Valor Econômico (2020-05-28)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 2 da edição"28/05/20201a CADB" ---- Impressa por rcalheirosàs 27/05/2020@19:03:


B2|Valor| Quinta-feira, 28demaiode 2020

Empresas|Carreira


Incertezas no trabalhodevem persistir após quarentena


DeSãoPaulo

Para vários campos de pós-gra-
duação do estudodo MuseuNa-
cional, a pandemiafoi um “segun-
do desastre”, apósoincêndiode
2018.Na áreadelinguística, aco-
ordenadora da pós-graduação,
Marília Lopes Facó Soares, tenta
encontrar uma soluçãoparalevar
o curso aos alunos indígenas, que
formam70%docurso.Nafrentede
antropologia social, apreocupa-
ção, alémda ausência de trabalho
em campo, éobloqueio aacervos.
“Comosobreviver àausência de
acesso abibliotecas? Nãotem
downloadde PDF que possa su-

prir”, diz a docente BrunaFran-
chetto. A pandemia acentuou as
dificuldades paratrabalhar com
ciência no Brasil,na avaliação do
físico e presidente da Sociedade
Brasileira para oProgresso de
Ciência (SBPC), IldeuMoreira. “A
gentejávinhanumcenário que
muitos jovens pesquisadoresbra-
sileiros estavam desestimulados
para seguir suas carreiras no país.
Tivemos uma reduçãoextrema de
recursos do CNPq eCapes, por
exemplo,nosúltimosseteanos”.
As bolsas da Coordenaçãode
AperfeiçoamentodePessoaldeNí-
vel Superior (Capes), ligadaao Mi-
nistério da Educação(MEC) e do

Conselho Nacional de Desenvolvi-
mento Científico e Tecnológico
(CNPq), ligado ao Ministério de
Ciência, Tecnologia Inovaçõese
Comunicações(MCTIC) não têm
reajustedesde de 2013. Um pes-
quisador contemplado por elas
ganha no mestrado R$ 1,5mil por
mêse,nodoutorado,R$2,2mil.
Levantamento realizado pela
Novelo, a pedido doValor, indica
que o valormédio do total de bol-
sas concedidas em todas as linhas
depesquisafinanciadaspeloCNPq
diminuiudeR$19.663,88em
paraR$11.789,03em2019.
“Com apandemia, dificuldades
de outraordemsurgiram:grande

parte dos laboratóriose universi-
dade estãofechados. Muitos jo-
venspesquisadoresestãoperdidos
sem sabercomo continuar a pes-
quisaouseterãobolsaquandopu-
derem fazê-lo”, diz Ildeu. ACapes
prorrogou em três mesesas bolsas
vigentes,medidaquecontemplou,
até ofim de maio, 12milpesquisa-
dores.OCNPqinformoumedidas
comopossívelprorrogaçãodabol-
sa por 60 diaspara quemestá no
exterioroutevecomatividadeaca-
dêmica paralisada. Treze cientistas
jovens brasileiros, de até 35 anos,
ouvidos pelo Valor confirmam
quevivememumclimadeincerte-
zassobresuapesquisaecarreira.

Os desafiosdevem permanecer
mesmo se oisolamento for relaxa-
do no país. Já épossívelvisualizá-
lo,emparte,conhecendoahistória
da brasileira Rafaela Rosa-Ribeiro,
32 anos. Ela chegou àItália em
2019 para um estágiodo seu pós-
doc, financiado pela Fundaçãode
Amparo aFundação de Amparoà
Pesquisa do Estado de S. Paulo (Fa-
pesp),nolaboratório de ElisaVi-
cenzi, coordenadora do primeiro
grupoitaliano que isolou oSARS-
CoV, vírusqueemergiuem2002na
China. Com apandemia, seus pro-
jetos paralisarameela foi recruta-
da para uma pesquisaque testou
fármacos que impedemocorona-

