Valor Econômico (2020-05-28)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 18 da edição"28/05/2020 1a CAD A" ---- Impressapor VDSilva às 27/05/2020@20:51:1 8


A18| Valor|Quinta-feira, 28 de maiode 2020

Especial


IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


MinistériodaSaúdedoChile.Elaboração:ValorData.*Atualizaçãoaté20h

Covid-19avançano Chile
Totalacumulado

0

20.

40.

60.

80.

100.

Casos

3
Março

2
Abril

21
Abril

5
Maio

27
Maio*

21
Março

2
Abril

21
Abril

5
Maio

27
Maio*

82.

1 3.

22.
10.

Mortes

0

200

400

600

800

1.
841

0 18

275
147

Emergentes enfrentamo riscode


reabrirsemtera epidemia sobcontrole


David Luhnow e Joe Parkinson
Dow Jones Newswires, da Cidade do
Méxicoe de Joanesburgo

Fábricas de automóveis estão
sendo reativadasno Brasileno
México. O transporte ferroviário
voltoua operar em grande parte
da Índia. Empresasmineradoras
estãoreabrindonoPeru.
As maiores naçõesem desen-
volvimentodo mundo estão se-
guindoos passosdos EUA eda
Europa eafrouxando restrições
impostascontrao coronavírus,
paratentar evitar maisdanosàs
suascombalidaseconomias.
No entanto, há umadiferença
crucial: países maispobresestão
começando areabrir no momento
em que o númerode novas infec-
ções e mortesestáemalta, enão
em queda. Especialistas em saúde
afirmamque omomento em que
isso está sendofeitopoderá levar a
um aumento explosivo dos casos e
das mortesnos bairros pobres do
mundoemdesenvolvimento.
“O númerode pessoasque po-
derãomorrerem lugarescomoo
Brasileor esto da Américado Sul
poderáser muitomaiodo que o
que estamosvendonos EUA”, diz
Peter Hotez,reitorda EscolaNa-
cionalde MedicinaTropicaldo
BaylorCollegeofMedicine.
Onúmero diário de mortes já
vem subindo em todoo mundo
em desenvolvimento e em alguns
casos são comparáveis aos piores
dias da pandemia na Europa.Nes-
ta semanaoBrasil juntou-seaos
EUAcomoosúnicospaísesemque
mais de mil pessoas estão morren-
do a cadadia por causada pande-
mia. O México estáagora em ter-
ceirolugar no número de mortes
diárias, atrás dos EUA edo Brasile
àfrentedoReinoUnido.
Quando as cenas de hospitais
superlotadosna Itália correram o
mundonofimdemarço, governos
assustadosdos países maispobres
começaram a se preocuparcom
seushospitais mal preparados e
implementaram medidas de qua-
rentena paradesacelerar a disse-
minaçãodonovocoronavírus.
As medidas, que para muitas
naçõeschegaram em um estágio
maisinicial da pandemia do que
naEuropaounosEUA,permitiram
a alguns governos reforçar sua ca-
pacidadedetratarosdoentesetes-

tes para adetecção do vírus edesa-
celeraram a propagaçãodopató-
genoaltamentecontagioso.
Isso convenceualguns desses
governos, comoos do Brasil,Mé-
xico,Tanzâniaeoutros,queoste-
mores com a pandemiaeram
exagerados.No fim de abril,o
presidentedo Méxicodisseque
seupaíshaviacontidoovírus.
O Centro de PrevençãoeCon-
troledeDoençasdosEUA(CDC,na
sigla em inglês)afirmaque os paí-
ses não deveriamcomeçararea-
brirsuaseconomiasenquantonão
houver queda no número total de
casosou testes positivospara oco-
ronavíruspor um período de 14
dias.Ospaíses europeuseosEUA
mostraram quedas sustentadas
antesdereabriraeconomia.
Mas emgrandes extensões do
mundo em desenvolvimento,as
medidas de contenção não rever-
teram o curso da epidemia, che-
gando apenas areduzir o ritmo
de seuavanço. E, com essespaíses
se preparandoparareabrir,oví-
rus avançou ao ponto em que
ameaçadizimarsuaspopulações.
Mesmo assim, os governosafir-
mamquemuitosdeseuscidadãos,
especialmente o estimado 1,6 bi-
lhãodepessoasnomundoquetra-
balhamna economiainformales-
tão sofrendo mais comasmedidas
de contençãodo que com a pró-
pria covid-19.Centenas de mi-
lhões de pessoas perderamseus
empregos eaa staxas de pobreza
estãocrescendonomundotodo.

