Valor Econômico (2020-06-09)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 6 da edição"09/06/20201a CADA" ---- Impressa por ccassianoàs 08/06/2020@21:24:1 3


A6|Valor| Te rça-feira, 9 dejunhode 2020

Política


Celso de Mello


prorrogainquérito


sobre interferência


LuísaMartins
DeBrasília

O ministroCelsode Mello, do
SupremoTribunal Federal(STF),
concedeuontemmais30 dias de
prazoparaqueaPolíciaFederal
(PF) conclua as diligências no in-
quéritoque apurase o presiden-
teJairBolsonarotentouinterferir
naautonomiadacorporação.
Opedidode prorrogação ha-
via sido feitopela delegada Ch-
ristiane Machado,responsável
peloinquérito, com concordân-
ciadoprocurador-geraldaRepú-
blica,AugustoAras.Entreas in-
vestigações pendentesestá a to-
madade depoimentodo próprio
presidente da República,oque
deveocorrerporescrito.
Em um brevedespacho,ode-
canodo STF dissehaver “funda-
mentadasrazões”para adiarpor
maisum mês a conclusãodas in-
vestigações, abertas a partirdas
declaraçõesproferidas peloex-
ministroda Justiça eSegurança
PúblicaSergioMorona ocasião
desuademissão.
Atéagora,aPFouviuumasérie
de testemunhas—comoo pró-
prio Moro, ministrosda ala mili-
tar do governoe delegados, tan-
to da sede da corporação em Bra-
sília quanto da Superintendên-
cia do Rio de Janeiro, cujoco-
mandoBolsonarosupostamente
desejavatrocar.
Morosustentaa tese de que o
presidente queria fazermudan-
ças na chefiada PF fluminense
para evitarcercoa seus filhos —o
senadorFlávio Bolsonaro(Repu-
blicanos-RJ) éinvestigado no Rio
por um suposto esquemade des-
vios de saláriosem seu gabinete
na AssembleiaLegislativa,quan-
doeradeputadoestadual.
Contudo, Bolsonarodiz que, na
verdade, queria mudar a equipe
responsável pela sua segurança
pessoal.Segundo fontes a par do

inquéritoouvidaspeloValor, os
investigadores estranharam a ex-
plicação, pois essa éuma atribui-
ção do Gabinete de Segurança Ins-
titucional(GSI)daPresidência.
Outradiligênciajá feitaé a
transcrição,análiseedivulgação
do vídeoda reuniãoministerial
de 22 de abril,no Paláciodo Pla-
nalto, em que Bolsonarorecla-
mou da sua falta de acessoa rela-
tóriosdeinteligênciadaPF.
A investigaçãoem trâmiteno
Supremoé causade tensãoentre
os Poderes.No alvo do bolsona-
rismoestá Celsode Mello, que
tem feito durasmanifestações
contraogoverno—dentroe fora
dos autos.Em um despachoassi-
nadosemanapassada,aindaque
tenhanegadoa apreensãodo ce-
lulardo presidente, oministro
não deixoupassarofato de ele
ter ameaçadonão cumprirdeci-
sões judiciais.O recadofoi claro:
desrespeitar determinações do
STF écrimede responsabilidade
sujeitoaimpeachment.
Por outrolado,aatuaçãodo
procurador-geralda República,
AugustoAras,não tem agradado
a oposição, que lhe atribuiconi-
vênciacomBolsonaroem troca
de uma futuravaga no STF, oque
ele nega.A tese se ancoratam-
bémnofatodequeBolsonaro,ao
escolherAras,optoupor ignorar
atradiçãodalistatríplice.
Mas,ontem, opresidenteda
Corte,ministro Dias Toffoli,saiu
emsuadefesa.DissequeArasage
de forma“altivae firme”eque
tais críticassão injustas. “O pro-
curador-geral, neste momento
do país,tem tido muitaprudên-
cia, atuadocom muitaparcimô-
nia, do pontode vistaa não tra-
zerproblemas”, disse.
O ministrotambémcumpri-
mentouAras por dispensar “ho-
lofotes”,não “cair em vaidades”e
atuarapenasnos autos,preser-
vandoaharmoniainstitucional.

