Valor Econômico (2020-05-28)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 12 da edição"28/05/2020 1a CAD A" ---- Impressapor VDSilva às 27/05/2020@21:23:3 1


A12|Valor| Quinta-feira, 28demaiode 2020

Política


Especialistastemem


censura nasredessociais


DeBrasília

A ânsia dos senadores em
aprovar,de maneira urgente,
uma matéria que combata à dis-
seminaçãode “fakenews”por
gruposbolsonaristaspoderesul-
tar em censuranas redes sociais.
Esta é aavaliação de “think
tanks”,plataformas digitais e
tambémorganizaçõesligadasao
debatedacomunicaçãonaweb.
A principalpreocupaçãodos
gruposque atuamnessa áreaé
com um artigo que transferepa-
ra as plataformas (Twitter,Insta-
gram,Facebook eetc) arespon-
sabilidadesobreconteúdosgera-
dos por seususuários. Comoa
propostaimpõe penalidadesno
casode haver disseminação de
desinformação, atendência é
que essasredessociais passem a
deletarou bloquear qualquer ti-
podepostagemsensível.
“É positivoque tenhauma ini-
ciativacomoessa, mas fazeressa
discussãode maneira açodada
podetrazermaisprejuízosdo
que benefícios.Transferirpara as
plataformas a decisão sobreque
tipo de conteúdo podecircular
nas redespodecriarum proble-
ma muito maior. Coloca na mão
de empresas privadaso direito
sobreo que circulanessesespa-
ços que se transformaramnuma
esferapúblicade debate”, defen-
deu Bia Barbosa,integranteda

CoalizãoDireitosna Rede, grupo
formadopor organizaçõesda so-
ciedadecivil, ativistaseacadêmi-
cos em defesada internet livre e
abertanoBrasil.
A mesmaavaliaçãoé feita pelo
Laboratório de PolíticasPúblicas
e Internet (Lapin),uma“think
tank”que estudaa regulação de
tecnologiasdigitais.“Sobo te-
mor de ser responsabilizada caso
semantenhainerte,aplataforma
seinclinaráàdecisãodecensurar
um conteúdocaso não tenhano-
ção exatade sua veracidade,um
cenárioque afetará diretamente
o exercícioda liberdade de ex-
pressãono Brasil”, diz umanota
técnicapublicadapelogrupo.
Outracríticaao textoé ofato
de que não há regulaçãoou san-
çõescontraempresasquecomer-
cializam ferramentas para fal-
sear ou manipular o algoritmo
das redessociais.Esse tipo de fer-
ramentaéusadapara adissemi-
naçãoem massade conteúdo,
justamente oque oSupremoTri-
bunalFederalvem investigando
em relação aempresários próxi-
mosaogovernoJairBolsonaro.
Alémdisso, mesmosendo um
temacomplexo, oSenadonão
realizouqualquer audiência pú-
blicacom setoresque poderiam
ser impactados.O presidente do
Senado, Davi Alcolumbre (DEM-
AP), sequerescolher um relator
paraaproposta.(VLeRT)

Congressoacelera projetopara combater‘robôs’


Vandson Lima,Renan Tr uffi e
MarceloRibeiro
DeBrasília

Na esteira da operaçãodefla-
gradapelaPolícia Federalpor
contado chamado inquéritodas
“fakenews”, oCongresso Nacio-
nal resolveuentrarde solano
combateà propagação de desin-
formação e vai votar,já na sema-
na que vem no Senado, um pro-
jeto que jogapesadoparaaca-
bar com o uso de robôsem redes
sociais edisparosem massade
mensagens, responsabilizando
as plataformas que disponibili-
zam o serviço.
Denominada “Lei da Liberda-
de, Responsabilidadee Transpa-
rêncianaInternet”, amedidacria
uma série de regrasde monitora-
mentoque terãode ser seguidos
pelasempresas,indodesdenoti-
ficartodosos usuáriosque espa-
lhemconteúdo desinformativo a
limitar o número de encaminha-
mentosde umamesmamensa-
gemcincousuáriosougrupos.
A propostajá causou reação
do ladobolsonarista:ideólogo
do grupo, Olavo de Carvalhofoi
às redese pediuque o presidente
Jair Bolsonaro, oministro-chefe
do Gabinetede Segurança Insti-
tucional da Presidência (GSI),
AugustoHelenoeasdeputadas
Bia Kicis(PSL-DF) eCarla Zam-
belli (PSL-SP)atuemcontraotex-
to.Asduasdeputadasestãoentre
os seis parlamentaresque, por
determinação ministro Alexan-