vírusde entrar na célulahumana.
“Passei dois mesesem lockdown,
fazendo rodízio no laboratório.
Quandoeu saía arua, parecia um
cenáriodeguerra”, diz.
ComaItália afrouxandooisola-
mento, Rafaelacomeçaa retomar
seus projetos, envolvendo ovírus da
zika.“Oslaboratóriosestãovoltando
a funcionar em rodízio e com agen-
damento, o que exige repensar a se-
quênciados experimentos oque,
por sua vez, implica em atrasonas
entregas”. Ela ainda nãotem acesso
a vários equipamentos,comomi-
croscópios, tampoucoaos treina-
mentos previstos para utilizá-los. O
jeito,ainda,éseadaptar,diz.(BB)

MercadoComfechamentodecentrosdepesquisase


universidades,novageraçãoprecisarepensarotrabalho


Pandemia afeta a


carreira de jovens


cientistas do país


DIVULGAÇÃO

Sem podertrabalharnodoutorado,GiulianaZuccolientrouemumprojeto queinvestigacomoo coronavírusafeta osneurônios

Barbara Bigarelli
DeSãoPaulo

O isolamento social na pande-
mia, que obrigouofechamentode
universidades,centrosdepesquisa
e levou a necessidade de aderir ao
trabalho remoto no Brasil há mais
de dois meses, está afetando dire-
tamente a carreira de jovenscien-
tistasbrasileiros.
Aos 27 anos, LeilaAraújo havia
traçado um planode ouropara
2020: aprovada no mestrado de
geociências do MuseuNacional,
não solicitou abolsa da instituição
poisconseguira um estágiona
França,emumaempresapetrolífe-
ra, que bancaria seus custos por
seis meses. “Quando fui tirar a do-
cumentação,em fevereiro,ocon-
sulado já estavafechado. Minha
ida parafoi suspensa,sem previ-
são”, diz. Especializada em palino-
logia,queestudaosgrãosdepólen
e esporos, a cientista iria coletar os
dadosparaestudararelaçãoestra-
tifica das bacias do Congocom as
brasileiras. Sem aulas esendoa
geociência umaciênciafeita no
campo ou no laboratório,Leila es-
tá em casa, em compassodeespe-
ra. “Me sinto limitada, não sei co-
mo agir. Estousem aulas, sem da-
dos paracoleta, sem renda. A sorte
équemorocomaminhamãe”.
Mesmo quemtêm bolsa ejá ha-
via coletadodados também en-
frentadesafios.“Omomentodefa-
zer ciência hojeexige extrema
adaptação”,diz GiulianaZuccoli,
26, bióloga. Quando a quarentena
começou, elaestava em um treina-
mentodeculturadecélulasnoRio,

útilaoseudoutoradonoLaborató-
rio de Neuroproteômica da Uni-
versidade Estadualde Campinas
(Unicamp).
Coma universidade fechadae,
impossibilitada de seguir com seu
doutorado, inscreveu-se em um
dos projetos emergenciais da Uni-
camp, queinvestiga comoonovo
coronavírus afeta os neurônios. “É
uma sensaçãoestranha ir ao labo-
ratório, quandodevemos, todos,
ficar em casa. Ao mesmo tempo,
sofrocomapressão de ter meu
doutorado parado.Mas esse émo-
mentoderetribuiràsociedade”.
Esse tambémé osentimento de
AnaCodo,26,graduadaemfarmá-
cia-bioquímica, que suspendeu o
planode um mestrado sanduíche
em Chicago (EUA). “É difícil estar
no laboratórioquando ‘lá fora’há
muita gente morrendopor conta
de um vírusque você nemvê no
microscópio.Mas é melhor do que
estar em casa sem poder fazerna-
da”, diz Ana, que mudoutempora-
riamente seu foco de estudo na
Unicamp para investigaraa ção do
coronavírus em células epiteliais e
dosistemaimune.
Os cientistas convocados para ir
aos poucos laboratórios abertos
no país,e atuarem pesquisas do
coronavírus,relatam aprender no-
vas técnicas e a oportunidade de
expandir um trabalho colaborati-
vo com pesquisadores de outras
áreas e não cientistas. É o caso de
Leonardo Schultz da Silva, 31, que
está em São Vicente (SP), traba-
lhando comas startups Biobreyer
eBiolinkeremumprojetodoInsti-
tutodeBiociênciadaUniversidade
Estadualde São Paulo (Unesp). A
iniciativa tem potencial de bara-
tearematé40%osinsumosparaos
testes da covid-19. Sem conseguir
submeter oseu pós-doutoradoà

