Valor Econômico (2020-06-09)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 9 da edição"09/06/20201a CADA" ---- Impressa por gaveniaàs 08/06/2020@21:29:


Terça-feira, 9 de junhode 2020|Valor| A

Internacional


IMPACTOSDO


CORONAVÍRUS


GeopolíticaPolíticade‘intimidaçãoecoerção’dePequim


exigeumaabordagemglobal,dizJensStoltenberg


Países precisam

fazer frente à China,

alerta líder da Otan

Michael Peel, HelenWarrell,
Erika Solomone KatrinaManson
FinancialTimes,de Bruxelas,
Londres,BerlimeWashington

A autoridade máxima da Orga-
nização do Tratado do Atlântico
Norte(Otan) advertiu que a China
está “multiplicandoas ameaças a
sociedadesabertaseàsliberdades
individuais”econclamouospaíses
deinclinaçõesafinsaaderiremà
aliança militar para fazerfrente à
“intimidaçãoeàcoerção”.
Jens Stoltenberg, o secretário-
geraldaaliançademilitardooci-
dente, insistiu que Pequimnão era
“onovoinimigo”,enquantoprocu-
ravaminimizarastensõesinternas
daOtan,apósrelatosdequeos
EUA planejam tirarquase10 mil
soldadosbaseadosnaAlemanha.
Ele disseque acrise da covid-
“intensificouas tensões e tendên-
cias pré-existentes no que tangeà
nossa segurança”. O despontar da
Chinacomo osegundomaiorpaís
em gastos militares mundiaisexi-
ge “um enfoquemaisglobal” da
Otan,quereúne30países.
Seus comentáriosrefletemco-
mo aChina vem subindo na agen-
da da aliança de 71 anos, criada
durante a Guerra Fria comoum
baluarte contra aUnião Soviética.
Os EUA, sob o governo Donald
Trump, têm buscado apoiointer-
nacional paraumapostura mais
duraparacomaChina.
“A ascensão da China está mu-
dando fundamentalmente o equi-
líbrio globalde poder,aquecendo
a corrida por supremacia econô-
micae tecnológica, multiplicando
as ameaças às sociedadesabertas e
àsliberdadesindividuaiseaumen-
tando adisputa em torno dosnos-
sosvaloresemododevida”.
“Eles estãose aproximando de

nós no ciberespaço, estamos ven-
do-os no Ártico, na África, inves-
tindo em nossa infraestrutura crí-
tica”, disse Stoltenberg sobre a
China em evento patrocinadopor
dois institutos de análise e pes-
quisa, o Conselho do Atlântico eo
Fundo MarshallAlemão dos EUA.
“E eles estão trabalhandocada vez
maiscomaRússia.Tudoissotem
consequências de segurança para
osaliadosdaOtan.”
Perguntado se a China é o “novo
inimigo”daOtan,Stoltenbergin-
sistiu quePequim não é um adver-
sário.Masdestacouqueosdirigen-
tes da Otanconcordaram em de-
zembro,pelaprimeiraveznahis-
tória da aliança, em enfrentaro
impactosobreasegurançarepre-
sentadopela ascensão da China,
inclusiveodesenvolvimentopelo
país de mísseis capazes de atingir
paísesaliadosdaOtan.
Ele tambémtentou minimizar
as tensões internas da Otan,após
notícias de que os EUApreten-
diamretirarquase10milsoldados
estacionadosnaAlemanha.
O Reino Unido —que em abril
anunciou uma novaavaliação de
segurançasobreopapel da chi-
nesaHuaweinasredes5G—jáin-
dicou que reexaminará os laços
comerciais com Pequim à luz da
crisedovírus.Jeremy Fleming,di-
retordoórgãobritânicodeinteli-
gência GCHQ,disse na semana
passadaque a covid-19pôs aas-
censão da China “em primeiro
plano” nacabeçadaspessoas.
SoltenbergdissequeaOtantem
de trabalhar em colaboração “ain-
da maisestreita”com países como
Austrália, Japão, Nova Zelândia e
Coreia do Sul afim de proteger as
instituições globais e fixar normas
para o espaço sideral, para ocibe-
respaço,para novas tecnologias e

