Valor Econômico (2020-06-05)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 8 da edição"05/06/20201a CADA" ---- Impressa por ccassianoàs 04/06/2020@21:21:3 8


A8|Valor| Sexta-feira, 5 dejunhode 2020

Política


IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


Estados pressionam por derrubada de dois vetos


LuAikoOtta
DeBrasília

Os Estadosqueremderrubaro
veto do presidenteJair Bolsona-
ro ao dispositivo que destinava
R$ 8,6 bilhões aEstadosemuni-
cípios parao combateà pande-
mia. Secretáriosestaduaisde Fa-
zendaenviaramontemuma car-

ta aos presidentes da Câmara,
Rodrigo Maia(DEM-RJ) edoSe-
nado, Davi Alcolumbre (DEM-
AP) pedindoapreciação rápida
do temae sua rejeição.
Na quarta-feira,Maiaafirmou
que oveto surpreendeu os parla-
mentares. Disseque havia um
acordoentreoCongressoeoExe-
cutivosobreotema.
Esse é o segundo veto em medi-
das de socorro financeiroque os
Estados se posicionaram contra.O
outrorecaiu sobreum dispositivo
da chamadaLei Mansueto,sancio-

nadanoúltimodia28,queproibia
oTesouro de executarcontraga-
rantias de Estados emunicípios
que deixarem de quitar parcelas
de dívida que têm aval da União,
comoos financiamentos de orga-
nismos internacionais. As contra-
garantiasservem para ressarcir os
cofres federaisde eventuais gastos
realizadosnacondiçãodeavalista.
O veto à proibição de executar
contragarantiasfoi um dos temas
da reunião do ministro da Econo-
mia, Paulo Guedes,com o deputa-
do Mauro Benevides Filho (PDT-

CE) em que se discutiram formas
de trazer mais recursos para os co-
fresdo Tesouro,comoadesvincu-
lação de recursos de 29 fundospú-
blicos,novalordeR$177bilhões.
O deputadodisseao ministro
que oveto prejudicouosEstados
menores. Alémdisso, reduziuo va-
lor da ajudafederal aos Estados de
R$120bilhõesparaR$110bilhões.
A Caixadivulgou ontem um ba-
lançodasoperaçõesdecréditorea-
lizadas com Estados emunicípios
esteano. São recursos destinadosa
projetos em áreas comosanea-

mentoe mobilidade, importantes
para reativaraatividadeeconômi-
ca. Segundoavice-presidente de
Governo da instituição, Tatiana
Thomé, foram duas etapasde con-
tratações,umadeR$3,77bilhõese
outradeR$1,3bilhões.
Na primeiraetapa,foramassi-
nados281 contratoscom 228 to-
madores, todosmunicípios. O
valormédiodas operações foi de
R$ 13 milhões. As operaçõesuti-
lizaramum limitede endivida-
mentoautorizado pelo governo,
de R$ 3,5 bilhõesparaemprésti-

moscujasgarantiassãocotasdos
Fundosde Participaçãodos Esta-
dos (FPE) ou dos Municípios
(FPM)ereceitasdo ICMSede R$
4,5 bilhõesparaoperações com
garantiasdaUnião.
No dia 2, foi autorizadoum li-
miteadicionalde endividamen-
to de R$ 4bilhões.Desses, já fo-
ram contratadosR$ 1,3 bilhão,
em 53 operações de créditopara
45 tomadores.Oobjetivoéutili-
zar todoolimite,pois há forte
demandapor partedas prefeitu-
ras, informou.

Câmara e Senado


buscam texto


para ‘fake news’


