O Estado de São Paulo (2020-06-09)

(Antfer) #1

%HermesFileInfo:B-10:20200609:


B10 Economia TERÇA-FEIRA, 9 DE JUNHO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


Negócios


Controlado por ex-usineiro, Indusval


vira Voiter e quer ser banco de negócios


Mônica Scaramuzzo


O banco Indusval, que já teve


múltiplos controladores des-


de sua criação, no fim dos


anos 1960, definiu uma nova


estratégia de crescimento. A


instituição financeira, con-


trolada pelo investidor e em-


presário do agronegócio Ro-


berto de Rezende Barbosa, es-


tá concluindo uma reorgani-


zação de negócios para se for-


talecer como um banco mé-


dio voltado às empresas.


O banco vai fazer uma segre-


gação dos seus negócios, crian-


do uma holding para separar


seus ativos. O antigo nome In-


dusval vai absorver o legado, co-


mo créditos podres e fiscais, car-


teira de crédito e outros bens,


como imóveis, que somam cer-


ca de R$ 1,5 bilhão. A instituição


financeira deixará de ser listada


na Bolsa paulista, a B3.


Com uma estrutura mais en-


xuta, o novo banco – rebatizado


de Voiter – passará a oferecer


crédito a empresas de médio e


grande porte, por meio do mer-


cado de capitais e em parceria


com gestoras de investimen-


tos. O Voiter também vai mirar


as startups, que são carentes de


capital de risco.


O processo de reestrutura-


ção do Indusval começou em se-


tembro de 2018, com a contrata-


ção da consultoria Estáter, de


Pércio de Souza. Para ajudá-lo a


reinventar o banco, Souza con-


tratou o executivo Fernando


Fegyveres, ex-Itaú BBA.


Dinheiro novo. Em 2019, o In-


dusval havia recebido injeção


de capital de cerca de R$ 300


milhões, bancada majoritaria-


mente por Rezende Barbosa.


Com esse aporte, o empresário


do agronegócio, que já era acio-


nista do banco, passou a deter


75% do capital. Barbosa deu car-


ta branca para a Estáter mudar a


estratégia e reduzir a dependên-


cia do Indusval do agronegócio.


O banco deve agora receber


mais R$ 100 milhões, em opera-


ção que culminará no fechamen-


to do capital. Os antigos acionis-


tas Jair Ribeiro, Luiz Masagão e


Manoel Felix Cintra Neto vão


permanecer no conselho da no-


va holding. Abaixo dessa hol-


ding, ficarão os ativos proble-


máticos do Indusval, o novo


banco e o braço digital da insti-


tuição, o SmartBank.


Um dos principais acionistas


da Cosan desde 2009, Rezende


Barbosa é presidente do conse-


lho de administração do Indus-


val, mas não participa do dia a


dia do negócio. Ele era dono do


banco Intercap, incorporado ao


Indusval em 2013. No ano passa-


do, o ex-usineiro também com-


prou 20% da corretora Guide,


que pertencia ao Indusval.


Com a reestruturação, o no-


vo Indusval pretende ser mais


“leve e ágil”. “O objetivo é atuar


como um banco médio de apoio


às empresas”, diz Pércio de Sou-


za. O Voiter também terá uma


comercializadora de energia,


adquirida em 2019 pelo Indus-


val. O negócio tem o objetivo de


obter ganhos com arbitragem


de crédito e gerar negócios com


grandes empresas. A previsão é


que essa carteira, estimada hoje


em R$ 30 milhões, atinja R$ 250


milhões até o fim do ano.


Souza se inspirou no modelo


do antigo BBA, banco comprado


da família Bracher pelo Itaú, do


qual ele fez parte o com Fegyve-


res nos anos 1990. Na nova estra-


tégia, o limite de um banco mé-


dio não será o capital mantido em


seu balanço, mas a capacidade de


originar negócios aos clientes.


Fintech. Além de buscar ala-


vancar o crédito com capital de


terceiros, o banco Voiter tem in-


teresse de ampliar a atuação de


seu braço digital, o SmartBank,


criado ainda na antiga gestão.


Hoje, o banco digital drena R$ 3


milhões por mês em recursos


do Indusval. Agora, vai ser rein-


ventado e terá a missão de aten-


der a pequenas e médias empre-


sas (PMEs). A executiva Márcia


Nogueira de Mello, que era da


empresa de operação financei-


ra Global Payments, vai assu-


mir esse negócio.


Para tornar a estrutura do


banco mais enxuta, Souza e


Fegyveres promoveram pesa-


dos cortes de custos. Saíram da


sede da Faria Lima, venderam


uma frota de 15 carros de luxo,


além de levantar R$ 500 mil


com a venda de obras de arte e


outros R$ 100 mil em móveis.


“O Indusval vivia como um ‘ban-


cão’, mas dava resultado de ban-


quinho”, resume Souza.


Para atrair novos talentos e


profissionais experientes, o


banco passou a oferecer um pa-


cote de opções de ações (stock


options) para os executivos que


totalizam 10% do capital do ban-


co. “É impossível criar banco de


negócios sem gente capaz de ge-


rar negócios”, diz Souza.


