O Estado de São Paulo (2020-06-08)

(Antfer) #1

%HermesFileInfo:B-7:20200608:
O ESTADO DE S. PAULO SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2020 Economia B


ENTREVISTA

Blog: Fulano de tal
LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET, CONSECTETUR ADIPISCING ELIT.
UT.WWW.ESTADAO.COM.BR/E/MAPACELULAR

Thiago Lasco

A aproximação recente do Palá-
cio do Planalto com o Senado
e o Centrão afastou o risco de
ruptura institucional e deu las-
tro para a recuperação do mer-
cado brasileiro. Resultado: Bol-
sa em alta, juros e dólar cain-
do. Essa é a visão de Giovani
Silva, fundador e CEO do Blue-
Line Asset Management.
Após 17 anos como chefe de
trading LATAM do JP Morgan,
Silva recrutou antigos compa-
nheiros e reforçou, no ano pas-
sado, a nova safra de gestora de
fundos. Hoje, o fundo multi-
mercado BlueAlpha tem R$
227 milhões sob gestão (60%
da carteira em ativos interna-
cionais da América Latina).
Em entrevista ao E-Investi-
dor, Silva analisa a reação dos
mercados à retomada gradativa
da economia no exterior e aos
movimentos políticos no Bra-
sil. E avisa: “Agora é hora de
olhar para as ações e comprar.”

lE-Investidor - Qual cenário
imagina no pós-pandemia, em
termos de retomada da econo-
mia no exterior e no Brasil, e em
relação à taxa de juros?
Giovani Silva - Algumas forças
positivas empurram o merca-
do internacional para frente.
Depois da recessão mais curta
e profunda da história, o mer-
cado já olha os números de ju-
lho e agosto, que estão muito
fortes, pela imensa quantidade
de estímulos que foi colocada.
Só os EUA colocaram quase
20% do PIB, e a simples inje-
ção de liquidez já faz a econo-

mia retomar mais rápido. Esse
ambiente de grande liquidez e
juros baixos leva as pessoas a
comprarem ativos reais e Bol-
sa. Por outro lado, existe o ris-
co de uma segunda onda de co-
ronavírus, enquanto se corre
em busca de uma vacina. Há
um risco geopolítico, uma ten-
são entre China e EUA que é
mais tecnológica que comer-
cial. E as eleições presidenciais
nos EUA acrescentam volatili-
dade ao cenário.

lE o Brasil?
O Brasil vive um momento deli-
cado porque, além das crises sa-
nitária e econômica, que são
globais, tem uma crise institu-
cional que é local. Estivemos
perto de uma ruptura institu-
cional, que seria grave. Mas es-
sa reaproximação do Executivo
com o Senado e também com o

centrão reduziu esse risco e me-
lhorou o mercado. A Bolsa su-
biu, dólar e juros caíram. A reto-
mada econômica do Brasil está
um pouco atrás de outros paí-
ses porque nossa curva de co-
vid-19 está piorando, ainda não
tivemos o pico da doença, e
agora o Hemisfério Sul está en-
trando no inverno.
Em relação a juros, infeliz-
mente o desemprego ainda vai
permanecer alto, porque o nos-
so mercado de trabalho é mui-
to rígido. Em mercados mais
flexíveis, o desemprego sobe e
rapidamente recua. Aqui, a vol-
ta será mais lenta e dolorosa.

lO que é mais problemático no
momento para o Brasil: a falta de
destreza política do Executivo, o
ambiente desfavorável para as
reformas ou o risco de um des-
controle fiscal?

Essa expansão fiscal com
base em orçamento de
guerra, com transferên-
cia de dinheiro para esta-
dos e municípios, é muito
importante que isso tudo
seja transitório. Especial-
mente para o mercado de
juros. Câmbio e juros
olham muito para a ques-
tão fiscal. É crucial que o
teto de gastos seja respei-
tado no ano que vem e
exista uma sinalização de
que a discussão das refor-
mas administrativa e tri-
butária será retomada,
com uma coalizão políti-
ca em torno do chamado
centrão. Passando a fase
mais aguda da crise, as re-
formas têm que andar.

lOs últimos dias da Bolsa
brasileira têm sido de oti-
mismo, com o Ibovespa
perto de 100 mil pontos e
alívio da pressão sobre o
dólar. O momento é propí-
cio para ir às compras?
Fiquei surpreso com a re-
siliência da Bolsa diante
da saída do Sérgio Moro
do governo. Mesmo nos
piores momentos do ce-
nário internacional, com
o Ibovespa em quase 60
mil pontos, sempre havia
fluxo comprador. Claro
que, se não houvesse nor-
malidade institucional, tu-
do isso iria por água abai-
xo. Agora é hora de olhar
para as ações e fazer
stock picking mesmo.
Usar a equipe de analis-
tas para ver quais empre-
sas estão muito desconta-
das, e comprar.

