Valor Econômico (2020-06-09)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 2 da edição"09/06/20201a CADA" ---- Impressa por ccassianoàs 08/06/2020@21:28:2 7


A2|Valor|Terça-feira, 9 de junhode 2020

Brasil


FranciscoGóes


Oslimitesnaatuaçãodo


conselhodo BNDES


A discussão,no
limite, é sobre quem
mandanobanco

N


ocomeçode
fevereiro,quando
aindanãohavia
registrosoficiaisde
mortespelonovo
coronavírusnoBrasil,oBanco
NacionaldeDesenvolvimento
EconômicoeSocial(BNDES)
vendeuR$22bilhõesemações
ordináriasdePetrobrasna
maiorofertadogêneronopaís
emumadécada.Aoperação
contoucomoenvolvimento
diretodoconselhode
administraçãodoBNDESehoje,
olhadaemretrospectiva,a
transaçãoéconsideradapor
agentesdemercadocomoum
“marco”daposturamaisativa
quevemsendoadotadapelo
novocolegiadodobanco,sob
comandodoadministradorde
empresasMarceloSerfaty.
Defevereiroparacá,oconselho
doBNDESe,particularmente,
Serfatyseaprofundaramnas
discussõessobremedidasde
apoiodobancoparasuperação
dacrise.Serfatycoordena,a
pedidodoministroPauloGuedes,
dequemfoisócionobanco
Pactual,ocomitêdebancos
públicoseprivadosquediscute
medidassetoriaisparaempresas
aéreaseparaasindústrias
automotivaedeenergiaelétrica.
Ontem,obancoanunciounovas
açõesdecombateaosefeitos
econômicosesociaisdacovid-19.
Aatuaçãoproativadoconselho,
porém,temsuscitado
questionamentosatéquepontoo
colegiadodoBNDESnãoestaria
ingressandonagestãoexecutiva,
naoperaçãodadiretoriadobanco
propriamentedita,oqueSerfatye
conselheirosnegam.Nolimite,o
debatecolocaemquestãoquem
realmentemandanoBNDES.

Serfatydizqueaoperaçãode
Petrobras,peloseutamanho,
exigiuoacompanhamentopelo
conselhodeadministração.Foi
formadoumgrupoàépoca,com
participaçãoderepresentantes
doscomitêsdeauditoriaederisco
dobanco,queseguirama
operaçãoatéofim.“Oobjetivofoi
zelarpelomelhortratamentodo
patrimôniopúblico”, dizSerfaty.
Jáacriaçãodosindicatode
bancos,noapoioasetoresem
dificuldades,foiumaideiaque
partiudopróprioSerfatyeque
terminoudelegadaporGuedesao
presidentedoconselhodo
BNDES.Serfatydizqueaatuação
delenocomitêdebancosestá
amparadapeloartigo16do
estatutosocialdoBNDES,que
prevêqueoconselhopossa
opinar,quandosolicitadopelo
ministrodaFazenda,sobre
questõesqueenvolvamo
desenvolvimentoeconômicoe
socialdopaís.
Entretécnicosdobanco,existe
oreconhecimentodequeSerfaty
imprimiunovoritmoaoconselho
doBNDES,aproveitandosua
experiênciadebanqueirode
investimentosetrazendopessoas
qualificadasparaocolegiado,que
tem11assentos,doisdosquais
estãovagos.Mashátambém
preocupaçõesdeque,emalguns
casos,oconselhoparece“avançar
osinal”noquehojeseconsidera
boagovernança,comlimites
definidosparaaatuaçãoda
diretoriaedoconselho.Para
Serfaty,apercepçãodeque
haveriainterferênciaéerradae
resultadevisãodepassadoem
queosconselhosdobancoeram
menosatuantes.“Causa
impressãoterumconselhode
verdade”,dizele.
Adiscussãoseinsereemum

