Valor Econômico (2020-06-05)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 3 da edição"05/06/20201a CADA" ---- Impressa por ccassianoàs 04/06/2020@21:30:2 0


Sexta-feira, 5 dejunhode (^2020) |Valor|A
Brasil
IMPACTOSDO
CORONAVÍRUS
ConjunturaAnalistasacreditamquetendênciapodelevaraquebradeirarecorde
Pedidos de recuperação
judicial disparam em maio
Talita Moreira
DeSãoPaulo
Os pedidosde recuperaçãoju-
dicial subiram68,6%de abrilpa-
ra maioe as falênciasrequeridas
aumentaram 30%, de acordo
coma Boa Vista.Écedo parajá
atribuir essesnúmeros àpande-
mia de covid-19,mas especialis-
tas em reestruturaçãode dívidas,
birôsdecréditoebancosveemsi-
nais de uma escaladaque poderá
levaroBrasil auma quebradeira
recordedeempresas.
A consultoria Pantalica Partners
estima em pelo menos3mil as
companhiasque deverão pedirre-
cuperaçãojudicial, se confirmada
umaquedade6%doPIBnesteano.
Onúmero émuitosuperior ao re-
cordede 1.863empresas que soli-
citaram proteção contra credores
na Justiça na recessãode 2016.
“Umaempresa médianoBrasil
tem caixa para60 dias de opera-
ção.Esse tempojá passou [desde o
iníciodapandemia]”,dizSalvatore
Milanese,sóciodaconsultoria.
Comoatenuante, há um esfor-
ço de instituições financeiras e
fornecedorespara prorrogaros
vencimentos. A taxa Selicna mí-
nimahistóricade 3% ao ano —
patamar bem diferentedo que se
viu em crisespassadas—éoutro
fatorque devecontribuir para
manterparte das renegociações
comcredoresforadostribunais.
Aonda inicial atinge principal-
menteempresasquejávinhamem
dificuldade,dado ocrescimento
econômico pífiodos últimosanos.
Porém, os indícios da crise do co-
ronavírusse fazemnotar pela pre-
valênciade empresas pequenas
(94,8%) e do setor de serviços
(55,6%) nos pedidos de recupera-
ção judicial captados pela Boa Vis-
ta —justamenteos segmentos em
queaparalisaçãodaatividadeteve
maisimpactoimediato.
“O setorde serviçosjá vinha
com maisdificuldadede recupe-
raçãomesmoantesda pande-
mia”,afirmaFlávio Calife,econo-
mista-chefedaBoaVista.
De acordocom ele, os núme-
ros de maiopodematé mostrar
algumreflexoda crise,mas esse
impactosó ficarámaisvisívelda-
quiparaafrente.Nacomparação
com o mesmomês do ano passa-
do, houvequedanos pedidosde
falência(-91,9%)ede recupera-
ção judicial(-40,3%).Há duasra-
zõesparaisso:orepresamento
de solicitaçõespor causadas me-
didasde isolamentosociale oin-
tervaloque há entrea crise bater
e o empresário dar um passo
maisdrástico.“Ninguémtoma
umadecisãocomoessa do dia
paraanoite”, dizCalife.
Essa também éavisão de Luiz
Rabi, economista-chefe da Serasa
Experian. Segundo ele, os indica-
dores de inadimplência começam
a mostrar sinais de deterioração,
mas os pedidos de recuperação es-
tão represadosedevemacelerar
no segundo semestre. “Do ponto
devistaeconômico,oestragojáes-
tá feito, e muito. Isso vai aparecer
daquiaalgunsmeses”, afirma.
Em meadosde abril,os birôs
decréditoestenderamde10para
45 dias de atrasooprazopara
realizaranegativaçãodeinadim-
plentesem seus cadastros,como
formade incentivaras renego-
ciaçõesentreaspartes.
Os bancos,por sua vez, abri-
ramapossibilidadedeprorrogar
contratosde créditode clientes
queestavamemdiacomospaga-
mentos.A carênciavai de 60 dias
a 180 dias,dependendoda ope-
ração, do clientee da instituição
financeira. Segundo aFederação
Brasileirade Bancos(Febraban),
9,7 milhõesde operações, com
saldodevedortotalde R$ 550,
bilhões,foramrenegociadas do
iníciodemarçoaté22demaio.