RenanTr uffi,MarceloRibeiro e
VandsonLima
DeBrasília

OSenadoeaCâmarados De-
putadosdecidiramunirforças
para tentar construir um projeto
de combateà disseminaçãodas
“fakenews”sem que isso repre-
senteperdade liberdade de ex-
pressão. Representantes das
duasCasastêm dialogadocom
as plataformas e organizações
da sociedade civilpararedigir
um texto“equilibrado” e de con-
senso.Oobjetivoépassaruma
imagemde uniãodo Parlamen-
to em tornodaproposta,caso o
Paláciodo Planalto decidavetar
algumdos dispositivos.
No Senado, as conversasvêm
sendoconduzidaspelo autordo
projeto,Alessandro Vieira (Cida-
dania-SE).Já opresidenteda Câ-
mara dos Deputados, Rodrigo
Maia(DEM-RJ),escalou o depu-
tadoOrlandoSilva (PCdoB-SP)
parafazerainterlocuçãocom
“thinktanks”e especialistasem
comunicaçãona web. A ideiaé
que os parlamentares consigam
elaborar, até ofim de semana,
um textoque tenhaoapoioda
maioriadoscongressistas.
“Combineicomalgunsdepu-
tadosque agente tenteconstruir
textoaté amanhã [estasexta-fei-
ra]. Comesse texto, agente pede
uma reunião aos senadores e
mostraqual éaposiçãoque tem
algumaharmonianaCâmara.Es-
tamostentando construir isso
até amanhã à noitepara,no final
de semana, apresentarpré-pro-
postaque tenhaapoio majoritá-
rionaCâmara”, disseMaia.
Neste sentido, integrantes do
primeiro escalão da Câmara irão
trabalharparagarantirqueasvo-
tações do projeto tenhamapoio
da totalidade dos parlamentares,
com exceção dos bolsonaristas. O
objetivo é“tornar maisconstran-
gedor”um eventual veto de Bol-
sonaro sobre otema. Adisposi-
ção do chefe do Poder Executivo
em vetartrechos do texto vem da
expectativa do PaláciodoPlanal-
to de queoprojeto possa repre-
sentar maisuma ameaça ao pró-
priopresidenteeseusaliados,em
novasinvestigações.

“Nãopodemos esquecerque
todoprojetotem riscode veto e,
com risco de veto, éimportante
que Câmarae Senadoestejam
trabalhandode formaharmôni-
ca”, disseMaia,na quinta-feira.
Umavotaçãoexpressivaafavor
dotextonasduasCasasantecipa-
rá aBolsonaroosentimento dos
congressistas.Casovete,opresi-
dentejá saberáque há disposi-
ção no Parlamentopara derru-
baressesmesmosvetos.
Alémdisso, liderançasparti-
dáriasque defendemo projeto
têm concentrado atenções na
atuaçãodo Centrão,grupoque
se aproximou de Bolsonaro para
compora basedo governoem
trocade cargos.Oobjetivo émi-
nar qualquer intençãodo bloco
de “blindaro presidente”por
meio da desidrataçãodo projeto
duranteatramitação.
Do lado da sociedade civil
tambémhá esforçopor um en-
tendimento conjunto.Grupos
comoaCoalizãodos Direitosna
Rede, o Institutode Tecnologia
Social(ITS) eoAvaaz vinhamde-
fendendopropostasdiferentes,
mas, nos últimosdias,sinaliza-
ram por um “pa cto” e optaram
por tentar buscaralgumconsen-
so nos pleitos.Essasorganiza-
ções,por sua vez, tambémtêm
dialogadocom as plataformas
(TwittereFacebook).
Apesar disso,há aindaalguns
prontos de preocupação para es-
sesgrupos. Omais importante
deles é que trata da identificação
do usuário. Isso porque um dos
artigoscolocacomosugestãoque
asredessociaispassemarequerer
algumtipo de documento,como
RG ou CPF,dos internautas. “É
preciso garantir odireito àpriva-
cidadedos usuário. Issonão vai
ser feitocoletando CPF e um RG,
documentos queagentesabe
quepodem serfacilmente falsifi-
cadosna internet”, argumenta
BiaBarbosa, integrante da Coali-
zão Direitos na Rede. Tambémé
motivo de apreensão os artigos
quetratam da criminalização de
usuários. Otemor éque esse tipo
de dispositivo sejaeventualmen-
te usado porprocuradores ejuí-
zespara umapenalização irres-
tritaouexcessiva.