quadromaisamplosobreopapel
dosconselhosdeempresasna
pandemia.Oobjetivocentralde
umconselhoédefinirapolítica
estratégicadacompanhia,sejaela
públicaouprivada,oqueimplica
pensarmédioelongoprazos.Mas
antesmesmodacriseos
conselheirosvinhamdedicando
boapartedeseutempoatratarde
temasdagestãodasempresas,
comomostrarecentepesquisa
feitapelaconsultoraSandra
Guerra.Comapandemia,essa
tendênciadeoconselho
participarmaisdetemasda
diretoriapareceterseexacerbado.
Alémdasreuniõesordinárias,
conselhosdeempresasforam
obrigadosafazerencontros
extraodinários;ostemasse
multiplicameotrabalhodos
conselheirostambém.Henrique
Luz,presidentedoconselhode
administraçãodoInstituto
BrasileirodeGovernança
Corporativa(IBGC),dizqueo
princípiodagovernança“nosein,
fingersout”, emlivretradução
narizparadentro,dedospara
fora,continuaválido.Oditadose
refereaoslimitesdaboa
governançasegundoosquaiso
conselhoparticipadaestratégia,
masagestãododiaadiacabeà
diretoriadaempresa.“Coma
covid,todososagentes,diretoriae
conselhos,estãoirmanados,não
paraoconselhoatuarnagestão,
masparaajudar”, dizLuz.
NoBNDES,adiscussãopode
servistapordiferenteslentes.
Umadelasésobreondeestáo
lugardepodernobanco.Há
quementendaqueoatual
conselhodeadministraçãotem
umpoderinéditode
interferêncianasquestõesda
diretoria,chanceladopela
proximidadedeSerfatycom
Guedes.Ahipóteseédescartada
porumassessordeGustavo
Montezano,opresidentedo
BNDES,quevêcadainstânciade
decisão—diretoriaeconselho—
comseu“locus”própriode
poder.“Hárespeitoentre
ambos”,disseoassessor.
Outraformadeveroassuntoé
pormeiodacomparaçãodo
atualcolegiadocomconselhos
doBNDESemoutrosgovernos,
algoqueosconselheirosno
cargogostamdedestacar.O
argumentoéquehojeo
colegiadoatuacomoconselho
“deverdade”, discutindoos
assuntosdeformatécnicaeem
profundidade.Acomparação,a
priori,podesertomadacom
reservadadaatendência,no
governoBolsonaro,deimprimir
fortecargaideológicaemmuitos
assuntosdaadministração
pública.Seriaassim,também
nestecaso,umamaneirade
marcardiferençaemrelaçãoa
outrosgovernos,especialmente
osdoPT,reiteradamente
acusadospelopresidente
Bolsonarodeseremideológicos.
Éprecisoconsiderar,no
entanto,queagovernançaéum
processocontínuo.Etambémhá
desereconhecerqueoBNDES
vemevoluindonostemasde
governança,comodeixaclaro
WalterBaere,segundo
conselheiromaisantigono
conselhodoBNDESdepoisde
WilliamSaab,representantedos
empregados.Baeredizqueno
passadohouveconselhosno
bancoformados,emsuamaioria,
porministrosquesereuniam
trimestralmentepara“conversar”.
“Nãohaviadivulgaçãodeatas:à
medidaemqueobancosetorna
maistransparenteosmecanismos
decompliance[conformidade]se
tornammaisefetivos”,dizBaere.
HeloisaBedicks,quefoi
diretora-geraldoIBGCpor
anos,dizquesóaceitouoconvite
paraocuparassentonoconselho
doBNDESquandoteveagarantia
quenãoseriaumcolegiado
“pró-forma”.“Queremosum
conselhoqueatuenassuas
funções,seminterferirnagestão”,
diz.Oqueosconselheirostêm
solicitado,afirma,éserem
informadossobretudoque
acontecenobanco.“Mashá
chinesewall[separação]entre
conselhoediretoria”, afirma.