“Osbancosfizeramumesforço
louvável, masnão vai ser sufi-
ciente”, diz Milanese,da Pantali-
ca.“Nãoeliminaosriscos.”
Apossibilidade de oBancoCen-
tral (BC) comprartítulos privados
é uma iniciativa que vai na direção
correta,mas, segundo oconsultor,
terá efeito limitadopara melhorar
a vida da maiorparte das empre-
sas. As companhias de pequeno
porte não acessam o mercado de
capitais no Brasil easduplicatas
queemitem encontram hojebaixa
Fontes:BoaVistae PantalicaPartners.*EstimativadaPantalicaPartners
Proteçãocontracredores
Coronavírusamplianúmerodeempresasemdificuldade
% do totalde casospor tamanhoda empresa
0
20
40
60
80
100
Pedidosde
falência
Falências
decretadas
Pedidosde
recuperaçãojudicial
Recuperações
judiciaisdeferidas
Pequenas Médias Grandes
93,
5,611,
95,
3,470,
94,
4,310,
95,
3,851,
% do totalde casospor setor
PIBx Pedidosde recuperaçãojudicial
0
10
20
30
40
50
60
Pedidosde
falência
Falências
decretadas
Pedidosde
recuperaçãojudicial
Recuperações
judiciaisdeferidas
Indústria Comércio Serviços
30,0628,
41,
22,
31,
46,
20,
24,
55,
22,5223,
54,
-5,
-1,
0
2,
5,
9,
0
500








  1. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
    Pib em % Recuperacãojudicialem números
    0
    500








  2. 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
    Seo PIBcair6%em 2020 ,asrecuperaçõesjudiciaispodemchegara 3 mil*
    aceitação —oquedeve mudar nos
    próximos anoscom anova regra
    de títulos eletrônicos. De acordo
    com Rabi, da SerasaExperian, dois
    terços da dívida corporativa no
    Brasil são de origemmercantil, e
    nãobancária.
    Para Thomas Felsberg, do es-
    critórioFelsberg Advogados,a
    comprade títulospeloBC será
    restrita a companhiasdemaior
    porte, mas poderásurtirum efei-
    to positivomaisamplo. “Pode
    evitara reaçãoem cadeiaque
    acontece quando umacompa-
    nhiagrandeentraem recupera-
    çãojudicial”,afirma.
    Executivos de bancos ecreden-
    ciadoras de cartões ouvidos pelo
    Valordizem não notar ainda um
    aumento do númerode pedidos
    de recuperação judicial. No entan-
    to, preveemumaaceleração nos
    últimos meses do ano, quando se
    esperaque a quarentena tenha
    acabado eos prazosderenegocia-
    ção de contratoterminarem. “Cer-
    tamente, vai acontecer.Équestão
    detempo”,afirmaumexecutivoda
    áreade atacadode umagrande
    instituiçãofinanceira.
    Fonte de outrobancodiz que os
    casosde recuperação judicial que
    apareceramaté agora se referem a
    empresasque já vinham em difi-
    culdadeantesda pandemia ese
    concentramem companhias com
    faturamento anual abaixo de R$ 1
    bilhão.Seat endência persistir, se-
    rá um cenário diferente do quese
    viu em 2016.Naquele momento,a
    crise eaLava-Jato levaram uma sé-
    rie de companhias multibilioná-
    riasabuscarproteçãonaJustiça.
    A experiência de algunsanos
    atrástambémdeve influenciar os
    novos processos. Na visão de um
    executivo da área de atacado de
    um grandebanco, desta vez tende
    a haver maiordisposição das insti-
    tuições financeiras em renegociar
    dívidas fora da esfera judicial.
    “Aqueles processos de 2015-201 6
    nãosalvaramninguém”, observa.