MarceloRibeiro
DeBrasília

O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia(DEM-
RJ),aproveitouestasemanaquea
pautada Casaestava repleta de
projetoscomplexos paratestar
nas votaçõeso poderde fogodo
líder do PP na Câmara,ArthurLi-
ra (AL).O alagoanovem atuando
comolíder informaldo governo
desde que algunspartidosdo
Centrão,sobocomandodele,co-
meçarama se aproximardo pre-
sidenteJairBolsonaro.
Na avaliação de aliadosde
Maia, ainiciativa acabou por
“desnudar”Lira e mostrar que o
líderdo PP “nãoestá com a cor-
da todaque está vendendopara
o governo”.Aaproximação do
líderdo PP comoPlanalto tem
comoobjetivofortalecerseu no-
me para a corridapela presidên-
cia da Câmaraem 2021.Do ou-
tro lado, garantiria a Bolsonaro
umabasealiadamaissólida,o
que lhe garantiria proteção de
eventuais denúncias ou proces-
sos de impeachment.
Comsessõesdistribuídasem
três dias,aCasa aprovou apenas
três projetos.Somenteum deles,
amedidaprovisória (MP)que li-
berouarealização de sorteios
em emissorasde televisãoe rá-
dio, era de interessedo Palácio
do Planalto.
No entanto,outrosprojetos
considerados prioritários pelo
governoficaramde lado ou tive-
ram a votaçãoadiada. Umadelas
é MedidaProvisória927, que al-
tera a legislaçãotrabalhista com
oargumento de dirimiros im-
pactos da pandemiacausadape-
la covid-19.Outroexemplofoi a
MP 932, que tratadas contribui-
ções do Sistema S,assimcomoa
MP (944) que cria novalinha de
créditopara pagamentode folha
salarialduranteacrise.
Oresultado foi considerado
“um fiasco”e, na avaliaçãode li-
derançaspartidárias,“colocaem
xeque” a promessade Lira de en-
tregar pelo menos230 votosdo
CentrãoaoExecutivo.
AoValor, aliadosde Maiaafir-
maramque ainiciativanão foi

planejada,mas acabou sendoco-
locada em práticaapós a reunião
delíderesdasemanapassada.
Sem a participação do titularda
principal cadeirada Casa, o vice-
presidente da Câmara, Marcos
Pereira(Republicanos-SP),coor-
denouo encontroque definiu a
pautadesta semana. Apoiado
por Lira,o líder do governona
Câmara, MajorVitorHugo(PSL-
GO),apontou váriaspropostas
que seriamconsideradaspriori-
táriasporBolsonaroeministros.
A postura ambiciosa teria con-
tribuídopara que Maia epessoas
próximas decidissem testaraforça
de Lira no plenário. O líderdo PP
semprefoi atuante, mas antesarti-
culava sob os olhosdo presidente
daCasa,quesemprefoiumimpor-
tantealiados. Desdeque oflerte
com o Planalto ganhou força, po-
rém,Lira optoupor manteruma
distânciaprotocolardeMaia.
Um fato determinantepara o
estremecimento da relaçãofoi a
leiturade que a aproximaçãode
partidosdo Centrão com Bolso-
naro ia além da construção de
umabasealiada no Congresso
emtrocadecargos.Emcrisecons-

tante com o presidente da Câma-
ra, o chefe do Poder Executivo
pretendia, com as novas alianças,
fragilizar o controle de Maiaem
relaçãoàpautadevotações.
Para testara forçado parla-
mentar alagoano, Maia então
manteve apauta polêmica, defi-
nidana semanapassada,emu-
dou sua posturaàfrenteda Mesa
Diretora da Casa.“Comoa pauta
foi definidaem uma reunião que
elenãoestavapresente,ninguém
poderiaacusá-lode imporuma
pautacomplicadaparatestara
forçade Lira. Diferentemente de
outrassemanas,Maiaficoude
braçoscruzados, deixandooca-
minholivreparaLira articular.
Por outrolado, ele deixouo mi-
crofoneabertoparaaoposição
obstruir”, comentouum aliado
deMaiaaoValor.
Poucas propostas emplaca-
ram. Alémda MP dos Sorteios,os
deputados aprovaramo projeto
que priorizaamulherchefede
famíliaereincluiospaissolteiros
comobeneficiários de duascotas
doauxílioemergencialdeR$
concedido pelo governoaos tra-
balhadoresinformais,demanda