Fundação de AmparoàPesquisa
do Estadode S. Paulo (Fapesp)an-
tes da pandemia, voluntariou-se
no instituto,onde trabalhou por
nove anos. No meio do caminho,
ganhou umabolsade três meses,
concedida a brasileiros envolvidos
em pesquisas da covid-19 pela or-
ganizaçãoDimensionsSciences.
Com o Brasil tornando-se um
dos picosda pandemia, oritmoé
de urgência por um tratamento,
remédio evacina. “Precisamos dar
uma resposta rápidaà sociedade e
o que fazíamos em dois mesesna
bancada de experimentos,esta-
mosentregamosem duassema-
nas”, diz Jaqueline Goes de Jesus,
pós-doutoranda do Institutode
MedicinaTropicaldaUniversidade
de São Paulo (IMT-SP). A virologis-
ta de 30 anos,que trabalha com zi-
ka, dengue e chikungunya,cha-
mouatenção por liderar o grupo
que sequenciou o genoma do pri-
meiro caso de coronavírusno Bra-
sil. Em apenas 48 horas. No fim de
maio,aequipe totalizava 400 mil
sequências. “Comessa repercus-
são, pesquisadoresdo Brasil todo
me contataram. Essarede será
muito útil paramonitorar outras
epidemiasendêmicasnopaís”.
Quemnãopôdeseguirapesqui-
sadolaboratório,precisourepro-
gramá-lapara oque é possível ser
feito no homeoffice. Em seu dou-
torado em ciências atmosféricas,
Monique Coelho,26, do Instituto
de Astronomia,Geofísica eCiên-
cias Atmosféricas (IAG) da USP, es-
táusandoaquarentenaparaescre-
ver artigos e revisar dados. “Não
houve escolhaanãoseracreditar
que maispara frenteserá possível
retomaro experimental. Mas exis-
te a preocupação com os equipa-
mentos, que sem uso emanuten-
ção,ficamsuscetíveisadanos”.

GlauberAndrade,biomédicoda
Universidade Federal do Recônca-
vo da Bahia (UFRB)começaria um
mestrado envolvendopopulações
quilombolas. Sem poder visitá-las,
como havia se planejado nos últi-
mosmeses,está lendoartigos e
realizando o levantamento biblio-
gráfico. “A UFRB preza muitopor
produzirciência em contato com
as comunidades enós não sabe-
mos quando teremos essa aproxi-
maçãofísicadenovo”,afirma.
O trabalho remoto tambémvi-
rou umarealidade paraoenge-
nheiro ambiental Antonio Victor,
33, que atua como pesquisador do
Imazon, emora em Belém (PA).Se
apandemia não tivesse chegado,
ele provavelmente estaria inician-
do um mestrado em geografia na
Universidade de Clark (EUA). Em
casa, o trabalho de monitoramen-
tododesmatamentodaAmazônia
continua “igual”, embora Antonio
sinta falta do contato presencial
doscolegas.“Eujáestavapassando
as minhas funçõesaoutras pes-
soas. É frustrante pois foi algo que
me preparei nos últimos cinco
anos. Enem sei se faz sentido co-
meçaro mestrado on-line se auni-
versidade quiser. Porque o que
buscava era justamente onetwor-
king”, afirma. Esse networking
tambémimpacta na astronomia.
“Sãonos congressos que temosas