    A essa mudança, soma-se o fato
    de que a Selic está em 3% ao ano, o
    que tornamuito maisviável para
    credores e devedores renegocia-
    rem contratos. Isso vale não só pa-
    ra os bancos. Onovo ambiente de
    juros trouxe para acenainvestido-
    res maisdispostos a tomar riscos
    inclusive no créditoprivado. “O
    momento é crítico, mas as condi-
    çõesmudaram. Estamos sentando
    commaisgestoras paraconver-
    sar”, afirmaesseexecutivo.
    Ricardo Knoepfelmacher, sócio
    da RK Partners, especializada em
    reestruturação de empresas, diz
    que as grandes companhias estão
    pedindoprorrogação dos contra-
    tos antes de recorrer a medidas
    “mais fortes”. Porém, ele avalia
    que, no geral, os pedidos de recu-
    peração judicial vão aumentar
    muitodaquiparaafrente.
    “Vai haver uma explosãode ca-
    sos no Judiciário”, acrescenta Fels-
    berg. Para o advogado,oprojeto
    de lei 1.397/2020, que suspende
    automaticamente as execuçõesju-
    diciais de empresas na crise éuma
    tentativadeevitar quesecheguea
    um colapsonos tribunais.Otexto,
    de autoria do deputado HugoLeal
    (PSD-RJ),passou pelaCâmara e
    aindaseráapreciadopeloSenado.
    Empresas de ônibus temem colapso financeiro no Rio
    AndréRamalho
    DoRio
    A queda abrupta da circulação
    de pessoas durante a pandemia da
    covid-19 já reduziu em R$ 843mi-
    lhões as receitas das empresas de
    ônibus no Rio de Janeirode mea-
    dos de marçoao fim de maio,o
    equivalente a 11% do faturamento
    anual das companhias. Opresi-
    dente da Federação das Empresas
    de Transportes de Passageiros do
    Estado (Fetranspor), Armando
    Guerra Junior, conta que o setor se
    prepara para a retomadadas ativi-
    dades apartir dos próximos dias
    temendoum colapsono sistema.
    Duasempresas, aViação Palmares
    eExpresso Pégaso, pediram recu-
    peração judicial nos últimos me-
    ses,masaexpectativaéqueasitua-
    çãoseagravedaquiparafrente.
    Guerra Juniordestaca queacri-
    se atualpressionará as tarifas para
    cimade forma“in imaginável”e
    que será precisorediscutir opró-
    prio modelode financiamento da
    mobilidadeurbanadopaís,defor-
    maaincorporarsubsídios.
    Os ônibus representam74% do
    transportepúblico no Estado.Se-
    gundo a Fetranspor, a demanda
    pelosistema de ônibus, no Rio,na
    semanapassada, era 66% menor
    que a registrada em fevereiro, an-
    tes da pandemia. O executivo afir-
    ma que as operaçõesvoltaram a
    um viés de alta, mas que a situação
    financeira das companhiaspreo-
    cupa.SegundoGuerraJunior,acri-
    se atualpoderá ser a “gota d’ág ua”
    paramuitasdasviaçõesquejáope-
    ravam comdificuldades —14 em-
    presas pararamas atividades des-
    de2016,amaioriaporfalência.
    “[Durante apandemia], os for-
    necedoresficaram quietose de-
    ram um tempopara regularização
    dasdívidas.Estamosretomandoas
    operações, agora, mesmoque de
    maneira incipiente, e aí vai come-
    çar a pressão.As companhiasde
    ônibus vão precisar comprar com-
    bustível, pneu,peçase os fornece-
    doressó vão quererpagamento
    antecipado, porque amaioria tem
    créditosareceber. Acho que na re-
    tomada é que o problemamaior
    vaiocorrer”, afirmouaoValor.
    O transporteintermunicipal ru-
    moàcapitalvoltaráaoperarapar-
    tir de sábado.Ar etomada,contu-
    do,será gradual.AFe transpor esti-
    ma que, ao fim do ano, os ônibus
    estarão operando com 65% a 70%
    dos níveis de passageiros pré-pan-
    demia eque serão necessários ain-
    da de dois a trêsanos paraquea
    demandaserecuperetotalmente.