da líderdo Psol na Câmara,de-
putada FernandaMelchionna
(RS),e de outrasintegrantes da
bancadafeminina.Ontem,a Ca-
sa aprovou oterceiroprojeto da
semana,que obrigapresença de
fisioterapeutasemCentrosdeTe-
rapiaIntensiva(CTIs)adulto, pe-
diátricoeneonatal.
Nos bastidores, parlamentares
destacaram que a semana “foi a
pior, de desempenhomaisfraco
desde oinício da pandemia”,
quandoasvotaçõespassaramaser
remotas. Enquanto alguns atri-
buemabaixaprodutividadeàpos-
tura mais inerte de Maia, outros
responsabilizam a falta de contro-
ledeLirasobreosparlamentares.
Ontem,Maia negouque apro-
dutividadeda Casatenhacaídoe
explicou que muitas propostas in-
cluídas na pauta enfrentavam
muitaresistência, oque atrasoua
análise paraapróxima semana.
“Algumas matérias aparecempro-
blemaseagentevai tendoque
atrasar as suas votações. Nãoacho
quecaiu aprodutividade,apenas
entramos em matérias que levam
maistempo”,disse.Procurado,Lira
nãocomentouoassunto.

Lira: líderdoCentrãofezgestõespara votarpropostasprioritáriaspara o governo,massóconseguiuver umaprovado

MARYANNAOLIVEIRA/CÂMARA DOSDEPUTADOS

Criseaumenta a vantagem do controle de máquinas públicas


Análise


Maria CristinaFernandes
DeSãoPaulo

O“Diário Oficial” de segun-
da-feira, 1ode junho,trouxeano-
meaçãodeMarceloLopesdaPonte,
ex-chefe de gabinete do senadore
presidentedo PP, CiroNogueira
(PI), para a presidência do Fundo
Nacionalde Desenvolvimento da
Educação(FNDE).No dia seguinte,
jáserealizaria,noórgão,aprimeira
reunião para a discussãode edital
paraoensinoinfantilno ano letivo
de 2022.Este edital, integrante da
cobiçada rubricade material didá-
tico,estáabrigadonumorçamento
anualdeR$2,3bilhões.
Um experiente parlamentar do
PPexplicaporquecomandarofun-
do,numaconjunturacomoaatual,
é um bilhete duplamente premia-
do. Primeiro porquecomoo setor
privado, pelo desastre da atividade
econômica, eosetorpúblico, pela
arrecadaçãoem frangalhos, estão
em declínio, quemtiver um orça-

mento garantido está bemmais
aquinhoado do que em qualquer
outraépoca.E depois porque o go-
verno federal, autorizado ades-
cumprir ameta de superávit pri-
mário, não está obrigadoa contin-
genciar recursos.Assim,oFNDE,
cofredo MEC,com um orçamento
de R$ 30 bilhões(excluído Fies e
Prouni),oequivalenteaumBolsa
Família, se tornouumaalavanca
políticaaindamaispoderosa.
Enão apenas pelomilionário
mercadode livrosdidáticos. É lá
que se concentra,praticamente, a
totalidadedasemendasparlamen-
taresdaeducaçãobásica.Tome-sea
gestão da merenda edo transporte
escolar. Apandemia produzirá
uma demandainéditanume nou-
trocaso.Emépocadegrevedepro-
fessores, as escolas seguram a me-
renda para usar nos dias de reposi-
ção de aula.Desta vez, como opo-
der público continuou adistribuir
merendadurantea pandemia, as
compras tambémserãoem volu-
mes maiores. No caso do transpor-
te escolar,ainda não dá para saber

se as escolasterão comocumprir o
espaçamentodos assentos ocupa-
dosnoretornoàsaulas,masareco-
mendaçãoforçaria as prefeiturasà
aquisiçãodenovosveículos.
Ascomprastantopodemserfei-
tas por cada administração muni-
cipal, comrecursos de emendas
parlamentares, por exemplo,
quanto os partidos podem reunir
seusprefeitos esevaler da experti-
se adquiridana gestão de grandes
máquinaspúblicas paranegociar
compras conjuntas junto às mon-
tadoras.A margemde manobra
para a corrupção sistêmica está
mais restrita, mas osimples acesso
àmáquinapúblicajádáumagran-
devantagemcomparativa.
Écom issoque os partidos aqui-
nhoados pelo governo Jair Bolsona-
ro na frenteanti-impeachment não
apenas se posicionampara as elei-
ções municipaiscomotambémga-
rantem aliados com vistas à disputa
pelasmesas diretoras da Câmarae
do Senadoem fevereirodo próximo
ano.AperdadoFNDEfoi,emgrande
parte,aresponsávelpeloafastamen-