grandes trocas”, diz Luidhy Santa-
na-Silva, doutorando do Observa-
tório do Valongo,da Universidade
Federaldo Riode Janeiro(UFRJ).
Umasolução quetem funcionado,
diz,sãooscongressoson-line.“On-
tem, eu me reunicom 80 pessoas
domundoemumcongressosobre
primeiras galáxias”. Seuplanopa-
ra 2020era iniciar um pós-douto-
rado em ondas gravitacionais. “To-
dososlugares que submeticance-
laramaseleção”. Silvateve de sair
do RJ e voltar à sua cidade natal,
Fortaleza. Está em um apartamen-
to isolado eaúnicarenda vem do
trabalhotemporário como pes-
quisadorassistente.“Eutestoalgu-
mas coisas, mas ocomputadorda
UFRJ émais potente. Além disso,
emcasasofrodistrações”.
Asdistraçõesdohomeoffice,bem
comoo desafiode conciliar cuida-
dos com um filho sem aulas,com o
pós-doutoradona USP,são os desa-
fios da bióloga Isabella Gordon, 35.
Eladizqueoapoiodeseusupervisor
JoséRobertoMachadoCunhadaSil-
va, que a colocou de quarentena lo-
go no iníciode marçoe flexibilizou
entregas,foi eéfundamental. “Essa
visão de que somos mães pesquisa-
dorasenã ouma pesquisadora-mãe,
ondea maternidadeéapenasum
adendo, tem crescido.Mas não são
todos os chefesde departamento
que conseguem ver isso ainda”, diz.

Para o engenheiroAlain Guimarães,
35, odesafio atualincluicuidardas
duasfilhas, com a esposaindo àfa-
culdade,tocarseu mestrado na Es-
cola Politécnica (Poli) da USP e colo-
car de pé um projetocom colegas
para fabricar faceshields comim-
pressão3D. Com vaquinha virtual e
aporte da Fundação Patrimonial
Amigos da Poli, o projeto já entre-
gou7milfaceshields.
Tocar os experimentos em casa,
longe do laboratório, também éum
aprendizadona carreiradocientis-
ta,segundoCaioPerecin,31,pesqui-
sador do Laboratório de Microma-
nufatura (LMI)do Institutode Pes-
quisasTecnológicas(IPT)edouto-
randoem Química na (USP). “Tenho
trabalhadomaisdecasaagora,estu-
dando, fazendo reuniões on-line e
planejando muito antes de ir paraa
bancada. Antesrealizávamosmais
experimentosem uma rotina de
tentativa e erro. Agora, precisamos
experimentar com ainda maispla-
nejamento”. A despeito de todasas
dificuldades,aorientaçãodecientis-
tas experientes é ter resiliência. “A
pandemiaestá ajudando amostrar
que aciênciaéarespostamaissegu-
ra para as grandes crises. Espero que
essa garotada, principalmente que
estásembolsaeeditais,nãodesista”,
diz Ana Terezade Vasconcelos, chefe
doLaboratórioNacionaldeCompu-
taçãoCientífica(LNCC).

O efeito Dunning-Kruger nunca foi tão evidente


A


superioridade
ilusóriaestáem
alta.Omundofoi
chacoalhadopor
umnovovíruse,
comoéumtemadesconhecido
pelamaioriadaspessoa,todos
viramosespecialistasem
controleepidemiológicoe
protocolomédico.Esseefeito,
queumapessoaignoranteem
umtemaseconsideramais

especializadadoque
estudiososnoassunto,foi
explicadoem1999porDavid
DunningeJustinKrugerda
UniversidadeCornell(EUA).
Elesavaliaramdiversos
comportamentoshumanose
validaramummodeloque
esclareceporquepessoasque
poucoconhecemsobre
determinadoassunto,quando
fazemumaautoavaliação,
podemseconsiderarmaissábias
doquedefatosão.Emresumo,
aquelequepoucoconhecesobre
umtemanãotemadimensão
amplaeocomparativocom
queméespecialistanoassunto.A
confiançaelevadaviria
justamentepelafaltade
conhecimentodoqueseriaum
nívelelevadodesabedorianuma
determinadamatéria.
OsestudosdeDunninge
Krugerincluíraminiciantesno
jogodexadrezqueachavamque
poderiamganharum
campeonatocompoucasaulas.