JudiciárioSTFexaminaamanhãlegalidadedeinquéritosobre‘fakenews’


TSE deve rejeitar primeiras


ações contra Bolsonaro


Fa chin:votodeministro doSTF e TSE devemarcara retomadadeprocessosqueafetampresidentenasduascortes

NELSONJR./SCO/STF(03/03/ 2020 )
LuísaMartins
DeBrasília

Na semana em que o Supremo
TribunalFederal(STF)começaajul-
gar a legalidadedo chamadoin-
quérito das “fakenews”, cujasin-
vestigaçõescercam o Paláciodo
Planalto, o TribunalSuperiorElei-
toral(TSE)tambémpõe opresi-
denteJair Bolsonaro na mira ao re-
tomar os julgamentosdas ações
que pedema cassaçãode sua cha-
pa,eleitaem2018.
Apauta de hoje na Corteeleito-
ral inclui dois processosque pe-
dem o afastamento de Bolsonaroe
de seu vice-presidente, Hamilton
Mourão,portiraremvantagemde
uma invasão“hacker”ao grupo no
Facebookresponsávelporlançaro
movimento#EleNão, que reuniu
2,7milhõesdeopositorasdacha-
paeganhouasruasdopaísduran-
teacampanhaeleitoral.
Após o ataque cibernético, o
grupo “MulheresUnidas contra
Bolsonaro” virou“Mulheres COM
Bolsonaro#17”.Beneficiadopela
mudança, o então candidato pu-
blicouemsuasredessociaisum
“print”da comunidade virtual,
acompanhado de um texto de
agradecimento.
Nos bastidores do TSE, o enten-
dimento éode que esses proces-
sos são juridicamente frágeis e
não têm chancede prosperar.Os
ministrosnão são tão categóricos
quanto às outras quatroações,
que investigam o impulsiona-
mentoilegal de mensagens por
meiodo WhatsApp —iniciativa
supostamente financiada por em-
presários bolsonaristas.
De autoria dos entãocandida-
tos Marina Silva (Rede) eGuilher-
me Boulos (Psol), as ações come-
çaramaser julgadas em novem-
bro do ano passado. O relator, mi-
nistroOg Fernandes, votoupelo
arquivamento. Em seguida, omi-

nistroEdsonFachinpediuvista.É
com o voto dele que o julgamento
terá continuidade na sessão de
hoje à noite.
Fernandes reconheceu haver
provassubstanciais —prestadas
inclusive pelo próprio Facebook —
dos ataques “hacker”, masdisse
nãoserpossívelcomprovarque
Bolsonaro esteve diretamenteen-
volvido no ato ilícito. O relator
tambémconcluiuqueainvasãoao
gruponão foi capaz de desequili-
braroumacularaeleição.
Se por um lado há uma tendên-
cia ao engavetamentodessesca-
sos, por outroainda pairamdúvi-
das,entreosministrosdotribunal,
sobre as ações que pedem a cassa-
çãodachapapordisparosdemen-
sagensemmassa.
Essas são consideradas mais
consistentesdopontodevistajurí-
dico, poishá um consenso no TSE
de que a prática é proibidapela le-
gislação. Pagamentos feitos por