para o controlearmamentista
mundial. Juntos, eles deveriam
“emúltimainstância,defenderum
mundoerigido sobre a liberdade e
ademocracia, não sobre aintimi-
daçãoeacoerção”, acrescentou.
O tratamento dadopela China à
pandemia intensificou as tensões
pré-existentes com países da Otan
ealheiosàorganização.Pequim
negaacusações de que omitiu in-
formaçõesnos cruciais estágios
iniciais da epidemia e que depois
teriadisseminadodesinformação,
a fim de esconder suas origens em
Wuhan.Agênciasdeinteligência
dos EUAadvertiram no mês passa-
doquePequimestariaredirecio-
nandoos esforços de espionagem
pararoubarpesquisassobretrata-
mentosevacinas contra ocorona-
víruspormeiodeciberataqueàs
instituiçõesdesaúdeamericanas.
Stoltenbergpreferiu não co-
mentarnotícias divulgadas pela
mídiasobreosplanosdeWashing-
ton paraa retiradados soldados
estacionadosnaAlemanha.Anotí-
cia causoutemores entre os políti-
cos alemães, emboraBerlimdiga
não ter recebido qualquer confir-
maçãooficialdapartedosEUA.
“Até agora,só sabemosoque
saiu na imprensa”,disse Anneret
Kramp-Karrenbauer, a ministra
da Defesa. “Na verdade,apresen-
ça de soldados dosEUA na Ale-
manha atende à segurança geral
da aliança Otane portanto tam-
bémàsegurançaamericana.”
JohnUllyot, porta-voz do Con-
selho Nacional de Segurança dos
EUA,disse que Washington “não
temqualqueranúncionomomen-
to” sobreaquestão.Ele disse que
Trump“reavalia continuamente a
melhorsituação para as forças mi-
litares e para a nossa pre-
sençanoexterior”.

UmanovacriseglobaldespontanaÁsia


Análise


Gideon Rachman
FinancialTimes

OqueaChinaestáarmando?De
HongKong aTaiwan edo Mar do
Sul da Chinaaté afronteira com a
Índia, ogoverno chinês, comanda-
do por Xi Jinping,segue políticas
maisagressivas. Existe umapreo-
cupação crescente com ocompor-
tamento de Pequim, nãoapenas
nos EUA,mas na Índia, Reino Uni-
do,JapãoeAustrália.
O governo chinês podeachar
que a covid-19 tornoueste um
bom momento para agir,enquan-
to omundo olha para outro lado.
Protestosnos EUA dividiram edis-
traíramaindamaiso ocidente.
Mas as democracias não podem se
daraoluxodeperderofoconoles-
te da Ásia. Umanovacrise global
pode surgirláfacilmente, com
consequências mais graves no lon-
goprazodoqueasdapandemia.
Acrescente assertividadede
Pequimrefletetantoorgulhoco-
moparanoia.
Depois de 40 anosde rápido
crescimentoeconômico, aChinaé
hoje—em certos aspectos —a
maioreconomia do mundo. Sua
marinha tem mais navios de guer-
ra e submarinos do que a dos EUA.
Sua internet borbulhacom con-
versas nacionalistas sobreaascen-
sãoinexoráveldanação.
O filme de maiorbilheteria da
história da China é“LoboGuerrei-
ro 2” —um filme de ação ao estilo
Rambo, lançadoem2017,quetem
comoprotagonistas heroicos sol-
dados chinesesemluta contra
mercenários, liderados por um
americanoracista. Um pôster pro-
mocional do filme traziao seguin-
teslogan:“Qualquerumqueinsul-
ta a China —não importaquãore-
moto—deve ser exterminado”.
Quando diplomatas chinesesres-
pondema críticascontra Pequim
comameaçaseinsultos,costu-
ma-sedizer que eles praticama