FranciscoGóesé chefe da redaçãono
Rio
[email protected]

Abdib pede pressa em reequilíbrio


de concessões e aportes em fundo


LEONARDORODRIGUES/VALOR

Venilton Tadini:“Se eu estou na UTI,a primeira coisaque precisome preocupar é em sair de lá; o custo vem depois”

Daniel Rittner
De Brasília

Em documentoconcluídona
semanapassadae recém-envia-
do ao governo,aAssociaçãoBra-
sileirada Infraestruturae Indús-
triasde Base(Abdib)pedeque
sejam instauradascâmaras de
conciliaçãoe haja a definição de
prazosmáximosparadeliberar
sobreoreequilíbrioeconômico-
financeirode concessõesem difi-
culdadesporcausadacovid-19.
SegundoaAbdib,oriscodepro-
longamento do impasse em torno
das repactuações contratuais é de
eventualquebrados“covenants”,
que são compromissos assumidos
pelasempresassobredetermina-
dos parâmetros financeiros—por
exemplo,arelaçãodívida/Ebitda.
ApesardeumparecerdaAdvo-
cacia-Geralda União(AGU) já ter
reconhecido a pandemiacomo
evento fortuito ou de caso de for-
ça maiornos contratos, gerando
a possibilidade de reequilíbrio,
houvepoucosavançosconcretos.
“A instauração de câmarade
conciliação envolvendo os agen-
tespúblicoseprivadosenvolvidos
é uma boa soluçãopara apoiar na
conduçãodos processosde ree-
quilíbrio”, afirma documento en-
viadoàCasaCivileaosministérios
daEconomiaedaInfraestrutura.
‘Ésalutarqueoprotocolodefina
prazos máximosde análise ede
manifestação das partes que esti-
veremdiscutindo o reequilíbrio
(inclusive órgãos de controle),”,
afirma a Abdib. Para a entidade, o
governoeasagênciasdeveriames-
tabelecer “critérios e protocolos
objetivospara cada setor, comcál-
culosimplificado e expedito do
desequilíbrio apurado até o mo-
mentoeaforma de aplicação para
contratosem diversas fases de ma-
turação, com implementação pro-
visória e parcial imediata, em face
dasolvênciadecadaativo”.
Os reequilíbriospodemocorrer
por quatro alternativas: aumento
de tarifa, extensão do prazo da
concessão,reduçãodovalordeou-
torgaouretiradadeobrasexigidas
no escopo do contrato.Aassocia-
ção identifica três potenciais fon-

tesdereceitaparaasrepactuações.
As propostaenvolve ouso do
Fundo Nacional de AviaçãoCivil
(FNAC),commais deR$20bilhões
contingenciados;recursos previs-
tos na Lei 12.587/2012, que insti-
tuiuaPolítica Nacional de Mobili-
dade Urbana, para operadoras de
transportes públicos impactadas;
e avinculação da Cide(aplicada
sobreavendadecombustíveis)co-
mo meioalternativopara sanear
asconcessõeseminfraestrutura.
“Se eu estouna UTI, aprimeira
coisaqueprecisomepreocuparé
em sair de lá. Ocusto dissovem
depois”, disseaoValoro presi-
denteda Abdib, VeniltonTadini,
semignoraropesofiscaldeeven-
tuaismedidas,mas lembrando
que se tratade um momentoex-
cepcional.Ele tambémdefendea
aceleração dos investimentos
públicos,sem prejuízodas con-
cessõese PPPsem estruturação,
dentrodoprogramaPró-Brasil.
A Abdibé contraa promessa
feita pelo governode extinguira
Agência Brasileira Gestora de
FundosGarantidores e Garantias
(ABGF).Criadaem2013,elanun-
cafoiefetivamenteusadaporfal-
ta de capitalem montanteade-
quado. É de suaresponsabilida-
de a administração do Fundo Ga-