todoDEMdogoverno.Opartidoha-
via emplacadoum aliado do presi-
dentedaCâmara,RodrigoMaia(RJ),
na presidência do órgão,que atéen-
tão era geridopor um coronel, às
vésperas da votação da reformada
Previdência.Perdeu-a no Natal do
ano passado, quandooministro
AbrahamWeintraub lá alocouuma
funcionáriade carreira do MEC,Ka-
rinedos Santos,que ficouno cargo
atéestasegunda,quandooFNDEfoi
entregueaoPP.
Onomeescolhido pelopartido
integrou uma das diretorias do fun-
do no breve período em que este foi
comandado pelo DEM.O rearranjo
da basedo governoparacontero
impeachmentprivilegiouoPPenão
remontou o tradicional domínio do
partido de Maia no órgão. Isso é re-
flexodacorrelaçãodeforçasqueho-
je pesafavoravelmente àaliançaen-
tre osenador Ciro Nogueira eode-
putadoArturLira(PP-AL)nacompa-
raçãocom odueto entreoDEM de
Maiae o deputado e ex-ministro
AguinaldoRibeiro(PP-PB).
O DEMse afastou do MECmas

não o suficiente paraimpedir a
pautade votação da renovação do
Fundo de ManutençãoeDesenvol-
vimento da Educação Básica (Fun-
deb). Aascendência do PP sobrea
Pasta devetirar poderda relatora
do projeto, professora Dorinha
(DEM-TO),mas não devemudara
tendênciadeaumentar,para20%,a
participação da Uniãono seu fi-
nanciamento.Hojeafatiaéde10%.
Aproposta originaldo governoé
de15%,adospartidosdeesquerda,
de40%,eadeentidadescomooTo-
dos pela Educação, 20%. A pressão
altistaperdeuforçaeoplenáriode-
vebateromartelonos20%,oquese
traduznumaelevação de cerca de
R$7bilhõesanuais.
Aagendaque,nestadançadasca-
deiras, parece postergada no MEC é
ada readaptação aum futuro sem
pandemiamas com uma educação
decisivamente afetada pelastecno-
logiasdoensinoàdistância.Nospaí-
ses europeus que retomam as ativi-
dades pós-covid19, as turmas estão
sendoreduzidas.Metadedosalunos
tem aulaspresenciais no período da

manhã e a outrametade, à tarde.Os
professores estão sendo requalifica-
dos paraouso de novastecnologias
no material didático.“O avançodo
resto do mundo na readaptação da
educaçãopós-pandemiavaiaumen-
tar ainda mais adianteira delesnos
indicadoresde aprendizado em re-
lação aos nossos”, diz odiretorda
ONG“Todos pela Educação”, João
MarceloBorges.
Vaipesar aindasobreesta defasa-
gem apressão, sobrearede pública,
de filhosda classe médiadesempre-
gadaqueserãoobrigadosadeixaras
escolas particulares.“Vamos assistir
a uma pressão sobreas escolas pú-
blicas semelhante àquelaque hoje
acomete os hospitais do Sistema
ÚnicodeSaúde”, resumeBorges.Um
dos subprodutos destapressãoserá
a evasão,principalmente,de jovens
do ensinomédio. Na Europa, apan-
demia chegou no fim do ano letivo.
Aqui,aportou no início, oque pode
levarmuitos jovens a concluir que,
paraajudar na subsistênciade suas
famílias, o ano escolar terá de ser sa-
crificado.Maisum.

CongressoArthurLirabuscaoPlanaltoparadisputarpresidênciadaCâmara


Maia testa poder de

mobilização de líder do PP

Vai Corinthianssssssss

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