Dilemana Índia


RA

JA

NISH

KAKADE/

AP

A Índia deu inícioa uma reabertura
desordenada, na qual Estados
começaram a recebermilhões de
trabalhadores migrantes, muitos
infectados,que retornam de
metrópoles ondevivem e trabalham.
Autoridadeslocaistememque a

reabertura aumentea disseminação
do vírusem vilarejos ondeo sistema
de saúdeé precário. No fim de março,
quando o país tinha 500 casos, o
premiê Narendra Modiordenou
lockdown aos 1,4 bilhão de indianos.
Em maio,o governo mudou a

estratégiae autorizou reabertura do
varejo. O número de novos casos vem
subindo—opaís registra maisde 158
mil casose 4.500 mortes. Na foto,
migrantesque vivem na favela
Dharavi, em Mumbai, aguardam
para retornara seusEstados.

“Analisamostodososcenários,
inclusive um lockdown total,
mas, honestamente,não pode-
mosnosdaresseluxo”, disseOsa-
ma Heikal,ministroda Informa-
çãodoEgito,emumaentrevistaà
televisãonasemanapassada.
A Suprema Corte do Paquistão
ordenou que todosos estabeleci-
mentoscomerciais possamabrir
as portas,incluindoos shopping
centers na capitalKarachi,argu-
mentandoque o governoestá se
concentrando demaisem conter

adisseminaçãodapandemia.
Embora os líderes dos países
maisricosenfrentem conflitos pa-
recidos,odilemaparagovernosde
países em desenvolvimentoépar-
ticularmente difícil: cada semana
em que a reabertura é adiada cria
mais pobreza, aumentando as
chances de distúrbios sociais e vio-
lência. Mas reabrir a economia ce-
do demais poderá levar anovos
surtosdapandemia.
Nasemanapassada,centenasde
pessoas protestaram contra a falta
de alimentosno bairro pobrede El
Bosque,emSantiago,entrandoem
choque com apolíciamilitardo
Chile.NoLíbano,osprotestoseclo-
diramnomêspassado,comosma-
nifestantes incendiando bancose
descarregando sua raiva com a di-
fícilsituaçãoeconômicadopaís.
EmLima,ondeumlockdownde
dois meses deixou maisde 1 mi-
lhãode pessoas desempregadas,
moradoresdesafiamcadavezmais
as ordens das autoridadespara
permanecer em casa. Mercados lo-
tados tornaram-se um lugarpro-
pícioparaapropagaçãodovírus.
Na Cidadedo México,algumas
famílias do bairro pobrede Ixta-
paluca afixaramcartazes em suas
casas comos dizeres “Emcasa,
mas sem comida”. GregorioTa-
pia, 35, trabalhadorda constru-
ção civil queperdeu seu emprego
no fim de março, conta que ele,
suaesposaeostrêsfilhosestãovi-
vendo com a ajuda de amigos e
parentes. “Estamoscomendo ver-
duras, arroz e figo da Índia. Não
tenho dinheiro para comprar
ovos,leiteoucarne”,lamenta.
Oequilíbrio que os governos es-
tãotentandoalcançarestáclarona
Nigéria, anação maispopulosada
África.Lá,ogovernocomeçouare-
laxarumlockdowndecincosema-
nasmesmocomoaumentodosca-
sos. Lojas e mercados das ruas da
capital Abuja e de Lagos, amaior
cidade da África, com maisde 20
milhões de pessoas, estão fervi-
lhandonovamente.
Adedoyin Adeyemi, dono de
uma loja de roupasemAbuja, diz
que se o governo não aliviasse o
confinamentoseu negócio teria
quebrado em poucas semanas. “É
claroquetenhomedo,maspreciso
dedinheiroparasobreviver”,diz.
Autoridades de saúde pública e
médicosafirmamqueumareaber-

