realizado no Cemi-
tério Parque dos Girassóis.

Aguinaldo Padulla – Dia 8, aos
92 anos. Era casado com Odile Pa-
dulla. Deixa os filhos Júnior, Mari,
Arnaldo, parentes e amigos. O en-
terro foi realizado no Cemitério do
Araçá.
Francisco Decio Bravo – Aos 91
anos. Era solteiro. Deixa parentes e
amigos. O enterro foi realizado no
Cemitério e Crematório Primaveras.
Francisco De Paula Assis Jú-
nior – Dia 8, aos 81 anos. Era casa-

do com Marilia. Deixa os filhos Mar-
ta, Vera, Mirian, Francisco, parentes
e amigos. O enterro foi realizado no
Cemitério da Consolação.
José Edmundo Rocha – Dia 13,
aos 80 anos. Era viúvo de Maria
Lenes Silveira. Deixa os filhos Be-
nedito, Maria, José, Rosilene,
Luis, Raimundo, Conceição e So-
corro. A cerimônia de cremação
foi realizada no Cemitério e Cre-
matório Primaveras.

Bruno Ribeiro


Os pátios do metrô de São Pau-
lo estão cheios de trens para-
dos em horários de pico, mo-
mentos do dia em que as esta-
ções estão com mais pessoas
aglomeradas. A empresa admi-
te ter paralisado uma de cada
quatro composições da frota
e argumenta que teve de fazer
isso por causa da falta de pes-
soal, em decorrência do novo
coronavírus. O governo do Es-
tado descarta a possibilidade
de fazer novas contratações.
A lotação das estações virou
motivo de disputa entre gover-
no e Prefeitura desde que a cida-
de criou um rodízio mais restri-
tivo de veículos, na semana pas-
sada, para tentar aumentar o nú-
mero de pessoas em casa. Se-
gundo o governo do Estado, a
medida aumentou o fluxo de


pessoas nas estações, em mé-
dia, em 12% – de 850 mil passa-
geiros por dia para 955 mil.
No horário de pico, entretan-
to, comparando a semana ante-
rior ao novo rodízio com a sema-
na após a restrição, essa diferen-
ça foi de 4,5%, de 470 mil para
492 mil nos horários de pico.
Com menos trens em opera-
ção, o headway, intervalo entre
cada composição, fica maior,
causando a lotação. Com um
cronômetro, o Estadão verifi-
cou o tempo de espera nas três
principais linhas da rede, 1-
Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. A
espera chega a ser 50% maior do
que na comparação com o
headway que era praticado an-
tes da pandemia (que está regis-
trado no Portal da Transparên-
cia do Metrô).
“Está muito lotado e me sinto
insegura todos os dias. Tanto

no trem (da CPTM) quanto no
metrô”, diz a cuidadora de ido-
sos Rosane Cruz, de 40 anos.
Ela trabalha a cada dois dias e
leva uma hora e meia no trajeto
de Santo André ao Butantã, na
zona oeste. “Parece que que-
rem que a gente morra.” Já a
coordenadora de recursos hu-
manos Natália Melati, de 34
anos, minimiza o risco. “Não
me sinto insegura”, disse ela,
que tem carro mas, mesmo an-
tes do novo rodízio, já usava o
transporte público.
Dados da própria companhia
mostram que a espera pelos
trens já foi maior a partir de mar-
ço, primeiro mês da crise. Com-
parando o mês com março de
2019, o intervalo entre trens
cresceu de 118 para 147 segun-
dos na Linha 1, de 129 para 187
segundos na Linha 2 e de 118 pa-
ra 136 segundos na Linha 3.

