Planeta - Edição 547 (2019-04 & 2019-05)

66 abril /Maio 2019 Planeta

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C

Era da incerteza

O que se pode esperar em

termos ambientais de um

governo cujo ministro

da área (indicado pela

bancada do agronegócio)

é réu por improbidade

administrativa e outro

ministro, das Relações

Exteriores, considera que a mudança

climática é uma “trama marxista” (“Era da

incerteza”, PLANETA 546, fevereiro/março

de 2019)? Lembremos ainda que Jair

Bolsonaro queria extinguir o Ministério do

Meio Ambiente e ameaçou retirar o Brasil

do Acordo de Paris “se ele não mudar”.

Nunca poderíamos pensar que o Brasil

passaria tão rapidamente de potência

ambiental para piada (de mau gosto)

ambiental.

Roberto Albuquerque

por e-mail

Ainda bem que a fatia mais avançada do

agronegócio e outros interlocutores têm

agido para inibir os desvarios ambientais

do governo Bolsonaro. Mas o início da

gestão nessa área é de dar medo.

Eliana Gonçalves

Por e-mail

Qual seria a palavra mais adequada para

descrever a ruptura de barragem da Vale

em Brumadinho, menos de três anos

depois de o mesmo tipo de incidente

ocorrer em outra barragem em Mariana

na qual a dita empresa está envolvida?

Li no site dessa companhia que a sua

missão é “transformar recursos naturais

em prosperidade e desenvolvimento

sustentável” e a sua visão é “ser a empresa

de recursos naturais global número

um em criação de valor de longo prazo,

com excelência, paixão pelas pessoas e

pelo planeta”... Pior ainda é ler seus seis

valores, com destaque macabro para os

números 1 (“a vida em primeiro lugar”),

3 (“cuidar do nosso planeta”), 4 (“agir de

forma correta”) e 5 (“crescer e evoluir

juntos”). Quantas palavras vazias, não?

Acompanhemos agora o doloroso (para

nós) balé dessa empresa – “uma joia que

não pode ser condenada”, nas palavras

de seu presidente afastado – na tentativa

de fugir das imensas

responsabilidades que

adquiriu com esses casos

ou adiá-las ao infinito. Com

o apreço do atual governo

pelo meio ambiente, não

surpreenderia a ninguém

se ela conseguisse passar

praticamente incólume por

todo esse processo.

Everaldo Santos

por e-mail

Sinais de atenção

Sempre fiquei intrigado com as matérias

sobre João Teixeira de Faria, ou João de

Deus (“Sinais de atenção”, PLANETA 546,

fevereiro/março de 2019), em que ele

aparecia ostentando sinais de riqueza ou

declarando-se amigo dessa ou daquela

personalidade. Algo parecia errado. E

de repente toda a sua estrutura ruiu. Ele

teve a oportunidade de fazer um trabalho

belíssimo e se perdeu no caminho.

Neusa Silva

por e-mail

Melancólico o fim de carreira de João de

Deus. Mas ele demonstra que, mais cedo

ou mais tarde, temos de prestar contas de

nossos atos.

Francisco Gonçalves

por e-mail

O Ártico derrete

As mudanças no extremo norte da

Terra mostradas na matéria “O Ártico

derrete e abre novas rotas de exploração”

(PLANETA 543, agosto/setembro de

2018) são exemplos dos seres humanos

destruindo o meio ambiente.

Edson Laurentino

pelo Facebook

Edição 546Mar 2019 Ano 48Fev/

R$ 15,

do trabalho brasileira, Maior tragédia o rompimento

da represa da Vale coloca em xeque em Brumadinho

federal sobre questões o posicionamento do novo governo

socioambientais

QUANTO

A VIDA?

morrer nos anos 2020A classe média vai SOCIEDADE^

arma contra o câncer Imunoterapia, nova MEDICINA^

ESPIRITUALIDADEAs tentações que seduzem médiuns

Exemplar de assinanteVenda proibida

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