turadescontroladapoderádesen-
cadear um aumento desastroso no
número de novos casose mortes,
forçandoos governos aretomar os
confinamentos, criando ainda
maisproblemaseconômicos.
“Umlockdown nunca deve ser
permanente,deve dar tempode
preparação paratestagem em
massa epara se ter capacidade su-
ficiente de atendimentonos hos-
pitais”, dizCarlos del Río,umepi-
demiologista do Emory Vaccine
CenterdeAtlanta.
Mas muitasnações maispobres
estão realizando poucos testes, li-
mitandoacapacidadede localizar
novos focosde transmissão, no
momentoem que suas economias
são reabertas. OMéxico disse que
não vai fazer testagens em massa
ou rastrear contatos,ferramentas
usadaspela Coreia do Sul e Alema-
nha. A Nigéria realizouaté agora
34 mil testes em um país com 200
milhõesdehabitantes.
“Muitospaísesnão se prepara-
ram. O que vai acontecer? Morte
esofrimento”, dizDelRío.
Na cidade de Kano,na Nigéria,
coveiros estão ficando sem espaço.
SalisuMusadizquechegamtantos
corpos acada dia que acabamsen-
doenterrados nosespaços entre as
sepulturas já existentes no cemité-
rioDandolodeKano.
“Algumasfamílias que perdem

PandemiaNúmerodecasosdisparouapóstentativaderetomaratividades


Chile sofre com fracasso


da reabertura prematura


MarsíleaGombata
De São Paulo

Um dos casos maisbem sucedi-
dosnocombateaocoronavírusaté
algumassemanasatrás,oChileen-
saiouuma reabertura que acabou
acelerandoaepidemia.Hojeopaís
quebra recordes diários do núme-
ro de novos casosemortespor co-
vid-19. Opresidente SebastiánPi-
ñerase antecipou ao anunciar o
planodeabertura antesde ter a
pandemiacontrolada,o que in-
centivouapopulaçãoasairàsruas,
afirmammédicos. Para analistas,a
tentativa frustrada éexplicada em
parte pelaansiedade do governo
emveraeconomiaserecuperar.
No iníciode março, ogoverno
implementou "quarentenas dinâ-
micas", nasquais algunsbairros fi-

cavam sob confinamentoetoque
de recolherde madrugada, que es-
tavam sujeitas arevisão. Abriuain-
daatorneirafiscal,compacotesde
maisde US$ 14 bilhões, eviu pro-
testos que se arrastavam desdeou-
tubrodiminuírem pelas medidas
de isolamento social. Apopulari-
dadedePiñera, que vinha caindo
desdeos protestos, começou a su-
bir —os 9% de aprovação em feve-
reiro subirampara25% no início
deabril—esemantémestável.
Em 10 de abril, quando o Chile
registrou 529 casos novos e nove
mortes, ogoverno anunciou pla-
nos de adotar um certificado de
imunização para quemtivesse an-
ticorpos contraacovid-19. Autori-
dades médicas, no entanto, ale-
gam quefaltam informações para
emitir tal documento.Emmeados
de abril, o Ministério da Saúdede-
lineouplanos de retorno gradual
para funcionáriospúblicos.A sub-
secretáriadeSaúde,PaulaDaza,di-
ziaqueerapossívelsairparatomar

