O Estado de São Paulo (2020-05-27)

(Antfer) #1

PET NO CARRO FAZ MOTORISTA GUIAR MELHOR


Os fãs do Batman têm um novo
passatempo durante a pande-
mia. A Warner Bros lançou no
YouTube um documentário
com quase uma hora de dura-
ção contando a história do bat-
móvel. O carro é um dos mais
icônicos do cinema e teve a his-
tória de todas as unidades con-
tadas em detalhes, com direito
aos bastidores dos filmes.
Foram feitos cinco modelos
desde o primeiro, mostrado em
Batman: O Filme, de 1966. O bat-
móvel original era baseado em
um Lincoln Futura de 1955 e tra-
zia detalhes visuais que reme-


tiam ao “homem morcego”, co-
mo o símbolo estilizado nas por-
tas. As janelas, por exemplo, ti-
nham formato similar ao de “bo-
lhas” ao redor dos ocupantes,
em um estilo que lembra o dos
carros dos Jetsons.
Um dos modelos considera-
dos mais icônicos é o dos anos
80, de Batman, de 1989. O filme,
com Michael Keaton no papel
principal, trouxe um batmóvel
futurista, com direito a chamas
similares às de foguetes na tra-
seira e visual radical. Esse carro
também brilhou em Batman: O
Retorno, de 1992, e influenciou

uma geração de fãs da franquia.
Tanto que os carros dos fil-
mes seguintes – Batman Fore-
ver, de 1995, Batman Begins, de
2005, e Batman: O Cavaleiro das
Trevas, de 2008 –, fizeram bem
menos sucesso. Assim como o
utilizado em Batman vs. Super-
man, de 2016, que não foi retra-
tado na produção da Warner.
Um novo Batman está em fa-
se de produção e tem previsão
de lançamento para o ano que
vem. O filme trará uma releitu-
ra do batmóvel, que lembra mui-
to os “muscle cars” america-
nos. A frente é comprida e as

caixas de rodas largas dão um
estilo musculoso à carroceria.
Como o filme contará o início
da vida de Bruce Wayne como
Batman, esse batmóvel não se-
rá como os outros, tão tecnoló-
gicos e blindados. O carro, de
visual rústico e artesanal, pare-
ce ter sido feito na garagem, ou
melhor, na “batgaragem”.

Lincoln Futura. A Lincoln é
uma marca da Ford fundada em


  1. E o Futura é um protótipo
    criado pela empresa e apresen-
    tado no Salão de Chicago
    (EUA) em janeiro de 1955.


O modelo utilizado no seria-
do de TV é basicamente o carro
original desenhado por Bill Sch-
midt e John Najjar. A carroceria
foi feita à mão pelo estúdio ita-
liano Ghia, de Turim, e custou
US$ 250 mil (equivalentes a
US$ 2,4 milhões atualmente).
Uma das alterações mais im-
portantes é a pintura preta
com detalhes vermelhos. O
protótipo tinha originalmente
pintura branca perolizada (fo-
ram utilizadas pérolas moídas
para obter o efeito na tinta).
O motor era V8 e o câmbio,
automático de três marchas.

SANTO


CARRO,


BATMAN!


Uma pesquisa feita pela marca
de veículos espanhola Seat, que
faz parte do Grupo Volkswa-
gen, revelou que a presença de
animais de estimação dentro
do carro faz com que o motoris-
ta tome mais cuidado ao volan-
te. O estudo mostrou que 54%
dos donos de cachorros afirma-
ram que dirigem mais cautelosa-
mente quando seus animais es-
tão no veículo.
O aumento no cuidado foi no-
tado particularmente em moto-
ristas mais jovens, com idades


entre 18 e 24 anos. De acordo
com o levantamento, 69% des-
ses entrevistados disseram que
são mais cuidadosos quando
seus animais estão no carro.
A atenção extra também apa-
receu entre motoristas com ida-
de acima de 55 anos. Os dados
apontam que 42% afirmaram se-
rem mais cuidadosos.
Além do cuidado maior, os
animais também deixam os mo-
toristas menos estressados ao
volante. A pesquisa da Seat mos-
trou que 35% dos condutores se
sentem menos irritados quan-
do seus animais estão a bordo.
Em todo caso, apesar do
maior cuidado ao volante, um
terço dos motoristas entrevista-
dos afirmou que sequer conhe-
ce as regras específicas para
transporte de animais. Outros