dre de Moraes,serãoouvidospe-
la PF no inquérito que apurapro-
duçãode informaçõesfalsase
ameaçasaos membros do Supre-
moTribunalFederal(STF).
A seu estilo, Olavo desfilou um
coroláriode acusações.Chamou
o senador de deputado, o Cida-
daniade PPS e os acusoude se-
rem comunistas, ligadosao Foro
de São Paulo eàsFarc (organiza-
ção de guerrilhacolombiana),
que por sua vez “têmmonopólio
do comércio de drogasno Bra-
sil”. “Esses partidossão todos
cúmplices do narcotráfico,todo
comunista por definiçãoécúm-
plicedegenocídioeosenhorcoi-
so[Alessandro]tambémé”.
OPPS mudouno ano passado
seunomeparaCidadania.Aori-
gemda siglaremeteao Partido
ComunistaBrasileiro(PCB)e a
mudançaaconteceu em 1992.
“Esseprojeto praticamenteeli-
minaa liberdadede expressão
na internete colocatodaacir-
culaçãode informaçãosob to-
tal controledo governo. Vocês
não tem maiscoragem de dizer
que são comunistas,massão.
Estãocopiandoomodelochi-
nês”,opinouOlavo.
AoValor, Vieiradisseque o
vídeo causou transtornos de
imediato. “Estoufalandocom
vocêerecebendodezenasde
mensagens por minuto”, disse.
Delegado e responsável pela
primeiradelegaciaespecializa-
da em crimesvirtuaisem Sergi-
pe, o senadordisseque não vai

recuar. “Há figurasque são cria-
doresde teoriasconspiratórias
edesinformação em massa,
Olavoéumdeles”,apontou.
Para oparlamentar, aproposta
tem grandes chancesde ser apro-
vada. “A responsabilidade das
plataformas não está bemposta
do ponto de vista da legislação,
sendo que só elas reúnem condi-
çõestécnicasdeenfrentaradisse-
minação de ‘fakenews’”, aponta.
“É algoque em partejá fazem,
mas vinculado apenas à sua polí-
tica interna e sem possibilidade
de recurso. Empresas nãosão
compelidas a fazer esse combate
porque o acessogeradinheiro,
mesmo queàcustade difamação
ou informaçãofalsa. Oprojeto
avançanisso. Construímosuma
propostapalpável,exequível”.
A cúpula do Congresso Nacio-
nal viu com bonsolhos aoperação
da PF, apurou areportagem.Se-
gundo interlocutores, a ofensiva
tem oapoioda maioriadas lide-
rançaspolíticas. Isso porque os
presidentes da Câmara, Rodrigo
Maia(DEM-RJ), e do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP), são os con-
gressistasque maistêm sofrido
comosataquesnasredessociais.
Nasemanapassada,porexem-
plo, Alcolumbrefoi alvo de ata-
quesantissemitas na internet.
Umapostagemno Facebook, já
removidadaredesocial,elogiava
opresidenteJairBolsonaroeafir-
mava que ele tinhaem seu “des-
favor”umjudeuàfrentedoSena-
do Federal.A postagemteciaco-