café com amigos,respeitando o
distanciamento social. O ministro
da Saúde,Jaime Mañalich,chegou
a falar que suspenderas aulasha-
via sido um erro eque era preciso
retomá-lasoquantoantes.
Em 24 de abril Piñera anunciou
oplanoRetornoSeguroedisseque
a curva da doença no Chilehavia
atingidoum platô. Aestratégia
permitiareaberturadealgunscen-
tros comerciais —oque era recha-
çado àépocapor 66% da popula-
ção.Logo em seguidaonúmerode
novos casoscomeçou a acelerar —
foi para1.138em 30 de abril e
4.276em22demaio.Hoje,OChile
éopaís da América Latina com
maiornúmerodecasospercapita.
O governo transmitiuamensa-
gem errada à população, que pen-
sou queopiorjá havia passado,
afirmaPatricio Meza,vice-presi-
dentedo Colégio Médico do Chile.
“Foram sinais muito confusos. Fa-
lou-se em nova normalidade e de-
poisde retorno seguro,quando

ainda estávamosa duas semanas
do pico",diz Meza. "Issoteve um
grande impacto, eas pessoasco-
meçaram asair às ruassem prote-
ção, comose fosseum dia normal.
Foi uma tentativa que não coinci-
diacomarealidadesanitária."
Comoscasossubindo,ogover-
no mudou radicalmente a estra-
tégia. Inverteu odiscurso e pas-
sou afalar em "batalhapor San-
tiago". Pediu queos chilenos ti-
vessem mais responsabilidade e
evitassemsair de casaeadiouo
lançamento do certificado de
imunidade. Decretouquarente-
na obrigatória etoque de reco-
lher em 38 comunas (bairros) da
região metropolitana da capital,
nasquaisvivem7,4milhões.
O Colégio Médico afirma que o
maiorerro do governo foi não ter
escutado autoridades de saúdee
prefeitos, que pediam lockdown
em Santiagodesde oinício. Aenti-
dadepedeacriação de uma grupo
consultivo compostopor Ministé-
rio da Saúde,médicos emembros
dasociedadecivilparachegarato-
madade decisões de forma con-
junta. Propõe ainda que o governo
aumente a capacidadedetesta-
gem (hoje em 17 milpor dia,para
uma população de 18,7milhões),
rastreie os casoseajuda apopula-
çãovulnerável,quenãotemcondi-
çõesdecumpriraquarentena.
A sensação de queogoverno foi
pretensioso é compartilhada tam-
bém pelo epidemiologista e ex-di-
retordaOMSAlexandreKalache.O
médico brasileiro foi consultado
por autoridades chilenas em 12 de
abrilsobreo que deveriam apro-

veitar da experiência do Brasil.
“Naquele momento asituaçãoera
confortável para o Chile, quetinha
poucos casos.Mas eles haviam fei-
to diagnóstico precoce, quando os
infectados aindaestavam concen-
tradosem zonas ricas de Santiago,
comoLasCondeseVitacura",diz.
Kalache conta ter alertado auto-
ridadeschilenasde que, se não
protegessem quemvive em zonas
de maiorvulnerabilidade, corriam
o "riscode repetir a históriadesas-
trosadoBrasil"."Masonegacionis-
moeaideiadeacharque'somosos
melhoresevamosdar conta de tu-
do'acaboumarcandoacrisedaco-
vid-19 no país.Hojereconhecem
que era necessárioumlockdown
emSantiagodesdeoinício."
Na regiãometropolitana de
Santiago, que concentra80% dos
casosdo país, osistemade saúde
está pertodo colapso—95% dos
leitosestãoocupados,chegando
a100% em algunshospitais.No
restantedo país, amédia de ocu-
paçãoé de 78%. Pacientes são as-
sistidos com ventiladores em
áreascomoseçãopediátricaou
no prontosocorro,quandodeve-
riamestarnaUTI,alertaMeza.
Hojeadoençase espalhapara
bairros maispobrese favelas,on-