90% afirmaram que não sabem
se poderiam ser punidos por di-
rigir perigosamente com um
animal a bordo. Além disso,
20% dos entrevistados admiti-
ram que transportam seus ani-
mais soltos dentro do veículo.
Segundo informações da área
de pós-venda da Seat, utilizar
acessórios adequados para a se-
gurança dos animais é tão im-
portante quanto o uso do cinto
de segurança pelos outros ocu-
pantes do veículo.
No Brasil, dirigir com o pet
solto no veículo, mesmo que es-
teja no colo ou entre os braços,
é passível de penalização. A mul-
ta é considerada de nível médio.
O motorista flagrado fica sujei-
to ao pagamento de R$ 130,16 e
quatro pontos na CNH.
Em caso de acidente, animais
soltos podem ser arremessados
para fora do carro, bater em par-
tes rígidas da cabine ou mesmo
atingir outros ocupantes.

A General Motors encerrou a
operação da Holden em feverei-
ro. Mas já há um projeto para a
marca australiana centenária
que pertence ao grupo norte-
americano voltar à vida. Um se-


nador da Austrália propôs com-
prar a empresa pelo valor sim-
bólico de US$ 1 (equivalente a
cerca de R$ 5,40).
James McGrath é senador pe-
lo Estado de Queensland e “to-
mou as dores” dos concessioná-
rios do país. Os empresários es-
tão brigando com GM por causa
das propostas de compensação
financeira feitas pela controla-
dora da Holden com a saída da
marca do mercado.
A empresa norte-americana

estaria disposta a pagar valores
entre US$ 100 mil e US$ 2,4 mi-
lhões (R$ 540 mil e R$ 13 mi-
lhões, respectivamente, na con-
versão direta) aos concessioná-
rios. O valor dependerá do volu-
me de carros negociado e do ta-
manho de cada empresa. Tal
qual os revendedores, o sena-
dor McGrath considerou a pro-
posta “inadequada”.
Obviamente, o valor ofereci-
do pelo senador à GM é uma iro-
nia. “Se a GM acha que a marca
não vale nada, que a devolva à
Austrália”, disse. “De fato, es-
tou feliz em comprar a marca
Holden da GM por um dólar.
Vou enviar à (Mary) Barra (pre-
sidente mundial da GM) um dó-
lar pelo correio e ela pode devol-

ver a marca Holden que nós a
daremos aos revendedores.”
Muitos brasileiros podem
não saber, mas a Holden já este-
ve no País. A marca australiana
desenvolveu duas gerações do
Commodore, sedã que fez mui-
to sucesso por aqui com o nome
de Omega. O modelo foi vendi-
do no Brasil com o emblema da
Chevrolet de 1998 até 2011.
Depois da primeira geração,
que era baseada no Omega euro-
peu, a GM optou pela versão
australiana do carro para o Bra-
sil. As duas que vieram da ilha
da Oceania tinham motor V6
3.6 aspirado e câmbio automáti-
co de seis marchas. Por lá, essas
versões, mais completas, eram
chamadas de Calais.

lPioneiro

AUSTRALIANO DÁ


US$ 1 PELA HOLDEN


Segurança. No Brasil, levar bichos soltos no carro dá multa de R$ 130,16 e 4 pontos na CNH

Documentário da Warner Bros no YouTube traz detalhes de cinco


versões do batmóvel feitas para produções da TV e do cinema


LINCOLN/DIVULGAÇÃO

Futurista. Carro do filme de 1989 expelia chamas na traseira, como se fosse um foguete

REPRODUÇÃO

US$ 250 mil


foi o custo de produção do carro
que viria a ser transformado no
primeiro batmóvel utilizado na
TV. O protótipo da Lincoln, marca
da Ford, tinha carroceria feita à
mão pelo estúdio italiano Ghia e
pintura branca perolizada, cujo
efeito foi obtido por meio do uso
de pérolas de verdade moídas.
Em valores atualizados, o carro
custou cerca de US$ 2,4 milhões.

Protótipo. Lincoln fez uma
única unidade do modelo

Segundo estudo da Seat,


54% dos condutores


afirmam que dirigem


com mais cuidado se o
cachorro estiver a bordo


GM/DIVULGAÇÃO

Oferta foi feita à GM por


senador do país, que diz


que valores propostos a


revendedores da marca


são ‘inadequados’


Chevrolet. No Brasil, Commodore foi rebatizado de Omega

SEAT/DIVULGAÇÃO

I4DI São Paulo, 27 de maio 2020|O ESTADO DE S. PAULO|

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