rantidor de Infraestrutura
(FGIE),que deveriaservircomo
garantia de obrigaçõesfinancei-
ras do poderpúblicoem PPPse
paracobrirriscos(inclusivenão
gerenciáveis)em concessões, na
tentativa de remediara insegu-
rançadosinvestidoresprivados.
“Não existeum grande progra-
ma de PPPs econcessões em um
agente público que assuma os ris-
cos não gerenciáveis”,afirma Tadi-
ni, citando quedas abruptas de de-
manda e megadesvalorizações
cambiaiscomoexemplosdeincer-
tezas. “O instrumento foi criado
[FGIE], mas não capitalizado.Não
temcomoirprocéusemmorrer.”
Os aportes da UniãonoFGIE
correspondem,até hoje, a menos
de R$ 1 bilhão. Nasestimativas da
Abdib, parafazerfrenteaoprogra-
ma de R$ 250 bilhões em novas
concessões —cifra anunciada pelo
ministro Tarcísio Freitas (Infraes-
trutura) —, seria preciso injetarde
R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões no
fundo,afimdecobrirosriscos.
Odocumentolista oito proje-
tos de lei em tramitação no Con-
gressoeque deveriam,na visão
da Abdib, receber prioridade na
articulaçãoentreExecutivoe Le-
gislativo para impulsionar inves-
timentoseminfraestrutura.

Ocardápiodeprojetosabrange
temascomoonovomarcolegaldo
saneamentobásico,areformado
modelo do setor elétrico, amoder-
nização de regrasdas concessõese
PPPs,olicenciamentoambiental,a
novalei de licitaçõeseapermissão
parainstituir autoridades metro-
politanasde transportes para faci-
litar o planejamento da mobilida-
deurbanaemgrandescidades.
Questionadosobreas observa-
çõesfeitaspelaAbdib,oMinistério
da Infraestrutura disseque “con-
tribuiu nessaquestão [a dosree-
quilíbrios] atuandoparao reco-
nhecimentoda situaçãode força
maioremrazãodosefeitosdapan-
demia, através de parecer da AGU,
econfiana capacidadetécnica das
agências reguladorasparaaava-
liação objetivados pedidos,bem
comodo entendimento de celeri-
dadequeamatériarequer”.
Segundo a assessoriada pasta,
o governo tem adotado medidas
para preservarocaixadas empre-
sas, comoa MP 925, que adiou a
cobrança de outorga anualde ou-
torgadosaeroportos.“Alémdisso,
o ministério tem monitorado a
circulação epode contribuir com
os dadosapuradospara quepedi-
dos em curso estejam aderentes
efeitosobservadosnoperíodo”.

5àSecF
99 B
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AgroToolsB
ÁguaDoceSabores do
BrasilF
AJ BellB
AlphaGraphicsF
AmazonB
AplubCapitalizaçãoB
Arcos DoradosF
AstralF
Atende MaisF
B2WDigitalF
BalonèF
Bancodo BrasilF
BFREB
BionicookF
BNDESA2, A
BPB
BR DistribuidoraF
BR ManiaF
BradescoA3, F
Brasil ao CuboB
BTG PactualB
BuddhaSpaF
BusgerF
CaixaA12,F
Calçados BibiF
Casade BolosF
CasasBahiaB
CCRB

CEFB
CentauroF
ChevronB
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Chicken in HouseF
ChilliBeansF
ChocolateriaBrasileiraF
CMCMarketsB
CNAF
CodelcoB
CodemigB
CofcoB
ConasaB
CopasaB
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CowmedB
CSNB
DepilActionF
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DistritoB
DivinoFogãoF4, F
Doctor FeetF
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F360°F

Fábricade BoloVó Alzira
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FGV IDEF
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F
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GrupoBittencourtF4, F6,
F
GrupoChertoF
GrupoLarB
GrupoLar BrasilB
GrupoMDF24, F
GrupoMorenoB
GrupoÚnicoF
GS&MallsF
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HavaianasF22, F
HCorB
HNTF12,F
HondaF
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CancerCenterB
HuaweiA
IAVIB
IbmecF
iFoodF4, F6, F10,F12,

F
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ImaginariumF
ImeveB
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Invest CapitalizaçãoB
IT DataB
ItaúA3, F
ItaúBBAB
ItaúUnibancoC
Jan-ProF
JBSB3, B
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JSWB
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KFCF22, F
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McDonald’sF16,F
MegaMatteF4, F
MercadoPagoC
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Moura DubeuxB
Mr. CheneyF
Mr. FitF
Mr. KidsF
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Nutty BavarianF4, F6,
F
O BoticárioF8, F
OdontocompanyF
OnoderaF
OriaCapitalB
OrnatusF
PactualA
Pedidos 10 F
PetrobrasA2, B2, B4, C
PGGB
Pizza PrimeF
PontteF
PuketF
PwCC
QuemDisse,Berenice?F
RaisingCane’sF
Raízen EnergiaB