“diplomaciadoloboguerreiro”.
Mas ao lado do orgulho há mui-
tosmotivosparaaparanoianosní-
veis maisaltos do governo em Pe-
quim. Os últimos 12 meses puse-
ram Xi diante de umagamasem
precedentesdeameaçasedesafios.
A pandemia levouaChinaa ser
acusada de responsabilidade por
uma calamidade mundial. Um re-
gime que costumava acreditar que
precisava de um crescimento de
8% ao ano para manteraestabili-
dade social agora temque lidar
comumaprofundacontraçãoeco-
nômica —agravada por uma guer-
ra comercial com os EUA.Os pro-
testos pró-democraciaem Hong
Kong têm continuado por mais de
um ano erepresentam um sério
desafio à autoridadedo Partido
Comunista. Eem janeiro apresi-
dentede Taiwan,Tsai Ing-wen, se
reelegeu com uma vitória esmaga-
dora—uma humilhaçãopara Pe-
quim,quetentouprejudicá-la.
Tudoissoparececriarumamen-
talidade de cercono governo. Co-
mo resposta,Pequim intensificou
seuapeloaonacionalismo.Oobje-
tivo da propaganda émobilizar as
pessoas contraameaçasexternas e
desviar a fúria sobre a covid-19 pa-
raomundoalémdaChina.
As políticas externas einternas
de Pequimsão cada vez mais ousa-
das e agressivas. Umanovalei de
segurançanacional deveser im-
posta em Hong Kong, eameaçain-
fligirumacensuraaoestilodaChi-
na continental a uma cidade livre.
Exercíciosmilitares e a retórica
que visaaintimidar Taiwanse in-
tensificaram. A atividadenaval de
confronto no Mar do Sul da China
também aumentou,dirigida con-
tra rivaispelo controle da região,
comoMalásia eVietnã. Milhares
de tropas chinesas entraram em
conflito com indianosem sua área
disputada de fronteira —embora
sem mortes registradas. Países que
se atrevem a criticar a Chinapor
causa da covid-19têm recebido
uma dose de “diplomacia de lobo

guerreiro” —Pequimimpôstarifas
sobrealgumasexportaçõesaustra-
lianasdepoisqueopaíspediuuma
investigaçãointernacional.
O governo Xi podeestar con-
vencidode que “forças externas”
hostis estejamtramandocontraa
China. Mas a compreensão de co-
mo o mundo se parece do ponto
devistadePequimnãopoderesva-
lar paraacondescendência. Mes-
mo que Xi eseus colegasacredi-
temqueatosdaChinasãodenatu-
reza “defensiva”, osistema que de-
fendem é um governo unipartidá-
rio voltado parareprimir críticas
internas eexternas —ao mesmo
tempoem que formula uma série
deexigênciasinternacionais.
Pequim defenderásua tese com
baseem fundamentosjurídicos,
diplomáticosehistóricos.Mas
nuncaconvencerá paísesdemo-
cráticos da Ásia e do ocidente a
deixardesehorrorizar com avisão
das ameaças da China às liberda-
desdeHongKongedeTaiwan.
Ofato de a China ser apotência
do século 21 em ascensão significa
que os atos de Pequimtêm agora
implicações globais. Países do
mundo inteiroobservam adiplo-
maciadoloboguerreiro—eseper-
guntam se serão ou não os próxi-
mosdafilaemtermosdecoerção.
Mudar esse comportamento
exigirá umarespostamaisunifi-
cadaeíntegradapartedasdemo-
craciasglobais, talvez por meio
daformaçãodeumgrupodecon-
tato permanente para discutir a
políticaparacomaChina.Emvis-
ta da paranoiaedo nacionalismo
de Pequim,há, sem dúvida, ope-
rigo de umareação maisdura,
mais coordenada, desencadear
uma resposta ainda maisagressi-
va. Mas operigo maior éode que
o mundoexterno esteja disperso,
divididoeintimidadodemaispa-
ra reagir coerentemente. Isso po-
de convencer Pequimaassumir
um risco alémda conta—mergu-
lhandoomundoemuma
novaeperigosacrise.

Reabertura gradualemNovaYo rk


FR

ANK

FRANKLIN

II/

AP

Apósdoismesesdeconfinamentoe
100 diasdesdea confirmação do
primeiro casode covid-19, a cidade de
Nova York começou ontema reabrir
gradualmente. Cerca de 400 mil
pessoas retornaram ao trabalhoem
setores como construção, indústria e

varejocomregrasdedistanciamento
social e higiene.Mesmoassim, o clima
da cidade estava longedo normal —o
vai-vémhabitual de milhares de
pessoas e a cacofonia das ruaseram
inexistentes,segundoo jornal“The
New York Times”. A reabertura na

cidademaisatingidapelapandemia
nos EUA —205 mil casos e 22 mil
mortes —foi divididaem fases.
Dentro de duas semanas poderão
reabrir áreas ao ar livre de
restaurantese salões de beleza. Na
foto, pedestres no bairro do Queens.

