Adega - Edição 175 (2020-05)

(Antfer) #1

Edição 175 >> ADEGA 67


1 • 100 %desraisins(detoutesori-
gines: AOP,VindeFrance,etc.)desti-
nésà unvinquiserevendique« Vin
méthodenature»sedoiventd’être
issusd’uneagriculturebiologiqueen-
gagéeetcertifiée(Nature& Progrès,
AB,ou 2 eannéedeconversionABà
minima).
2 •Lesvendangessontmanuelles.
3 •Lesvinssontvinifiésuniquement
avecdeslevuresindigènes.
4 •Aucunintrantn’estajouté.
5 •Aucuneactiondemodification
volontairedela constitutionduraisin
n’estautorisée.
6 • Aucunrecoursauxtechniques
physiquesbrutaleset traumatisantes
(osmoseinverse,filtrations,filtration
tangentielle, flash pasteurisation,
thermovinification...)n’estpermis.
7 •Aucunsulfiten’estajoutéavantet
lorsdesfermentations.
(Possibilitéd’ajustement- del’ordre
de: SO2< 30 mg/lH2SO4total,
quelsquesoientlacouleuretle type
devin- avantlamise; obligation
d’informationd’adjonctiondesul-
fites,mentionnéesurl’étiquettevia
unlogodédié.)

8 •Lorsd’un« salondesVinsmé-
thodenature» lesvigneronscomme
lesorganisateurss’engagentà pré-
senterla charteà côtédesbouteilles;
lescavistesindépendantssonten-
couragésà fairedemême,dansla
mesuredupossible,auseindeleur
établissement.
9 •Utilisationd’unlogod’identification.

10 • L’engagementseferalorsdela
miseen« commercialisation» (obli-
gationderésultat)parune« décla-
rationsurl’honneur»,faisantsuite
à l’avisdubureauduSyndicat; il
serademandéchaqueannéepour
chaquecuvée(lotclairementiden-
tifié).
11 • Lescuvéesnon« Vinsméthode
nature» doiventêtreclairementiden-
tifiables(étiquetagedifférencié)chez
lessignataires.
12 • Lessignatairess’engageront
enleurnompropreettoutesles
informations demandées seront
misesenligne.

NOTRECHARTED’ENGAGEMENT

Cetengagementestissud’uneassociationcollégiale.

Notresyndicat
dedéfensedesVinsNature’lexistedepuis
septembre 2019 pourfédérerunelarge
communautéautourdesvaleurs(artisa-
nat,transparence,indépendance,dimen-
sionsociale)et desprincipesd’élaboration
etdediffusiondu« VinméthodeNature».

Nosobjectifs
opérationnels


  • Défendrele vinnature etses
    membresauprèsdesinstitutionspubliques
    et organisations

  • Communiquer sur la charte
    d’engagementetlelogo« Vinméthode
    Nature»

  • Fairevivreunecommunauté(vi-
    gneron,professionnelduvin,consomma-
    teur)autourduvinnature


ÉTAPE 1
ADHÉRERauSyndicatdedéfense
desvinsNature’l


  • Adhésionde 30 €paran

  • Viaunformulaireenlignesurinternet
    ÉTAPE 2
    ENGAGERlescuvéesavant
    le 10décembre
    (datededéclarationderécolte)

  • Viaunformulaireenlignesurinternet

  • Nombredecuvéeetvolumemaximum
    (possibilitéderéduirelescuvéeset lesvo-
    lumesensuitemaispasdelesaugmenter)
    ÉTAPE 3
    TRANSMETTREauSyndicat
    uneanalysecofrac« FrantzPaul»
    parlot

  • 1 analyseparcuvéeouparlotaprèsmise
    enbouteille(engardantlesdocumentsde
    traçabilitéduvinet cahierdecave)

  • À réaliserà la chargeduvigneron
    ÉTAPE 4
    VÉ RIFICATIONdel’analyse
    parle Syndicat

  • Conformitédel’analyse

  • Respectdela charted’engagement
    ÉTAPE 5
    VALIDATIONparle Syndicat

  • Confirmationauvignerondel’utilisation
    dulogoenfonctiondel’analyse(-10ou
    -30)

  • Conventiond’utilisationdulogo

  • Transmissiond’unefacturede 20 €par
    cuvéeengagée


Procédured’engagement
duvigneron.e

Cartilha do
sindicato para
que os vinhos
possam ser
considerados
“méthode
nature”

ga de produtores alegarem terem uvas orgânicas
sem terem o certificado. Também vale lembrar
que, para se ter um vinho certificado orgânico, a
vinícola deve estar legalizada. Ao meu ver, exigir
padrões europeus para produtores que ainda são
embrionários (artesanais e clandestinos) é matar a
galinha para tirar o ovo de dentro... uma cruelda-
de sem limites”, conclui.
James Martini Carl, da Negroponte, acredita que
uma definição para o que é vinho natural é bem-
-vinda. “Isso é interessante para deixar claro para o
consumidor o que é cada coisa, vinho orgânico, vi-
nho biodinâmico, vinho natural, vinho autoral. Acho
importante ter definido o que é vinho natural, é im-
portante ele ser caracterizado, para que não se fique à
mercê do que cada um diz, sem um rumo”.
No entanto, ele aponta que “a realidade da
França e do Brasil são diferentes e há de se achar
paralelos”. “Não uso aditivos enológicos, por exem-
plo, mas não critico quem usa. Uns defendem
fermentação espontânea, eu defendo levedura de


terroir. Acho que se pode usar uma levedura natural
da Campanha Gaúcha se for vinho da Campanha,
pois a levedura caracteriza o terroir”, diz.

A quem interessa?
“De modo geral, acho que essa certificação tem
pontos positivos, vai atender uma demanda de uma
parcela deste ‘setor’ que necessita de um enquadra-
mento na legislação (principalmente a francesa),
porque há produtores que fazem vinho natural e
querem continuar dentro das AOC, e encontram
muitas dificuldades quando o assunto é a vinifica-
ção natural. Também deve ‘facilitar’ em alguns as-
pectos a organização de feiras, concursos, etc., para
esse mesmo grupo. Por outro lado, vejo que a neces-
sidade da criação de uma legislação interessa mais
a um setor e um mercado contrários a esta filosofia,
preocupados com o crescimento do número de pro-
dutores e de consumidores de vinho natural pelo
mundo, do que dos próprios produtores naturais”,
contesta Marina Santos, da Vinha Unna.

“Se exigir que
todo vinho
natural seja de
uva orgânica,
90% dos
vinhateiros
brasileiros que
hoje produzem
vinhos naturais
deixariam de
ser”
Free download pdf