RapidãoAppF
RappiF12,F
RedeC
Rei do MateF
Ridgeback Biotherapeutics
LPB
RockfellerF
Rohan GroupF
RyanairB
SantanderA3, B10,C6,
F
SaudiAramcoC
SemPararF
ShellB
SmartbreederB
SodiêDocesF4, F
SoftbankB
StoneB
SubwayF
TbitB
ThemisBioscienceB
Tip TopF
TrigoF
TriumphF
ValeB
VittaB
Vivendado CamarãoF
WhatsAppF8, F12,F
WiseUpF
WizzAirB
Yes CosméticosF
YouTubeB3, F

Índicede empresascitadasemtextosnestaedição


IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


Senadodevevotarnestemêsmarcode saneamento


Renan Truffi
De Brasília

Opresidente do Senado,Davi
Alcolumbre (DEM-AP), decidiu
marcar para o fimde junho a vo-
tação do marco legal do sanea-
mento. A apreciação do tema de-
ve ocorrer entreos dias 23 e25,
em sessãodeliberativa remota.O
anúncio foi feitoontemem reu-
nião fechada dos líderes partidá-
rios. Diante disso, oMDB prepara
emenda para vetar a privatização
dasempresas estaduais neste
ano. Mesmo que o projeto seja
aprovado,aideiadopartidoseria
prever a vendados ativos somen-
teapósofimdacrise,em2021.
A articulaçãoestá sendofeita

pelo líderda legenda no Senado,
EduardoBraga(MDB-AM), que
levouasugestão ao senadorTas-
so Jereissati (PSDB-CE), possível
relatorda propostano plenário.
A intençãode Bragaéevitarque
as especulações afetemos ativos
das companhias estaduais de sa-
neamentonabolsadevalores.“A
fimdepreservaraquestãodoati-
vo públicoque está sendodepre-
ciado, onaturaléque qualquer
privatizaçãoocorraapartirdo
ano que vem.Não se tratada dis-
cussãoemsi,omarcolegaldosa-
neamentoéOK. Trata-sede pre-
servarmoso patrimônio”, defen-
deuaoValor.
Conforme revelou oValorna
semanapassada,a votação do

marcoé uma das apostasdo go-
vernopara destravar investimen-
tos em infraestrutura.Além dis-
so,argumentamautoridadesdo
Executivo, o setortem impacto
diretonasaúdepública.
Braga era um dos senadores
que vinham se opondo à votação
da matériano plenáriovirtual e
sem a devidatramitação nas co-
missões, como estavaprevisto
inicialmente.OPSD,dolíderOtto
Alencar(BA),tambémtinhaposi-
cionamento parecido.Um dos
principais motivos para a oposi-
ção dessas bancadas éoreceio de
que aaprovaçãodo projeto,num
momentodepandemia,possare-
sultar na venda das companhias
estaduais“apreçodebanana”.

O objetivodo líder do MDBé
preservar, ao menos, o controle de
governança das empresas durante
oestadode calamidade pública.
Ele aproveitou para criticar o que
chamou de “pressão do capital es-
peculativo”.“Oque estáaconte-
cendo é uma pressão de investido-
res. Boa partedisso é investimento
especulativo.Temosdetomarmui-
to cuidado comessavolatidade.
Seria muito legal que o Tasso pu-
desse incorporar[essa emenda].
Dariauma segurançacontra oca-
pitalespeculativo”, afirmou.
Alémde MDBe PSD, o PT já de-
monstroudesconfortocom a vo-
taçãoe estava entreas legendas
que rejeitavama análisedo as-
suntonestemomento.

By_Lu*Ch@QuE

By_Lu*Ch@Qu£

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