de crescemos protestoscontrao
governo eonde muitaspessoas
não têm condições de cumprira
quarentena.Na semanapassada,
moradoresda favela de Los Bos-
quesprotestaramcontraogover-
no. Na vizinhaLa Pintana,mani-
festanteschamavamo ministro
daSaúdedeassassino.
"Isso acendeu um alerta no go-
verno elembrou um desconforto
socioeconômico estrutural", afir-
ma Leandro Lima,da Control
Risks. "Os protestos podem ter fi-
cadoocultos pela quarentena.
Mas acrise atualreforça o mal-es-
tarsocialquejáexistianoChile."
Para Tomas Undurraga,da Uni-
versidade Alberto Hurtado,are a-
bertura fracassou em parte pela
ansiedade do governoem ver a
economia se recuperar mais rápi-
dodoqueascondiçõessociaisesa-
nitárias suportavam. "Piñera pen-
sou: 'com essadesaceleração, au-
mentododesemprego edapobre-
za, vamosdemorardez anospara
recuperar o nívelde crescimento
atual'.Porissoaansiedade",diz.
Em março, o desemprego em
Santiagochegoua15,6%,maioral-
ta em 35 anos. Economistas priva-
dos estimamque a economia chi-
lenadeverecuar4,5%nesteano.

MARCELO SEGURA/PRESIDÊNCIADAREPÚBLICADOCHILE

Piñera viu popularidade subirno inícioda crise, masenfrenta novos protestos

Autoridades de saúde
alertam que reabertura
descontrolada pode
desencadearaumento do
número de novos casos

muitos membros estão sendo en-
terradas juntas em covasúnicas”,
diz ele, acrescentando que antes
enterravatrêspessoaspordiaeho-
je enterra 45. “Estamosexaustos, e
muitos colegas ficaram doentes. É
algoquenuncaviantes.”
Um dos motivos que fazem
muitos países arriscarem uma rea-
bertura éque, paraalguns, apro-
pagação do vírus acabou não se
mostrando tão severa quantoo
previsto. AÁfrica do Sul, com po-
pulação de 57 milhões, tem 552
mortes, eaColômbia 776, compa-
radoamaisde101milnosEUA.
A falta de testes podeser um
motivo. Mesmoassim, os números
mais baixos deixam alguns líderes
e formuladores de políticas mais
confiantes. “Estamos indo bem
porque contivemos a epidemia”,
disseopresidente do México,An-
drés ManuelLópez Obrador, em
26deabril.Desdeentão,onúmero
de casosemortesno México qua-
druplicou.O país pretende reabrir
cercade300cidadesnodia1o.
A Índiaimpôs um “lockdown”
nacional rígido quedesacelerou a
disseminação. Algumasde suas
medidas incluírama interrupção
dos serviços de transporte ferro-
viário, que impediu dezenasde
milhõesdetrabalhadoresderetor-
naremparasuascidadesnatais.
Mesmoassim,ovíruscontinuou

avançando. Onível médiodeno-
vos casos no país superahoje 6mil
por diaeonúmerode mortes diá-
rias está crescendo.Grande parte
dessecrescimento está emMum-
bai, onde quatro em cada dez pes-
soasvivememfavelas.
NafaveladeDharavi,retratada
no filmede 2008“Quemquer ser
um milionário?”, um quintodas
casaspossuibanheiro.Orestante
dos moradores compartilham
225 banheiros públicos, segun-
do olíder comunitáriolocalVa-
santS.Nakashe.
A favela também éolar tempo-
ráriode trabalhadoresdeoutras
partes da Índia,que não puderam
retornar paracasa por causa do lo-
ckdown. Agora, com orelaxamen-
to do confinamento, 250 mil tra-
balhadores migrantes de Mumbai
estãotentando voltar paracasa,
emvilarejosespalhadospelaÍndia,
muitos deles em trens disponibili-
zadospelogoverno.
SharveshKumas, queestavavi-
vendoem umadas favelasde
Mumbai, recentemente conse-
guiu voltarpara casa em um des-
ses trens.“Perto da minhacasa
em Mumbai,pelo menosquatro
pessoas foram dignosticadas
com covid-19.Há quatro banhei-
ros paraseremusadospor cerca
de 200 pessoas.Eu não queriaar-
riscarminhavida”, dizKumar.

.

VAI CORINTHIANSSSSSSSSS

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