empresários em favor de um can-
didato devem ser declarados à Jus-
tiça Eleitoral, casocontrário po-
dem ser considerados caixa dois. E
os disparos não constam nas con-
tasdachapaBolsonaro-Mourão.
Impetrados pelos então candi-
datos FernandoHaddad (PT) e Ci-
ro Gomes (PDT),esses processos
ainda não têm data marcada para
serem julgados.Opresidente do
TSE, ministro Luís Roberto Barro-
so, diz que pretende pautá-las tão
logoestejam liberadaspelorela-
tor,ministroJorgeMussi.
O impulsionamentode mensa-
genssob investigação no TSE tem
relaçãodireta com o inquérito das
“fake news”, que buscadesarticu-
lar umaredede blogueiros e in-
fluenciadores digitais pagospor
empresários paradisseminar notí-
cias falsas.Dezesseis deles foram
alvos de buscasda Polícia Federal
(PF)nodia 27 de maio,por ordem
do ministro Alexandrede Moraes,

do STF. Umaação do RedeSusten-
tabilidade que questionaa legali-
dade do inquérito será examinada
amanhãpeloSupremo.
O que está em debate agora é se
as provas colhidas por Moraes no
Supremo —comoas resultantes
da apreensãodos celulares dos
blogueirosedas quebras de sigi-
los fiscais e bancários dos empre-
sários —poderãoser também uti-
lizadas pelos investigadores das
ações no TSE. Apesarde adefesa
da chapadefender que os inquéri-
tos não têm relação, atendência é
de que o compartilhamento seja
autorizado.
Para acassação ser efetivada,
são necessários os votos de no mí-
nimoquatrodos sete ministros
que compõem oplenário do TSE.
Alémde Og, Fachin, Barroso e Mo-
raes, fazemparte da Corte os mi-
nistros Luís Felipe Salomão, Ser-
gio Banhos e Tarcísio Vieira de
Carvalho Neto.

Barroso articula com Maia e Alcolumbre adiar eleições


LuísaMartins
DeBrasília

O TribunalSuperiorEleitoral
(TSE)deuinícioontemàarticula-
ção comoCongressoNacional
para adiaras eleiçõesmunicipais
de 2020em razãoda pandemia
decovid-19.
Os ministrosLuís Roberto Bar-
roso eEdson Fachin,atuaispresi-
dente evice-presidentedo TSE,
conversaram pessoalmentecom

ospresidentesdaCâmaraedoSe-
nado, respectivamenteodeputa-
do Rodrigo Maia (DEM-RJ)eo se-
nador Davi Alcolumbre (DEM-
AP), sobre a possibilidade de pos-
tergaradatadopleito.Ficouacer-
tado que o TSE organizará na se-
mana quevem um encontro de-
lescom especialistas da áreada
saúde, parabater omartelo sobre
anecessidadedeadiamento.
Barroso relatou aos congressis-
tas haver consensoentreas autori-

dades de saúdesobreanecessida-
de de adiar a eleiçãopor algumas
semanas. Oito profissionaisforam
ouvidospelo ministroaolongo
dos últimosdias, entre epidemio-
logistas, infectologistas,sanitaris-
tas,estatísticosebiólogos.
Deacordocomopresidentedo
TSE,aprevisão dosespecialistas
por ora é a de que o achatamento
da curvade casos de covid-19 co-
mece entre agosto e setembro, de
forma que a segurança do pri-

meiro turnoestará garantidaen-
tre a segundaquinzena de no-
vembroeocomeçodedezembro.
Sobre ahipótese de deixar para
2021, os médicos teriam dito que
não seria necessário,pois não ha-
veria mudança significativa do
pontodevistasanitário.
Tambémfoi levadaaos parla-
mentares a ideiade ampliar de 9
para 12 horasoperíodode vota-
ção eestabelecer horáriosde
acordocom afaixaetáriadoelei-

tor.Barrosotambémpediuajuda
do Congressopara aobtençãode
doações,comosetor empresa-
rial, demateriaisdeproteção,co-
momáscaraseálcoolemgel.
Barroso deixouclaro aMaia e
Alcolumbre queadefiniçãodada-
taéuma“decisãopolítica”.Comoé
aConstituiçãoqueestabeleceada-
ta da eleição, qualquer mudança
deve ser feita medianteaprovação
deemendapeloCongresso.
Ontem, o TSE também definiu