Experiências na Europae Ásiaindicam


quea covid-19podeficar sobcontrole


JasonDouglas e DaslYoon
Dow JonesNewswires,
de Londres e Seul

Europa e Ásia evitaram até ago-
ra um ressurgimento relevante de
casos de covid-19, mesmoapós
muitos países terem saídodo con-
finamento e retomado as ativida-
des em partes de suas economias.
Esse éum sinalde que a pandemia
pode ser mantidasob controle
commedidasmenosrigorosas.
As evidências preliminares ofe-
recemalguma esperança aoutros
lugares queestão saindodo confi-
namento, como a cidade de Nova
York, apesar de os especialistas ad-
vertiremque o vírusestálonge de
ter sido derrotado eque persiste o
risco de surgimento de uma nova
ondade infecções. Isso significa
que algumgrau de distanciamen-
to social edeoutras marcas de
umasociedade pós-covid conti-
nuarãoem vigor enquanto os pes-
quisadoresbuscamumavacina.
No começodeste mês, a taxa
médiadiáriadenovasinfecçõesna
Europatinhacaído80%emrelação
aseu pico de 9deabril, segundoo
Centro Europeude Prevenção e
Controle de Doenças. Croácia, Chi-
pre e Hungrianão registraramno-
voscasosnodomingo.Novoscasos
diários na Alemanha, França, Es-
panhaeItália caíram para afaixa
inferior das centenas,em relação
aos milhares de quando a pande-
miaestavaemseupontomáximo.
As infecções diárias também es-

tão caindo em grandespartes da
Ásia, que vivenciaram apandemia
antesque a Europa.A Nova Zelân-
dia disseontemnão ter qualquer
caso ativo eanunciou que suspen-
derá todasas restrições sociais à
exceçãodofechamentodefrontei-
ra. “Estamosconfiantes de termos
eliminado a transmissãodovírus
na Nova Zelândiapor enquanto,
declarouapremiê,JacindaArdern.
Epidemiologistasdizemque a
experiência da Europa eÁsia
mostra que acombinação de
mudançasde comportamento e
de políticasde saúdepúblicapa-
rece ser suficiente para mantero
vírusmaisou menossob contro-
le nummomento em que esco-
las,empresasefábricasreabrem.
Embora alguns países, entre os
quais China, Coreia do Sul e Ale-
manha,tenham observado o sur-
gimentodebolsõesdenovoscasos
desde o relaxamentodas restri-
ções, a transmissão generalizadae
descontrolada do patógeno pare-
ce ter sido contida. Mas especialis-
tas alertam para odesafio de con-
tersurtosesporádicos,localizados,
antesquepossamcausarumacon-
flagraçãodemaioresproporções.
“O vírusnão ficou menostrans-
missível. Enquanto houvercasos,
ele podeser transmitido”, disse
JimmyWhitworth, professor na
LondonSchoolof Hygiene and
TropicanMedicine.
Para muitospaísesque repeli-
ram oprimeiro ataquedo novo
coronavírus,identificar rapida-
mente os novoscasosé funda-
mentalparaevitarumsegundo.
Quando dezenas de novos casos
surgiramnaChina, no mêspassa-
do,ogovernodisseterfeitocoletas