    Com o agravamento da crise fi-
    nanceira, o setorse movimenta,
    junto ao Congresso,por meio da
    Associação Nacional das Empresas
    de Transportes Urbanos (NTU), em
    defesa de um pacote de socorro ao
    segmento. As empresas pedem en-
    tre R$ 1,5 bilhão aR$ 2,5bilhões —
    adepender do níveldeserviço que
    os poderes concedentesdefinirão
    paraaretomada.Apropostaécriar
    umvaledetransportesocial.
    “O governo federal compraria
    créditos de transporte para alocar
    esses créditos em programas so-
    ciais, como oBolsa Família. Seria
    um programa de âmbito nacional,
    para ajudaras empresas de trans-
    portea passar por esse momento”,
    explicou.“Senãotiverrecursopara
    financiar esses prejuízos, o trans-
    portecomoum todosofrerá um
    colapso em curto espaço de tem-
    po”,complementouoexecutivo.
    Ele contaque o setorrecorreu ao
    Banco Nacional de Desenvolvimen-
    toEconômicoeSocial(BNDES),ban-
    cosprivadoseaosgovernosfederale
    estadual, masque em nenhumadas
    frentes houvesucesso na tentativa
    de costurar um pacote de socorro.
    Alémdas crises fiscaisdo poderpú-
    blico, Guerra Juniordestacaque a
    imagemdesgastadaperante aopi-
    nião pública ainda éuma dificulda-
    deparaaentidade.
    A Fetranspor esteve no centro
    das operações da Lava-Jato no Rio.
    O ex-presidente da federação, Lélis
    Teixeira, chegou a ser presoe, em
    delação premiada,confirmou o
    desviode R$ 120 milhõespara pa-
    gamentode propina a políticos —
    que, por sua vez, beneficiaram os
    empresários do setor com reajus-
    tes tarifários acima da inflação.
    “Enfrentamos essa dificuldade
    [comaimagem]. As pessoasnão
    acreditamque práticasmudaram,
    que adotamos políticasdecom-
    plianceetransparência”, disse.
    Para oexecutivo, acrise atual
    exigirá umasoluçãoparaatarifa
    do transporte público para2021.
    Ele explica que oreajusteanual é
    calculado combaseno custodo
    sistemadivididoentreospassagei-
    ros pagantes. Comaqueda da de-
    manda este ano, pela regra, aex-
    pectativa é que haja um aumento
    “in imaginável”das tarifas. “Houve
    um desbalanceamentoeste ano,
    não sabemos comoisso[reajuste]
    vaiocorrer”, comentou.
    Guerra Junior defende um novo
    modeloparasustentaramobilida-
    de urbana, com subsídios. “Nãohá
    maiscomo sustentar esse modelo
    predominante no Brasil, ondeo
    passageiro paga 100% do custo de
    transporte. Aqui, as três pontas
    [empresas, prefeituras epassagei-
    ros] estão insatisfeitase de certa
    formatodastêmrazão.”
    Regra de ouro está “doente”erequer revisão, diz estudo
    Fabio Graner
    DeBrasília
    “A regrade ouroestádoentee
    requer tratamentoimediato, in-
    tensivoeespecializado”, diz estu-
    do elaborado pelosconsultores do
    Senado Vinícius Amaral, Maurício
    Macedo e Fernando Bittencourt. O
    texto aponta que o dispositivo,
    que está suspenso em 2020pela
    calamidade pública, requer “ex-
    tensaeminuciosa revisão de seu
    funcionamento, em especial
    quanto à forma de verificaçãode
    seucumprimento”.
    Atéqueissosejafeito,defendem
    osautores,omecanismonãodeve-
    ria serareferência para o aciona-
    mento de gatilhos fiscais propos-
    tos nas Propostas de Emenda
    Constitucional(PECs) Emergen-
    cialedoPacto Federativo. Maseles
    não propõemno material uma re-
    ferência alternativa paraser utili-
    zadanasPECs,queantesdapande-
    mia eramprioridade paraominis-
    trodaEconomia,PauloGuedes.