mentários preconceituosos e
ofensivosaosjudeus.
A operaçãocolocounumasi-
tuaçãodelicadaaté parlamenta-
res que defendema criaçãode
umaComissãoParlamentar de
Inquérito(CPI)paraaveriguaro
ativismo políticode integrantes
do Supremo. Apesarde o inqué-
rito ser vistocomoinapropriado
—não seriaatribuiçãodo STF
conduzirinvestigações—, esses
parlamentarestambémsão favo-
ráveis a umaapuração contra
bolsonaristas que promovem
disseminaçãode notíciasfalsas.
“É difícil equilibrar a críticame-
recidaao STF sem deixarde bater
nas bandalheirasinvestigadas”,
explicouumafonte.
Durante a sessão de ontem do
Senado, Alcolumbrepostoumen-
sagem nas redesdefendendoo
projeto. “Para combateressaava-
lanche de ‘fakenews’, que agride
cadacidadãobrasileiro, o Senado
Federal deve votar, na terça-feira, o
projeto do senador Alessandro.
Barrar as 'fake news' é um serviço
emproldaliberdade,daboainfor-
maçãoedaverdade”.
Maiareiterou: “Ninguém quer
reduziraliberdadede expressão.
O que se queré responsabiliza-
ção. Umaplataformadigitalnão
éapenasuminstrumentodepas-
sagem. Ela sabe quandoé um ro-
bô ou quandoéuma pessoaque
estádigitalizandoum número
de informações, reproduzindo,
retuitando”, disseMaia.“A gente
nãopodefugirdessedebate”.

Presidente teria demonstrado irritação com ação


MatheusSchuche Isadora Peron
DeBrasília

O presidente Jair Bolsonaro
reagiu ontemcomirritação à
operação que envolveu aliados
próximosnasinvestigaçõessobre
“fakenews”,apurouoValor.Logo
no início da manhã,Bolsonaro
fez umavisita fora da agendaao
presidente do Supremo Tribunal
Federal, DiasToffoli, quese recu-
pera de uma cirurgia no hospital.
À tarde, convocou a equipe mi-
nisterial para uma reunião ex-
traordinárianoPaláciodoPlanal-
to, onde discutiuos desdobra-

mentos da ação eosprocedimen-
tosque adotará diante da convo-
cação do ministro da Educação,
AbrahamWeintraub,paradepor.
O motivo do pedido de esclare-
cimentodoSTFaotitulardoMECé
adeclaraçãodadapor ele na reu-
niãoministerial de 22 de abril,
quandoWeintraubchamouosmi-
nistros do STF de “vagabundos” e
disseque,porele,osprenderia.
Bolsonaroevitoucomentaro
assuntoempúblico.Osministros
palacianostambémtrataramdo
temaapenasem conversasinter-
nas, para evitarum agravamento
da crise com acúpulado Judiciá-

rio.Após a reunião ministerial,o
vice-presidente HamiltonMou-
rão usouas redessociaisepubli-
cou: “Competeao MP [Ministério
Público]a ação penalpública,
alémde assegurardiligênciasin-
vestigatóriaseinstauraçãode in-
quéritopolicial(acusar,investi-
gar e denunciar).E aos demais
Podereszelarpela transparência
e publicidadedos atos do Poder
Público.Éisso que está aconte-
cendonoBrasil?”,escreveu.
Antes, coube ao ministro da Jus-
tiça eSegurança Pública,André
Mendonça, principal conselheiro
de Bolsonarosobre o tema,co-

mentaremnota aoperação de for-
ma maisdetalhada, o que foi con-
siderado, nos bastidores, a posição
que opresidente gostaria de ex-
pressar. “Vivemos em um Estado
Democrático de Direito.Édemo-
cráticoporque todoo poderema-
nadopovo.Eaestepovoégaranti-
do o inalienável direito de criticar
seus representanteseinstituições
de quaisquer dos Poderes. Além
disso,aosparlamentareségaranti-
da a amplaimunidadepor suas
opiniões,palavrasevotos.”
O ministro justificouque, como
advogado-geral da União,em
2019, defendeu a constitucionali-

dade do ato do Judiciário “por de-
ver de ofícioimposto pela Consti-
tuição”, mas que não se manifes-
tousobreoméritodainvestigação,
jamaisteveacessoaoseuconteúdo
eas diligências realizadas ontem
pelaPFocorreramno estrito cum-
primentodeordemjudicial.
Mais cedo, o ministro da Educa-
ção comparou nas redes sociais a
operaçãoaonazismo.“Cresciescu-
tandocomo os Weintraub foram
caçadose como sobreviveram ao
infernodeHitler. Escuteicomoa
SS Totenkopft entravanas casas
das famílias inimigas do nazismo.
Nesse momento sombrio, digo

