O Estado de São Paulo (2020-06-10)

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A12 QUARTA-FEIRA, 10 DE JUNHO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


Esportes


CONSELHO
SANTOS DELIBERATIVO
FUTEBOL CLUBE
CNPJ: 58.196.684/0001-

De acordo com o artigo 51, alínea “a”, do Estatuto Social, combinados com o Regimento Interno
através dos artigos 20, alínea “e”, 44, 45, 79, alínea “b”, 80, alínea “a” e 83, fica convocado o
Conselho Deliberativo do SANTOS FUTEBOL CLUBE para reunir-se em Sessão Extraordinária,
no próximo dia 16 de junho de 2020, terça-feira, EM FORMATO VIRTUAL DIGITAL, EM FACE DA
PANDEMIA, por proibições de reuniões presenciais, através do endereço eletrônico http://www.zoom.us,
em 1ª convocação, às 19h00, com a presença mínima de um terço de seus membros e,
em 2ª convocação, às 19h30, com qualquer número, com o fim de apreciar a seguinte:
ORDEM DO DIA
a) Leitura, discussão e votação da ata da reunião anterior;
b) Comunicações da Mesa;
c) Apreciação, discussão e votação do Parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância, sobre o
processo nº 04/19, referente às Contas de 2018.
Santos, 10 de junho de 2020
Marcelo Teixeira
Presidente
Notas


  1. A presente reunião será em formato inteiramente digital em ambiente virtual, usando a
    plataforma de vídeoconferência Zoom, em consonância com as determinações legais das
    autoridades governamentais que recomendam isolamento, com o objetivo de conter a
    disseminação do CORONAVÍRUS (COVID-19), no seguinte endereço http://www.zoom.us.

  2. As instruções especiais para a participação na reunião serão encaminhadas por e-mail,
    diretamente aos conselheiros, a partir das fichas cadastrais fornecidas pelos próprios
    conselheiros. Qualquer dúvida, ou alteração destes dados, solicitamos contatar pelo e-mail:
    [email protected].

  3. De acordo com o art. 90, alínea “a”, do Regimento Interno, esta convocação se refere ao
    edital publicado para a reunião que seria realizada no dia 16 de março de 2020, suspensa
    ante as regras proibitivas de reuniões presenciais, emanadas pelos órgãos de saúde e do
    governo brasileiro.

  4. A partir da entrada do(a) conselheiro(a) na sala virtual da plataforma Zoom, o registro de
    presença será permitido até às 20h30, quando então faremos o encerramento da lista de
    presença para fins de registro. Após este horário, não serão permitidas as manifestações,
    nem computados votos. Caso acessem após o horário, o(a) conselheiro(a) será considerado
    mero(a) observador(a).

  5. Documentos referentes ao “item c” da ORDEM DO DIA permanecem à disposição dos(as)
    Senhores(as) Conselheiros(as) na Secretaria do CD, desde o dia 11 de março de 2020, e
    podem ser analisados, através de pedidos de agendamentos, conciliando dias e horários
    para evitar aglomeração.

  6. Para uso da palavra, o(a) conselheiro(a) deverá se inscrever até 24h (vinte e quatro horas) do início
    da reunião na Secretaria do CD, pelo e-mail: [email protected], pelo prazo regimental
    de 3 (três) minutos, controlado pelo Presidente do Conselho Deliberativo ou a quem este indicar,
    permitindo somente pronunciamentos referentes ao tema pautado.

  7. O processo de votação será nominal, quando o(a) conselheiro(a) somente optar por aprovar,
    rejeitar ou abster do parecer da Comissão, sem discutir ou comentar.

  8. Para participar da reunião, o equipamento do(a) Conselheiro(a) deverá dispor de câmera
    frontal habilitada e desobstruída, sendo de sua responsabilidade possíveis custos, o sinal e
    conexão, não podendo ser responsabilizado o Conselho Deliberativo por problemas decorrentes
    dos aparelhos de informática ou da conexão a rede mundial destes.
    O INGRESSO NESTA REUNIÃO É RESTRITO AO(A) CONSELHEIRO(A). A DISPONIBILIZAÇÃO DE ACESSO A
    TERCEIROS IMPLICARÁ PROCEDIMENTO INCOMPATÍVEL COM A ÉTICA, TENDO CONSEQUÊNCIAS DE
    ENCAMINHAMENTO À COMISSÃO DE INQUÉRITO E SINDICÂNCIA PARA APURAÇÃO, CONSTITUINDO-SE
    PROVA AS IMAGENS CAPTURADAS.


Sonho.
Murilo Peres
e Pedro
Barros
andam no
MAC (esq.)
e Teatro
Popular
(alto), em
Niterói, e em
Brasília (dir.)

