Elle - Portugal - Edição 381 (2020-06 & 2920-07)

(Antfer) #1
ELLE PT 61

Que apenas 2% do oceano está a
ser protegido, e que apenas 3% do
dinheiro angariado por ONGs é
direcionado para o ambiente – e
que dessa pequena parte, apenas
uma porção ainda menor vai para
os oceanos. No entanto devemos ao
oceano cada expiração que damos. Se
não fizermos nada, mais de metade
da vida selvagem do planeta vai
desaparecer até ao final do século.
E a que lhe deu mais esperança?
Os cientistas dizem que se pudermos
proteger 30% dos oceanos até
2030, teremos a oportunidade de
criar um futuro sustentável para

o nosso planeta. Algumas coisas
que eu adorava que todos fizessem:
que limitassem o uso de plástico
descartável, que se educassem, que
questionassem marcas que não agem
de forma sustentável, que limitassem
a ingestão de carne, que fizessem boas
escolhas e que diminuissem a sua
pegada de carbono ao viajar.
Se fosse a “Presidente do Planeta
Terra” a que leis gostaria de dar mais
ênfase para tornar o mundo num
melhor lugar para se viver?
Eu pararia de ignorar os factos da
ciência e protegeria os oceanos do
mundo. Alocaria mais dinheiro
a causas ambientais, apoiaria
descobertas de novas fontes de energia
renovável e incentivaria todos os
indivíduos a envolverem-se para que
possamos mudar a história.

Se fosse a “Presidente do Planeta
Terra” a que leis gostaria de dar mais
ênfase para tornar o mundo num
melhor lugar para se viver?
Devemos avançar rumo à
sustentabilidade económica que
coloca o ambiente no centro da mesa.
Obrigava as empresas a pagar pelo
que poluem; tentaria redirecionar
os subsídios para agricultores,
pagando-lhes por serviços prestados
ao ecossistema... A natureza oferece
todas as soluções que precisamos
para esta crise – só precisamos de a
respeitar e fortalecer. O aquecimento
global já está em andamento, por isso
precisamos de pensar em conjunto em
como nos podemos adaptar e arranjar
soluções para o enfrentar.


MODELO

GEORGIA


FOWLER
É um dos maiores nomes da moda
e nunca perde uma oportunidade
para falar sobre a proteção da
vida marinha aos seu milhão de
seguidores. É embaixadora do
Projeto Zero e acredita piamente
que o Dia da Terra deveria ser
celebrado todos os dias.


Como se envolveu com o Project Zero?
Cresci na Nova Zelândia, e tive a
sorte de viver junto à praia, o que
criou em mim uma ligação forte à
natureza do meu país. Isto fez com que
ganhasse um respeito enorme pela Mãe
Natureza e percebesse a forma como as
mudanças climáticas a afetam. Então
decidi que tinha a responsabilidade de
trabalhar numa organização como a
Project Zero. Ela funciona como uma
espécie de voz do oceano, falando dos
efeitos devastadores da poluição, das
mudanças climáticas e da pesca.
Qual foi a pior situação que
testemunhou enquanto ativista?


«SE CONSEGUIRMOS


PROTEGER 30%


DOS OCEANOS


ATÉ 2030, TEREMOS


A HIPÓTESE DE CRIAR


UM FUTURO


SUSTENTÁVEL.»

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