O secretário estadual dos
Transportes Metropolitanos,
Alexandre Baldy, responsável
pelo Metrô e pela Companhia
Paulista de Trens Metropolita-
nos (CPTM), diz que a redução
da frota em 25% ocorre por au-
sência de efetivo, pois “37% dos
funcionários estão afastados”.
Entre eles, há idosos, servido-
res com comorbidades e até ca-
sos suspeitos de coronavírus.
Baldy não cogita repor essa

mão de obra nem com contrata-
ções temporárias. “A gente, em
caso de necessidade, pode até
contratar. Só que, no ano passa-
do, desligamos muita gente.
Precisamos ajustar a empresa,
como estamos ajustando”, afir-
mou, ao lembrar que é promes-
sa do governo João Doria
(PSDB) não realizar concursos
para a empresa. Baldy diz que
75% dos passageiros transporta-
dos na rede se concentram nos
horário de pico. “Temos uma
demanda de domingo. Aos do-
mingos, usamos 18 trens e não
tem aglomeração.” Agora, são
usados 30 dos 41 trens disponí-
veis na Linha 3-Vermelha, a que
tem maior fluxo.
Baldy defende que a Prefeitu-
ra estabeleça mais restrições, es-
calonando horários de funcio-
namento do comércio que ain-
da está aberto, como supermer-

cados e farmácias, de forma a
evitar a aglomeração. Essa reco-
mendação já foi adotada pela
Prefeitura, que em abril publi-
cou decreto estipulando horá-
rios de funcionamento para 60
atividades. O decreto munici-
pal recomendava trocas de tur-
no antes das 6 horas e depois
das 11 horas para evitar aglome-
rações em transporte, mas a me-
dida tem caráter educativo.
Metroviários ouvidos pelo Es-
tadão argumentam ainda que,
com a demanda na casa dos 850
mil passageiros por dia (ante a
média de quase 4 milhões antes
da pandemia), o Metrô teria pro-
blemas de arrecadação, e não te-
ria condições de manter toda a
frota operando. Baldy reconhe-
ce o problema de receita, que
caiu 75%, e diz que não há como
economizar nos custos de ope-
ração. “A conta de energia do
Metrô não é como a de casa.”

Saúde. Segundo especialistas,
o transporte público é o segun-
do principal local de transmis-
são de uma doença como a co-
vid-19 – perde apenas para os
hospitais. “Qualquer gasto em
transporte tem de ser visto co-
mo investimento. Ele evita a
propagação de doenças, e é
mais barato do que montar
UTIs”, disse Edimilson Mi-
gowski, doutor em infectologia
da Universidade Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ). O professor
afirma que o distanciamento de-
veria ser assegurado no trans-
porte, e cita ações como limpe-
za das mãos, além do uso da
máscara (que já é obrigatório).

PANDEMIA DO CORONAVÍRUS


A família da queridaA família da queridaA família da queridaA família da querida

Comunica com pesar Comunica com pesar Comunica com pesar Comunica com pesar
o seu falecimento aos 94 anoso seu falecimento aos 94 anoso seu falecimento aos 94 anoso seu falecimento aos 94 anos
e convida para a missa de 7º dia online e convida para a missa de 7º dia online e convida para a missa de 7º dia online e convida para a missa de 7º dia online
dia 18 de Maio, às 12h00dia 18 de Maio, às 12h00dia 18 de Maio, às 12h00dia 18 de Maio, às 12h
youtube.com/nossasenhoradobrasil youtube.com/nossasenhoradobrasil youtube.com/nossasenhoradobrasil youtube.com/nossasenhoradobrasil
@nossasenhoradobrasil@nossasenhoradobrasil@nossasenhoradobrasil@nossasenhoradobrasil
[email protected]@[email protected]@gmail.com

NAIR SANCHEZNAIR SANCHEZNAIR SANCHEZNAIR SANCHEZ


lLockdown noturno
Francisco Morato, na Grande
São Paulo, tem um decreto de
lockdown em vigor, mas exclusi-
vamente para o período entre as
22 e as 6 horas. Segundo a prefei-
tura, ainda não se estuda a ade-
são em período integral.

lDéficit

32 municípios da Grande SP são contra bloqueio total


Bruno Covas já disse que


lockdown pode ser


adotado caso o índice de


isolamento social


continue abaixo do ideal


Jabaquara. Número de passageiros aumentou após rodízio

FOTOS FELIPE RAU/ESTADÃO–14/5/

Itaquera. Foi cronometrado o tempo de espera nas três principais linhas do metrô paulista e verificou-se que a demora chega a ser 50% maior do que a registrada antes da pandemia


3.
é o número de funcionários
afastados de um total de cerca
de 8.400 metroviários de São
Paulo. Os motivos do afastamen-
to incluem idade, comorbidade e
até infecção pelo coronavírus.
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