a distribuição dos R$ 2,03 bilhões
doFundoEleitoralpara32dos
partidos registradosna Corte. O
Novo renunciou aosrecursos. O
PT será omaior beneficiário,com
R$ 200,9 milhões.Nasequência,
os partidoscom maisverbas do
chamado Fundão são PSL (R$
193,7milhões),PSD(R$157,2mi-
lhões), MDB (R$ 154,9 milhões),
PP (R$ 140,2milhões), PSDB (R$
126,0milhões), PL (R$ 123,3mi-
lhões)eDEM(R$114,6milhões).

Senado posterga votação de projeto sobre ‘fake news’


RenanTr uffi
DeBrasília

O presidente do Senado, Davi
Alcolumbre(DEM-AP),decidiu
adiar,maisumavez,avotaçãodo
projetode combateà dissemina-
ção das “fakenews”, de autoria
do senador Alessandro Vieira
(Cidadania-SE).Aexplicaçãoé
que orelatorda proposta,sena-
dor AngeloCoronel (PSD-BA),
pediumaistempopara formatar
oseu parecer. Nos bastidores, no
entanto,Alcolumbretem defen-
dido que oCongresso deve
aguardar a decisãodo Supremo
TribunalFederal(STF),sobreum

inquéritorelacionadoao assun-
to,para que, enfim, oLegislativo
avancenadeliberaçãodotema.
“Meurelatórionão ficoupron-
to.Solicitamos mudança da pau-
ta para próximasemana. [É uma]
matéria complexaondetodasas
arestas devem ser aparadas”, dis-
seosenadorAngeloCoronel.
Alémdisso,ogovernoJair Bol-
sonaroentrounas articulações
paraajudaraconstruirum en-
tendimentosobreo assunto. O
Executivotemeque a proposta
tenhacomoalvo aliados,comoé
o caso do chamado“gabinetedo
ódio”,grupoque atuariadentro
do Planaltoparaproduzir “fake

news” contra opositores. Essa
acusaçãoé refutadapelopresi-
dente Jair Bolsonaro. “[Estamos]
Tentandoconstruir um acordo.
Importanteaguardardecisãodo
STF”, defendeuo líderdo gover-
no no Senado, FernandoBezerra
Coelho(MDB-PE).
Opresidente do STF, ministro
DiasToffoli,marcouparaama-
nhã ojulgamentode umaação
que questiona avalidadedo in-
quérito das “fakenews”.A inves-
tigação foi abertaem 2019para
apurar ameaçasa ministrosdo
tribunale adisseminação de
conteúdofalsona internet.Com
isso, oprojeto de Alessandro

Vieiranãodevevoltaràpautaem
menosdeduassemanas.
Nos últimos dias,a cúpula do
Congresso passou a defender
que os parlamentaresconstruam
um textode consenso sobrea
questão.Oobjetivo é passaruma
imagemde uniãodo Parlamento
em tornoda proposta,caso oPa-
láciodo Planaltodecida vetaral-
gumdos dispositivos. Umavota-
ção expressiva a favor do texto
nas duasCasasanteciparia a Bol-
sonaroo sentimentodos con-
gressistas.Casovete,opresidente
já saberiaque há disposiçãono
Parlamento paraderrubaresses
mesmosvetos.

Na prática, entretanto, pelo
menos doissenadores estão tra-
balhando em propostas diferen-
tes. Oprimeiro éAlessandro Viei-
ra, autor do projeto, que tem diá-
logo direto com as plataformas e
movimentos da sociedade civil.
Ele elaborou um substitutivo da
suaprópria proposta. Osegundo
é orelator, Angelo Coronel, que
aindaestátrabalhandonumrela-
tório sobre o assunto. Porser pre-
sidente daComissão Mista Parla-
mentar de Inquérito (CPMI) das
“FakeNews”,Coroneltemoapoio
de algumasbancadas, cujosinte-
grantes participam do colegiado
etêm auxiliadonacoleta de de-