apenasumapalavraaosirmãos
quetiveramseus lares violados: LI-
BERDADE!”, escreveu, em relação
aosmandadosde busca eapreen-
sãocumpridospelaPF.
O secretário de Comunicação
Social da Presidência, Fabio Wajn-
garten, também reagiu. “Alguns
jornalistas e apoiadorestiveram
seus equipamentos de trabalho
apreendidos por decisãojudicial e
não poderão mais veicular, com li-
berdade de expressão, suasopi-
niões.Enquantoisso,algunsveícu-
los continuam produzindo‘fake
news’diariamente semseremper-
turbados”,escreveu.

JudiciárioDesdobramentospodemmuniciarações


quepedemcassaçãodepresidenteevicenoTSE


Operação da PF tem


apoiadores de


Bolsonaro como alvo


Isadora Peron
e MurilloCamarotto
DeBrasília

Sob determinação do ministro
doSupremoTribunalFederal(STF)
Alexandre de Moraes, aPolícia Fe-
deraldeflagrouontemumaopera-
ção no âmbito do inquéritodas
“fakenews”que colocouochama-
do “gabinete do ódio”, uma supos-
ta estrutura paralela de comunica-
ção do governo, no centro do es-
quemainvestigado, alémde parla-
mentares, empresários e aliados
dopresidenteJairBolsonaro.
Os desdobramentos do caso
podem trazerreflexosinclusive
para as ações que pedem a cassa-
ção dos mandatos de Bolsonaro e
dovice,HamiltonMourão,noTri-
bunal Superior Eleitoral (TSE). À
tarde,osplenáriosdoSTFedoTri-
bunal de Contas da União (TCU)
tambémanalisaram casos rela-
cionadosàdisseminaçãode"fake
news" e à suspensãode serviços
deaplicativosdemensagens.
“As provascolhidas eos laudos
periciaisapresentadosnestesautos
apontampara areal possibilidade
de existência de umaassociação
criminosa,denominadanosdepoi-
mentos dos parlamentarescomo
‘Gabinete do Ódio’, dedicadaa dis-
seminação de notíciasfalsas, ata-
quesofensivos adiversaspessoas,
às autoridades eàsInstituições,
dentreelas oSupremo TribunalFe-
deral,com flagrante conteúdode

ódio, subversãoda ordeme incen-
tivoàquebradanormalidadeinsti-
tucional e democrática”, disse Mo-
raesemseudespacho.
O ministrotambémapontou
indícios de um grupoque finan-
ciariaoesquema.Ofatodeeleter
autorizadoaquebrade sigilofis-
cal ebancáriodo donoda Havan,
Luciano Hang,e outrosempresá-
rios bolsonaristas duranteum
período que englobaparteda
campanha presidencialde 2018
nãopassoudespercebidoporad-
vogados eleitorais e ministros
ouvidospeloValor. A decisãofa-
la em recolherdadosdo período
dejulhode2018aabrilde2020.
Alémde Hang,tambémfazem
partedo grupode supostosfi-
nanciadoresdo esquemao dono
da redeSmartFit, Edgard Coro-
na, o humoristaReynaldoBian-
chi Juniore ooficialda reserva
WinstonRodriguesLima.
Segundo Moraes, eles atua-
riam“de maneiraveladaforne-
cendorecursos (das maisvaria-
das formas),paraos integrantes
dessaorganização”.
Aotodo,aPF cumpriuontem
mandadosde buscaeapreensão
contra 17 pessoas. Moraes poupou
parlamentaresdeter suas casas e
gabinetes vasculhados, mas deter-
minouqueseisdeputadosfederais
e doisestaduais prestemdepoi-
mento. Os nomes listados pelo mi-
nistroincluem parlamentares que
formam atropa de choquedo go-