Nova estrutura. Com ajuda da consultoria Estáter, de Pércio de Souza, instituição financeira enxugou custos e estrutura e redirecionou


estratégia para o setor corporativo; operação ainda contará com braço digital, o SmartBank, voltado a pequenas e médias empresas


N


o ginásio, meu profes-


sor de português apre-


sentou à classe os sone-


tos do Bocage, enaltecendo a


qualidade lírica, mas já adver-


tindo que parte de seus outros


escritos, por ser muito satíri-


ca e libidinosa, estava vedado


aos de nossa idade. Manuel


Maria Barbosa du Bocage vi-


veu numa época de grande cri-


se, e chegou a passar algum


tempo preso por ter escrito


um poema antirreligioso.


Hoje os tempos não são me-


nos complexos. Numa radica-


lização de posições, passa-


mos a conviver com uma lin-


guagem abusiva, e que não ra-


ramente ignora os fatos, na ân-


sia de criar narrativas pouco


verídicas... Há leis bem estabe-


lecidas para punir crimes e


abusos mas, por diversos mo-


tivos, entre eles o de atender a


“clamor popular” difuso, mul-


tiplicam-se propostas “inova-


doras” que visam a prover alí-


vio aos usuários; medidas que


pretendem conter o que pare-


ça ser calunioso, ofensivo, ou


apenas desagradável.


Que há tempos abandona-


mos a cordura parece claro. A


virulência das expressões que


circulam pelas redes sociais


não tem paralelo, e só faz au-


mentar. Para a rede temos o


Marco Civil, que completou


mais de seis anos, regula direi-


tos e deveres, e foi globalmente


bem recebido.


Mas são cada vez mais fre-


quentes as propostas de se in-


cluírem alterações nele, que po-


derão esconder muito perigo pa-


ra a nossa liberdade. O Marco


Civil é uma lei construída de for-


ma paradigmática e, caso haja


espaço para aperfeiçoamentos,


eles deveriam ser precedidos


de um debate público tão am-


plo e extenso qual foi o que hou-


ve quando da sua elaboração.


Há pontos técnicos a obser-


var: na internet, só regras glo-


bais funcionam bem. A tentati-


va de criar espaços locais com


regras específicas redunda ou


numa segmentação da rede glo-


bal, ou em estímulos de se busca-


rem formas de contornar essas


restrições. A resistência da inter-


net ao controle foi expressa por


John Perry Barlow: “a internet


interpreta ‘censura’ como um


defeito, e busca rotas para con-


torná-lo”. Se queremos criar


uma “internet com regras pró-


prias”, estaremos promovendo


sua ruinosa desagregação. Em


qualquer legislação vindoura, a


infraestrutura da rede terá que


ser preservada em sua neutrali-


dade e funcionalidade, sob pe-


na de descartarmos “o bebê


junto com a água do banho”.


Quanto aos agentes na re-


de, todos devem ser responsá-


veis pelos seus atos, mas sem-


pre por decisão judicial. Criar


instâncias intermediárias


com poderes censores, pode


alimentar monstros e gerar


problemas ainda mais com-


plexos. Exigir identificação


positiva dos internautas, por


exemplo, além de violar a pri-


vacidade, sempre onerará os


inocentes. Afinal Bocage usa-


va o pseudônimo de Elmano


Sadino quando fazia versos


bucólicos. Na internet sem-


pre ficam rastros e a guarda


dos metadados, prevista no


Marco Civil, sempre permiti-


rá chegar ao autor do desman-


do, desde que assim definido


pela Justiça. Repassar a inter-


mediários o papel de definir o


que é “verdade” ou “mentira”


é uma decisão que geraria abu-


sos de autoridade, e que pode-


ria transformar nossa liberda-


de de expressão num aleijão.


Voltemos à elegância e à


morigeração, mas sem abrir


mão da liberdade. Bocage


também foi o poeta da liber-


dade, e a usou em toda sua


extensão: “Ah! Se a vossa li-


berdade / zelosamente guar-


dais, / como sois usurpado-


res / da liberdade dos mais?


XP adquire


controle da


fintech Fliper


lUma nova ordem


E-MAIL: [email protected]
ESCREVE QUINZENALMENTE

Na rede, criar instâncias


intermediárias pode


alimentar monstros


Morigeração


A XP anunciou ontem a aquisi-


ção de participação majoritária


na fintech Fliper, plataforma de


consolidação automatizada de


investimentos, de olho no movi-


mento de open banking no País.


Em comunicado à imprensa,


a XP afirmou que os fundadores


da Fliper permanecem com par-


ticipação na empresa e terão in-


dependência na gestão do negó-


cio, mas contando com a estru-


tura da XP para atingir um cres-


cimento mais relevante.


Fundada em 2017, a fintech já


mapeia mais de R$ 7 bilhões em


investimentos em sua platafor-


ma e enxerga um grande poten-


cial para superar a marca de 5


milhões de usuários, nos próxi-


mos anos. O fechamento da ope-


ração está sujeito a autorização


do Banco Central.


“A Fliper vai nos aproximar


dos clientes e ampliar o escopo


de atuação. A intenção é que os


usuários possam consolidar os in-


vestimentos detidos entre as nos-


sas diferentes marcas e também


em outras instituições”, disse Ga-


briel Leal, sócio e diretor comer-


cial da XP, em nota. / REUTERS


WERTHER SANTANA/ESTADÃO

“Vamos atuar como banco


de apoio às empresas”.


“O Indusval vivia como um


‘bancão’, mas dava


resultado de banquinho.”


Pércio de Souza


FUNDADOR DA ESTÁTER


Foco. Souza (E) e Fegyveres: atuação além do agronegócio


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