lEm que é necessário fi-
car de olho?
É um bom momento de
Bolsa, globalmente falan-
do. Os outros mercados
emergentes também es-
tão tendo melhora, não
apenas o brasileiro. O am-
biente de risco está favo-
rável, mas é preciso ficar
de olho em uma eventual
segunda onda do corona-
vírus, na tensão geopolíti-
ca entre China e EUA e
nas eleições presiden-
ciais norte-americanas.

l]
LEANDRO MIRANDA

É


constrangedor ver o presidente do país cavalgando
fantasiado de caubói de chanchada da Atlântida pe-
las ruas de Brasília. Mais constrangedor é verificar
que a cavalgada se destinava a fazer bonito para um públi-
co mirrado, que, visto de cima, não alcançava duas mil pes-
soas, para depois ser inserida nas redes sociais, dando a
impressão que uma multidão o aplaudia e apoiava.
De outro lado, é apavorante ver que no meio da maior
pandemia desde a gripe espanhola, com mais de meio mi-
lhão de brasileiros oficialmente infectados e, no melhor
cenário, mais de um milhão e meio realmente infectados, a
sensibilidade oficial é nenhuma e o drama das famílias
atingidas pela covid-19 não tem qualquer poder de como-
ver quem deve tomar as decisões ou pelo menos dar o
exemplo.
Os números do primeiro trimestre são ruins. E eles prati-
camente não sofreram o impacto decorrente da chegada
da pandemia. A pandemia começou em meados de março,
ou seja, num total de seis quinzenas ela influenciou uma e,
mesmo assim, de forma muito suave. A verdade dura de
ser assimilada é que as afirmações da área econômica do
governo de que o Brasil estava pronto para decolar não se
sustentam. Quem está pronto para decolar não voa feito
galinha choca e despenca dez metros à frente porque, no
último sexto do período analisado, o coronavírus deu as
caras.
É triste concluir que, desde o final do ano passado, as
coisas não estavam andando como a nação gostaria que
estivessem. Com exceção do agronegócio e, parcialmente,
seguros, os demais setores estavam estagnados ou, quando
cresciam, era em patamares medíocres, claramente insufi-
cientes para fazer o resto de crise que ainda persistia se
transformar num crescimento esplendoroso.
O agronegócio faz anos que carrega o País nas costas,
mas nem por isso o governo se sensibilizou com a impor-
tância de tentar blindá-lo e os equívocos, mais gritados do
que praticados, tiveram o dom de fazer o mundo nos enxer-
gar como os vilões do clima, dando aos produtores agríco-
las dos outros países a oportunidade de acusar o agronegó-
cio brasileiro de ser o responsável pelo desmatamento da
Amazônia.
E o setor de seguros tem uma particularidade interessan-
te, composta pelo diferimento e parcelamento dos prê-
mios, que faz com que os negócios fechados no passado
influenciem os resultados do presente. Quer dizer, os resul-
tados positivos de boa parte das seguradoras no primeiro
trimestre foram fruto de seguros fechados em 2019.
As previsões para o agronegócio são francamente positi-
vas, devendo ser o único setor da economia a crescer de
verdade ao longo do ano, inclusive devendo bater todos os
recordes anteriores. Já o setor de seguros não manterá o
desempenho, pelo contrário, com o aprofundamento da
crise, deve ver seus números encolherem. Não tem como
ser diferente.
A produção de veículos está em patamares melancóli-
cos. As demais atividades industriais não estão muito me-
lhor. O comércio e os serviços assistem milhares de esta-
belecimentos fecharem as portas. O desemprego impacta
diretamente os seguros de vida e os planos de saúde priva-
dos. Além disso, impacta indiretamente todos os demais
ramos de seguros porque as pessoas, antes de contrata-
rem ou renovarem suas apólices, têm outras prioridades,
como comer, se vestir, pagar a casa e a educação dos seus
filhos.
As projeções falam em recessão perto de 7%. Como este
número vem crescendo a cada semana, é bem possível que
ultrapasse os 10%.
2020 está perdido e pode ser esquecido. A questão
que se coloca é como vamos atravessar 2021. O começo
do ano que vem será muito difícil. Com a pandemia ain-
da em ascensão, com o presidente da República subindo
a temperatura política, com a polarização mostrando
que os contra o presidente são maioria, como ficou evi-
dente com a postura das torcidas uniformizadas, não
será fácil encontrar a liga necessária para unir a socieda-
de em torno de um projeto de recuperação econômica.
Trocando em miúdos, 2021 corre o risco ser mais um
ano perdido.