Elesdesconheciamonível
técnicodeumenxadrista
campeão.Osestudos
demonstraramqueoefeitode
superioridadeilusóriacria
distorçõesnavidadosindivíduos
eorganizações.E,sepresentena
altagestãodeumaempresaou
deumpaís,osestragospodem
serdevastadores.Nomundo
empresarial,asuperioridade
ilusóriaévistacomfrequência
ementrevistasdeemprego,
tomadadedecisõesereuniões.
Aquelesquemenossabemsobre
otema,muitasvezesgostamde
opinaresimplificamconteúdos.
Replicaminformaçõessem
medircomprofundidadeo
impactonooutrocampo.
Outroexemplopráticodesse
efeitoestánosmovimentosde
executivosemtransiçãode
carreiraquandoacreditamque
podemtrabalharemqualquer
área.Usamumvelhojargão
dizendoqueagestãoseaplicaa
qualqueratividade.Naprática,as

empresascontratam,paraa
maioriadasposições,
profissionaisespecializados.
Existepoucoespaçopara
movimentosemáreasmuito
distintas.Issoocorreporcausada
hiperespecializaçãodascarreiras,
descritapeloprofessordoMIT,
ThomasMalone.
Ascompanhiasquerem
pessoasquetragamresultados
rápidos.Nomáximo,consideram
movimentosemáreaspróximas
ecomconexõesbem
estabelecidas.Noentanto,
profissionaiscomsuperioridade
ilusóriasedesgastambuscando
transiçõeslongedeseufocoe
procurandoculpadospeloseu
insucesso.Odramadoefeito
Dunning-Krugerocorretambém
numpilarestratégicodacarreira:
areputação.Aimagemdeum
profissionaléumativo
fundamentalparaacarreira.A
faltadenoçãosobresimesmo
elevaoriscodeexposiçãoepode
serumdesastrenaprofissão.

Umantídotoparaa
superioridadeilusóriaéabusca
por“feedback”.Essepotente
instrumentoéumcalibrador
paraqueumapessoapossa
formarseumosaicode
percepçõeseevitara
superioridadeilusória.Alguém
quebuscafeedbackconstantevai
ajustandosuapercepçãoe
buscandosedesenvolver.A
imprevisibilidadeéomantra
desseiníciodemilênio.Paralidar
comastransformações,teremos
deseguirSócratesemsuassábias
ensinamentos:“Sóseiquenada
sei”.Aestratégiadepermanente
atualizaçãoeaprendizagempara
avidatodaestámaisválidado
quenunca.Ahumildadepara
buscarinformações,mostrar
vulnerabilidadeecooperarseráo
caminhoparaprosperarem
temposdemudançasaceleradas.

RafaelSoutoé sócio-fundadore CEO da
Produtive Carreira e Conexõescomo
Mercado

Rumocerto


Rafael Souto


Vaivém


StelaCampos


Prosegur
Heitor Salvador é onovo diretor
geral de Security para a região La-
tam Sul do grupoProsegur.Ele
substituiJosé Maria Pena, que as-
sumecomoCEOglobalSecurity.

BancoPAN
Fabio Jabur éonovo CDO (Chief
DataOfficer)esuperintendente
executivo de marketing eCRMO
do BancoPAN.Ele já foidoBankof
AmericaeBankBoston.

Nuvemshop
Tatiana Rezende comonovaCFO
da plataforma de e-commerceNu-
vemshop.Antes,foi CFO da TheSafe
andFairFoodCompany,nosEUA.
E-mail:[email protected]

valor.com.br
Acompanhea movimentaçãode
executivostambémnosite
http://www.valor.com.br/carreira

IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


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VAI CORINTHIANSSSSSSSSS

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