poimentosenasinvestigações.
Já o presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia(DEM-
RJ), escalou o deputadoOrlando
Silva(PCdoB-SP)para fazerain-
terlocuçãocom“thinktanks”e
especialistasemcomunicaçãona
web. Aideia é que ele apresente
um substitutivoem nomeda Câ-
maraparaqueotextosejalevado
à mesade negociação com os se-
nadores. Opontode maiorpreo-
cupação paraas plataformas é o
que trata da identificação do
usuário. Isso porque um dos arti-
gos sugereque as redes sociais
passema requererdocumentos,
comoRGeCPF,dosinternautas.

Câmara podevotar esta semana MP sobre linhade crédito


MarceloRibeiro
DeBrasília

ACâmara dos Deputados pau-
tou para votação esta semanaoito
propostas comrelevânciaeconô-
micaeque têm alta chance de
aprovaçãonos próximos 180 dias,
segundo projeção do Estudos Le-
gislativose Análise Política do
Centro Brasileiro de Análise e Pla-
nejamento (Cebrap/Ello) para o
ValorPolítica.
Um dos primeiros itensda pau-

ta éaMedida Provisória(MP)944,
quecriaumanovalinhadecrédito
parapagarafolhasalarial de pe-
quenas e médiasempresas por
doismeses. O texto chegouacons-
tar na pautada semana passada,
mas não foi colocado em votação
porqueo relatorZé Vitor(PL-MG)
nãoentregouseupareceratempo.
A nova linha de créditoé de R$ 40
bilhões, sendo que R$ 34 bilhõesvi-
rão do governo federal eoutrosR$ 6
bilhões serãoviabilizados por meio
deempréstimosdebancosprivados.

Essas instituições financeiras, po-
rém,resistem em concederoem-
préstimo devido aos 15% de riscode
inadimplência que assumem nas
operações. Elas pedemque o gover-
no federalassuma100%do risco, o
que enfrenta resistência no Banco
Nacional de Desenvolvimento Eco-
nômicoeSocial(BNDES).
Também temalta chance de
aprovaçãoa MP 932 quereduziu
em50%as alíquotasrecolhidas pe-
las empresas do Sistema “S” e au-
mentou a taxa cobrada pela Recei-

ta Federalpara arrecadar essas
contribuições. Na semana passa-
da, o relator da proposta, deputa-
do Hugo Leal (PSD-RJ), sinalizou
que vai proporem seu parecer que
areduçãodeencargosdosistemaS
sobre a folhade pagamentoseja
válidaporapenasdoismesesenão
trêsmeses comopropunha otexto
originaldaMP.
AMP927,quealteraalegislação
trabalhista com oargumentode
dirimir os impactos da pandemia
causadapelo coronavírus,eaMP

933,quesuspendeuaté31demaio
o reajustenos medicamentosven-
didos no país,também estãoin-
cluídas na pauta e têm grandes
chances de avançarem no plenário
daCâmara,segundooCebrap.
Ainda de acordo com o levan-
tamento, também tem altas
chances de aprovação oprojeto
quesuspendeainclusãodenovos
inscritos em cadastros negativos
como Serasa e SPCdurante a pan-
demia; a proposta que suspende
por 60 dias opagamento de par-

celas de estudantes beneficiados
peloProgramadeFinanciamento
Estudantil (Fies); eotexto que
proíbe a penhora, bloqueio ou
desconto do auxílio emergencial
parapagar empréstimosbancá-
rios ou prestações, salvo em caso
depensãoalimentícia.
ODecisãoLegislativaéumservi-
çoexclusivo,desenvolvidoempar-
ceria com o Cebrap/Ello,para
acompanhar o processo decisório
no Congresso Nacionalsobrete-
masrelevantesparaaeconomia.

By_Lu*Ch@QuE

By_Lu*Ch@Qu£

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