]
SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA
E SECRETÁRIO-GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

Para gestor, aliança
entre governo e Centrão
criou condições para a
retomada da B
nos últimos dias

O


s mercados têm vivido
dias taurinos com a vol-
ta da confiança na reto-
mada da economia global em
velocidade maior do que a ini-
cialmente prevista por médi-
cos e economistas. Os progres-
sos na obtenção de vacinas con-
tra a covid-19 e a reabertura
das economias europeias sem
aumento nas curvas de conta-
minação e mortes têm trazido
a liquidez de volta paulatina-
mente e mudado o apetite dos
investidores para o modo “risk
on”, impulsionado as princi-
pais bolsas do mundo e acelera-
do a recuperação dos preços
para os níveis anteriores à pan-
demia. Nesta ascensão - ainda
frágil, incipiente e sem raízes
profundas - é muito provável
que haja muitos ziguezagues,
com aumento de volatilidade

em caso de ventos fortes advin-
dos de impasses nas negociações
EUA-China, protestos de civis
por questões de justiça, brigas po-
líticas, além de eventuais novas
ondas do vírus.
Back to life, back to reality. Esse
quadro remete-nos cada vez
mais à retomada das questões an-
teriores de deterioração fiscal -
acentuada com a necessária res-
posta dos governos à paralisação
de múltiplos setores da econo-
mia -, elevação do desemprego e
queda de renda, acrescida de
maior preocupação e cuidado
com a saúde, impactando a longe-
vidade média da população, prin-
cipalmente em países menos de-
senvolvidos. Estudos recentes
mostram que o ser humano não
tem vivido cada vez mais, mas
sim não tem morrido tão cedo,
por conta dos avanços sanitá-
rios, nutricionais e de remédios.
Se temos de contar cada vez
menos com auxílios financeiros
públicos por conta de um endivi-

damento cada vez maior dos paí-
ses em relação ao PIB e com uma
retomada da economia ainda em
marcha lenta, como devemos ge-
rir a nossa vida financeira?
Primeiro, tenha em mente que
trabalharemos por muito, muito
tempo, pois não devemos contar
com aposentadorias públicas.
Então, trabalhe no que você gos-
ta e com quem você admira; pou-
pe e invista o que ganhar o máxi-
mo que puder.
Segundo, entenda que traba-
lhar com propósito é ainda traba-
lhar e não passar a vida de férias
sem planejamento, preparação,
muito estudo e dedicação ao tra-
balho. Claro, com saúde e alegria.
Terceiro, controle as despesas
ao máximo para que suas reser-
vas, se preciso, possam ajudá-lo
em caso de mudança de empre-
go por motivos desejáveis ou ne-
cessários.
Quarto, tenha reservas para pe-
ríodos difíceis e emergências,
pois o mundo estará cada vez me-
nos previsível.
Finalmente, eduque-se finan-
ceiramente, atualize-se com o
que acontece nos mercados, pro-

cure um bom assessor fi-
nanceiro que entenda o seu
perfil de investimentos, ca-
pacidade financeira, neces-
sidade de liquidez, objeti-
vos e sonhos. Procure inves-
tir suas reservas de forma
diversificada através de ins-
trumentos de renda fixa e
variável locais e internacio-
nais. No caso de renda variá-
vel, se for investir direta-
mente em ações, procure
companhias fortes, bem ge-
ridas e que pertençam a seg-
mentos necessários para a
sociedade independente-
mente se estamos em tem-
pos promissores ou desafia-
dores, as que eu gosto de
chamar de “too basic to fail”.
Aproveite o dia e seja fe-
liz como se não houvesse o
amanhã; estude, trabalhe e
poupe como se a vida nun-
ca fosse acabar!

] LEANDRO MIRANDA É RES-
PONSÁVEL PELA ÁGORA INVES-
TIMENTOS E DIRETOR-EXECU-
TIVO DE RELAÇÕES COM INVES-
TIDORES DO BRADESCO.

“É hora de olhar para


as ações e comprar”


DIVULGAÇÃO

Nova ordem. Silva diz que é hora de olhar ações e comprar

Giovani Silva, CEO da BlueLine Asset Management

Volta à realidade


Artigo


Vai piorar porque


não dá pra melhorar


l]
ANTONIO PENTEADO
MENDONÇA

Artigo


mercados


US$ 1/NY1 Euro/EuropaLondres1 Libra/ BrasilR$ 1/
Dólar americano 1,000 1,1286 1,2671 0,
Euro 0,886 1,0000 1,1227 0,
Franco suíço 0,962 1,0860 1,2193 0,
Libra esterlina 0,789 0,8908 1,0000 0,
Iene 109,626 123,7230 138,9010 22,

Venc. Aju. C. Abe. Min. Máx.Var.%
Açúcar NY*JUL/20 12,02 273.075 11,73 12,06 2,
Café NY* SET/20 100,65 63.373 98,65101,35 0,
Soja CBOT**JUL/20 8,678 288.779 8,6538,735 0,
Milho CBOT**SET/203,36317.604 3,3253,3680,