verno na Câmara, como Carla
Zambelli(PSL-SP), Bia Kicis (PSL-
DF)eFilipeBarros(PSL-PR).
Entreos alvosdos pedidosde
buscaeapreensão,alémdosqua-
troempresários,estãooex-depu-
tadoe presidente nacionaldo
PTB,RobertoJefferson,econheci-
dos apoiadoresdo presidente,
comooblogueiroAllandos San-
toseaativistaSaraWinter.
Apósa operação,oprocurador-
geral da República, AugustoAras,
pediu a suspensão do inquérito
das “fake news”. A manifestação
foienviadaemumaaçãoqueques-
tiona aabertura do inquérito, cujo
relatoréoministroEdsonFachin.
Na peça,Aras diz que aPGR foi
“surpreendida” com a deflagração
da operação “sem a participação,
supervisão ou anuência prévia do
órgãode persecuçãopenalque é,
ao fim, destinatário dos elementos
de provana fase inquisitorial, pro-
cedimento preparatório inicial,
parajuízode convicção quanto a
elementos suficientesalastrear
eventualdenúncia”.
Aantecessora de Arasno co-
mandodaPGR, Raquel Dodge, já
havia se manifestadocontraoan-
damento do inquérito,que foi
abertodeofíciopelopresidentedo
STF, Dias Toffoli.Até agora, no en-
tanto, Aras vinha apoiando a tra-
mitação da investigação, desde
que contasse comaparticipação
do MinistérioPúblico. OPGR che-
gou a ser consultado por Moraes a

respeitodaoperação,massemani-
festoucontraasmedidas.
Oministro do STF criticou oque
chamoude “milícias digitais” ede-
fendeu que quem ferir aConstitui-
ção e propagar discurso de ódio
deve ser responsabilizado. As de-
clarações foram dadas durante
uma videoconferência sobre liber-
dadedeimprensa, sem fazer men-
çãodiretaàinvestigação.
Para ele, “as pessoasdevemar-
car com as consequênciasde
seusatos”.“Nãoépossívelque
novasformas de mídiasse orga-
nizemparapropagaçãode dis-
cursosracistas,de ódio, e discur-
sos contrademocraciae institui-
ções democráticas. Não se pode
prever o que as pessoasvão falar,
têm ampla liberdade. Agora,
umavez que ofendam,que pre-
tendamdesconstituiroregime,

instigardiscursosde ódio, de-
vem ser responsabilizados.”
Em outra frente para combater
adisseminaçãodenotíciasfalsas,o
TribunaldeContasdaUnião(TCU)
determinou ontem que o Banco
do Brasilsuspenda qualquer vei-
culação de publicidadeem sites
acusadosdeespalhar“fakenews”.
Oplacar foi apertado,pois houve
discussão para restringir o alcance
da medida ao “Jornalda Cidade”. Ao
final,porém,amaioria dos minis-
tros decidiuratificar amedida cau-
telardorelatorBrunoDantas.
Na semana passada,após mani-
festaçõesnasredessociais,oBanco
do Brasil disseque não anunciaria
mais nesse tipodesite. Na sequên-
cia, apóspressãode Carlos Bolso-
naro,ainstituição recuoudadeci-
são, o que fez o Ministério Público
juntoaoTCUquestionara“interfe-

rência indevida” na gestão de pu-
blicidadedobanco.
O plenário do Supremo, por sua
vez, começou adiscutir ontem
tambémduas açõesque guardam
relaçãocomotema.Umadelastra-
ta da suspensãodos serviços do
aplicativo de conversas WhatsApp;
a outraquestionaa interpretação
de dispositivos do MarcoCivil da
Internet. O julgamentoserá reto-
madohoje.Atéagora,apenasami-
nistraRosaWebersemanifestou.
Alguns dos alvos se manifesta-
rampelasredessociaiseaconside-
raram umatentativa de censura.
Hangafirmouque“jamais”produ-
ziu ou patrocinou“fake news”. Por
meio de nota, oPTB disse que Jef-
ferson foisurpreendido e que o in-
quérito “acabou por se tornar ins-
trumentode perseguição, tal co-
mosedáemregimesdeexceção”.

Moraes:“As provascolhidase oslaudosapontampara a possibilidadedeexistênciadeumaassociaçãocriminosa”

FOTÓGRAFO

.

VAI CORINTHIANSSSSSSSSS

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