    Aregra de ourotem comoobje-
    tivo conter os gastos correntes do
    governo,estabelecendo queele só
    pode se endividarparafazer inves-
    timentos ou pagardívidas.Odis-
    positivo está na Constituiçãoeseu
    descumprimento podeimplicar
    emcrimederesponsabilidade.
    “Hoje aregrade ouroéc omo
    um termômetro defeituoso. O va-
    lor que ela expressa da margem de
    cumprimento, o que ela significa é
    sempremuito incerto,devidoàs
    falhas que identificamos”, comen-
    tou Vinícius AmaralaoValor.
    “Quando se tem um termômetro
    ruim,oquesefazcomoresultado?
    Uma informação pobrepode levar
    a açãoerrada”, disse, lembrando
    que desde 2014 asituação fiscal se
    deteriorou, masessedispositivo
    nãomostravaissoaté2017.
    O estudodivulgadoaponta seis
    principais problemasna apuração
    daregrafiscal.Partedeleslevaàsu-
    perestimação do seu saldo en-
    quanto outrasmostramresultado
    maisestreito. Nosúltimosdois
    anos, oresultado dessemecanis-
    mo tem sido negativo e ogoverno
    só não incorre em crime de res-
    ponsabilidade porque oCongres-
    so tem autorizado créditos para
    compensarouasuspendido,como
    ocorrenessapandemia.
    Das seis falhaslistadas no estu-
    do,algumas se destacam.Entre
    elas, acontabilização dos retornos
    deempréstimos,comoosfeitospe-
    lo Tesouroao BNDES.“A vulnerabi-
    lidadeda regra é tamanha que ela
    podeser até mesmoexplorada pa-
    ra, intencionalmente,elevar a pos-
    sibilidadedegastoscorrentes.Ima-
    gine-se, por exemplo, que o ente
    público conceda um empréstimo
    paraumaentidade como único
    propósito de permitir aelevação
    dessas despesas, usandopara isso
    recursos levantados via endivida-
    mento. Pouco tempo depois, o em-
    préstimoconcedido é amortizado.
    Como emprego desse artifício, o
    ente será capazde expandir suas
    despesas correntes,sem violar a re-
    gradeouro”,explicam.
    Se a apuraçãofosse diferente, a
    regra teria sido descumprida em
    diversosexercícios.“De fato,asre-
    ceitas relativas àamortização de
    empréstimos, especialmenteda-
    queles que haviamsido concedi-
    dos ao BNDES, foram fundamen-
    tais para o cumprimento do limite
    constitucional”,completam.
    Outra falhagrave apontadase-
    ria no casoda contabilização da
    despesacom juros da dívida. Hoje,
    ela é considerada gastocorrente,
    mas o Tesourodesconta dela a in-
    flação, classificando a correção
    monetária comogastode capital
    (que écontabilizadocomoinvesti-
    mento).“Avalia-se ser muito pou-
    co defensável a classificaçãodas
    despesascomatualizaçãomonetá-
    ria, que constituem parcela dos ju-
    ros nominais, como despesa de ca-
    pital. Como podeser observado,
    apenas a reclassificação desta des-
    pesa já seria suficiente para tornar
    amargem de cumprimentoda re-
    gra de ouro negativa em todos os
    exercícios desde2014”,dizem,le-
    vantando dúvidas sobreabase le-
    galdaformausadapeloTesouro.
    O estudoaponta que a aplicação
    daregradeouronoBrasiltemtantas
    falhas queesse dispositivo fiscal não
    fazjusaonome.“Avalia-sequeasde-
    ficiências encontradas prejudicam
    severamente a capacidadeda regra
    derealizarseupropósitoederefletir
    de formafidedigna a situaçãofiscal
    daUnião.Conclui-sequearegra,em
    suaformaatual,nãoseapresentaco-
    moumindicadorconfiáveldasitua-
    çãodasfinançasdaUnião”,dizem.
    Salvatore Milanese:“Umaempresa médiano Brasil temcaixa para 60 diasde operação.Esse tempojá passou”
    SILVIACOSTANTI/ VALOR
    Vai Corinthianssssssss



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