AS MOEDAS NA VERTICAL:VALOR DE COMPRA SOBRE AS DEMAIS FONTE: IDC

Trabalhador assalariado e doméstica*
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTA
Até R$ 1.045,00 7,5%
De 1.045,01 até R$ 2.089,60 9%
De R$ 2.089,61 até R$ 3.134,40 12%
De R$ 3.134,41 até R$ 6.101,061 14%

Maiores altas do Ibovespa INSS - Competência (Junho)
R$ Var. % Neg.
AZUL PN N2 21,16 10,90 73.
YDUQS PART ON NM 38,56 9,83 39.
GOL PN N2 18,70 9,74 44.


Maiores baixas do Ibovespa
TOTVS ON NM 20,76 -4,29 32.
SUZANO S.A. ON NM 38,30 -3,89 38.
MARFRIG ON NM 12,68 -3,57 31.


No mundo Pontos Dia%Mês% Ano%

(^1) Nova York DJIA 27.110,98 3,15 6,81 -5,
(^1) Frankfurt - DAX 12.847,68 3,36 10,88-3,
(^1) Londres - FTSE 6.484,30 2,25 6,71-14,
(^1) Tóquio - NIKKEI 22.863,73 0,74 4,51 -3,
IBOVESPA: 94.637,06 PONTOS 1 DIA 0,86 (%) MÊS 8,28 (%) ANO -18,17 (%)
Tesouro Direto ()
Venda Dia % Mês % Ano %
Dólar Comercial 4,9909 -2,73 -6,52 24,
Dólar Turismo 5,1300 -2,97 -6,56 23,
Euro 5,6360 -3,06 -4,85 25,
Ouro 266,500 -4,48 -8,80 31,
WTI US$/barril 39,1300 4,85 11,20 -36,
IBrentUS$/barril 41,9600 2,08 11,45 -36,
IGP-M (FGV) 1,0651 IPCA (IBGE) -
IGP-DI (FGV) - INPC (IBGE) -
IPC-FIPE 1,0238 ICV-DIEESE -
FATORES VÁLIDOS PARA CONTRATOS CUJO ÚLTIMO REAJUSTE OCOR-
REU HÁ UM ANO. MULTIPLIQUE O VALOR PELO FATOR
DATA TAXA ANOTAXA DIA MÊS% ANO%
CDB (20/31) 2,48 -0,40 -6,06 -43,
CDI 2,90 0,00 0,00 -34,
TR/TBF/Poupança/Poupança Selic (%) CDB - CDI
2/6 a 2/7 0,0000 0,2031 0,5000 0,
3/6 a 3/7 0,0000 0,1993 0,5000 0,
4/6 a 4/7 0,0000 0,19500,5000 0,
Índice Abril Maio No ano12 Meses
INPC (IBGE) -0,23 - 0,31 2,
IGPM (FGV) 0,80 0,28 2,79 6,
IGP-DI (FGV) 0,05 - 1,80 6,
IPC (FIPE) -0,30 -0,24 -0,05 2,
IPCA (IBGE) -0,31 - 0,22 2,
CUB (Sinduscon) -0,41 0,17 0,19 3,
FIPEZAP-SP (FIPE) 0,21 0,29 1,29 2,
Inflação (%) Moedas e Commodities
AUTÔNOMO (BASE EM R$) ALÍQUOTA A PAGAR (R$)
De 1.039,00 a 6.101,06 20% De 207,80 a 1.220,
Vencimento 7/7. O porcentual de multa a ser aplicado fica
limitado a 20%, mais taxa Selic.
Agrícolas - Mercado Futuro
VENCIMENTO (
)ANO (%) R$
Tesouro IPCA 15/8/2026 2,70 2.791,
15/5/2035 4,11 1.806,
Com Juros Semestrais 15/8/2030 3,39 4.073,
Tesouro Prefixado 1º/1/2023 4,18 900,
1º/1/2026 6,36 709,
Tesouro Selic 1º/3/2025 0,03 10.621,
()TÍTULOS A VENDA
VALORES DE MERCADO REFERENTES AO PREGÃO DE 5/6/
Agrícolas - Mercado Físico
Índices de reajuste do aluguel (Junho)
(
) Em cents por libra-peso (**) Em US$ por bushel
Ult. Var. (%)Var. 1 ano(%)
SojaCEPEA/ESALQ, R$/sc 60 kg 107,27 -0,90 31,
BoiCEPEA/ESALQ, R$/@ 202,65 -1,36 39,
MilhoCEPEA/ESALQ, R$/sc 60 kg 48,20 -0,94 27,
CaféCEPEA/ESALQ, R$/sc 60 kg 487,68 -1,14 20,

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