de amostras para testes de corona-
vírusem maisde 9 milhões dos 11
milhõesde habitantes da cidade
de Wuhan,na regiãocentral do
país,em apenas10 dias,afim de
encontrare isolar os infectadose
prevenirumnovosurto.
Odistanciamento social, em
curso,também vem se revelando
importante na prevençãode uma
segunda onda.Poucos paísesrela-
xaram inteiramenteas restrições
adotadas devido ao coronavírus,
comaglomeraçõesdemassaainda
sendo proibidas em muitos luga-
res e atividadescomocomerfora
tendo sido transformadaspor me-
sas vazias epor outros esforços pa-
ralimitarocontatopessoal.Asvia-
gens internacionaiscontinuamse-
veramentelimitadas.
A pandemia aumentou ograu
de conscientização das pessoas
sobreocomportamento de risco
passível de disseminaradoença.
Máscaras faciais, no passadouma
raridadenaEuropa,sãoagoravis-
tas cotidianamente, emboraseu
usoaindanãosejatãogeneraliza-
do quanto na Ásia. Dados reuni-
dos pelo Google mostram que,
em países comoFrança, Alema-
nha eEspanha, as visitas a lojas,
restaurantes,terminais de trans-
portepúblicoelocaisdetrabalho
continuam muito inferiores às
observadasnoperíodopré-covid.
“As pessoas ainda estão muito
preocupadas, aindase mostram
muitoavessasaorisco”, disseLinda
Bauld,professoradesaúdepública
daUniversidadedeEdimburgo.
Umadas perguntasé se o inver-
no traráuma novaondade casos,
ao levar as pessoas a passar mais
tempoentrequatroparedes.











0

4

8

Fonte:FMI.Elaboração:ValorData

EconomiadosEUAemrecessão
Taxaanualizada do PIB- em %

07

1T
2009

2T
08

1T
2011

1T
2013

1T
2015

1T
2017

1T
20

1T
19

4T

-5,

0,9 2,

-2,3 -0,

Crisefinanceiraglobal

EUAentraramemrecessão


emfevereiro, confirmao NBER


Agênciasinternacionais

A lentae constanterecupera-
ção da crise financeira globalde
2008-09foi omaior período de
crescimentoininterruptoda his-
tóriadosEUA.Foram128mesesa
partirde junho de 2009.Isso aca-
bou,agoraoficialmente.
O NationalBureauof Econo-
mic Research (NBER)anunciou
ontem que a economia america-
na atingiu “seu pico na atividade
econômica” em fevereiro,oque
“marcao fim da expansãoinicia-
da em junhode 2009e oinício
de uma recessão”.
Recessões são definidas como

Curtas


declínios na atividade econômica
que duram maisde alguns meses,
eoNBER geralmente leva maisde
umanoparadeclararoficialmente
umarecessãoemandamento.
O NBERdisseque a covid-19e
a respostaà crise de saúdepúbli-
ca levaramauma desaceleração
comdinâmicadiferente das re-
cessõesanteriores.“Masconcluiu
que a magnitudesem preceden-
tes do declíniono empregoena
produção, e seu amploalcance
em todaaeconomia,justificaa
designaçãodesteepisódiocomo
uma recessão,mesmoque se
mostremaisbrevedoqueas con-
traçõesanteriores.”

IndústrianaAlemanha
AproduçãoindustrialdaAle-
manhacaiu17,9%emabril,emre-
laçãoamarço,namaiorqueda
mensaljáregistrada,segundoda-
dosdivulgadosontempeloEscri-
tórioFederaldeEstatísticadopaís.
Nacomparaçãocomabrilde
2019,aquedafoide25,3%.Apro-
duçãodebensdecapitalcaiu35%
eaproduçãoautomotiva,74,6%.

ProgramanaFrança
AFrançaestudaestenderpor
atédoisanosoprogramadepro-
teçãodeempregoscriadopara
evitardemissõesemmassa.“Va-
mosimplementarumesquema
parcialdelongoprazo”,disseami-
nistradoTrabalho,MurielPéni-
caud.“Comele,funcionáriospo-
deriamtrabalharmenoshorase
seremparcialmenteajudadospe-
loEstado.” HojeaFrançaarcacom
até84%dossaláriosdostrabalha-
doresincluídosnoesquema.

Candidatos à OMC
México,NigériaeEgitoinfor-
maramontemàOMCnomesde
seuscandidatosparasubstituiro
brasileiroRobertoAzevêdonadi-
reção-geraldaentidade.OMéxico
apresentouacandidaturadeJesús
Seade,aNigéria,deOkonjo-Iwea-
la,eoEgito,deHamidMamdouh.

By_Lu*Ch@QuE

By_Lu*Ch@Qu£

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