Leandro Silveira

Medalhista de prata na Olimpía-
da de Pequim, em 2008, Márcio
Araújo foi um dos grandes no-
mes da história do vôlei de praia
brasileiro. O atleta competiu pro-
fissionalmente até os 46 anos e
mantém sua preparação física
em dia até hoje. Todo esse “his-
tórico de atleta” não o impediu
de passar pelo maior drama da
sua vida – ele foi contaminado
pelo novo coronavírus, foi inter-
nado e diz que temeu sofrer uma
“morte solitária e dolorosa”.
“Passamos por muitos desa-
fios como atleta. Joguei com
50ºC em Acapulco (México),
48ºC na Olimpíada da Grécia (A-
tenas-2004) ao meio-dia, com a
areia a 60ºC. Depois, peguei
frio de 2ºC em Moscou. Joguei
com as maiores e menores tem-

peraturas que o ser humano po-
de suportar de camiseta e
shorts. Isso não me tornou me-
lhor do que ninguém para com-
bater o vírus”, relata Márcio
Araújo ao Estadão.
Vivendo em Fortaleza, o ex-
jogador de vôlei de praia não
conseguiu ser internado de ime-
diato quando ficou doente. As-
sim, se isolou em uma casa de
praia, depois passou quatro
dias internado em um hospital.
Quando recebeu alta, sua espo-
sa, Juliana, grávida de oito me-
ses (sua quarta filha deve nas-
cer até o final do mês), estava
infectada e precisou ficar hospi-
talizada por quase uma semana.
Hoje recuperado, ele garante
ter ficado em isolamento desde
o início da crise, optando por
seguir sua rotina em duas resi-
dências. Márcio Araújo e sua fa-
mília passavam os finais de se-
mana em Fortaleza. Durante a
semana, ficavam em uma casa
de praia, em Taíba, nas proximi-
dades da capital cearense.
“Ia para lá durante a semana e
ficava no apartamento de Forta-
leza no sábado e domingo, para

não pirar no confinamento.
Acredito que me contaminei lá,
porque ia no mercado, posto,
depósito, farmácia, e não tinha
álcool em gel no carro, embora
sempre usasse máscara.”
Segundo ele, em um dia, no

meio do confinamento, sentiu
fortes dores de cabeça e estava
com febre. Foi para um hospi-
tal, onde recebeu o diagnóstico
positivo. Medicado, voltou pa-
ra seu apartamento e ficou em
isolamento do restante da famí-
lia. Mas depois, por estar com a
esposa grávida e ainda ter uma
filha com asma e outra com rini-
te alérgica, optou por se isolar
na casa de praia, sozinho – para
ele, esse foi o seu maior erro.
“Comecei a só piorar. Em uma
sexta-feira, sustentei três des-
maios. Se eu desmaiasse, teria
uma morte lenta, solitária e si-
lenciosa. Senti muita falta de ar,
de oxigênio. Fechei a casa e fui
para o hospital. Nem sei como
não capotei o carro”, relata.
Márcio Araújo, porém, teve
dificuldades para conseguir ser
internado e preciso esperar.
“No domingo, eu estava sofren-
do muito, já estava agonizando,
sem ar, e aí consegui um leito.
Me internaram tomando corti-
coide na veia. Fiquei no soro e
isolado no quarto”, conta.
Superado o drama, o ex-atle-
ta pede cuidado com a doença.
“Eu contaminei minha esposa e
alguém me contaminou. Ela
passou três dias no oxigênio,
com cateter e tomando injeção
na barriga, podia ter morrido.
As pessoas não estão levando a
sério a pandemia. A falta de
consciência e o comportamen-
to das pessoas tornam o vírus
mais perigoso.”

Paulo Favero


O arquiteto Oscar Niemeyer
sempre escreveu suas obras
por linhas curvas. E suas
“rampas”, “tetos” e “vãos li-
vres” aguçaram a imaginação
dos skatistas, que nunca tive-
ram a oportunidade de per-
correr suas criações com o
equipamento. Depois de uma
negociação com a Fundação
Oscar Niemeyer, os atletas
Pedro Barros e Murilo Peres
conseguiram uma autoriza-
ção para andar de skate em al-
guns cartões postais do arqui-
teto. E essa aventura virou
um minidocumentário – So-
nhos Concretos: O Skate En-
contra Niemeyer.
As gravações foram feitas en-
tre dezembro de 2019 e janeiro
de 2020, antes da pandemia de
coronavírus. A ideia inicial era
lançar antes dos Jogos Olímpi-
cos de Tóquio, quando o skate
fará sua estreia no programa,
mas a competição foi adiada pa-
ra 2021 e, com tudo pronto, os
produtores decidiram apresen-
tar esse “rolê” dos atletas que
buscam vagas na Olimpíada em
obras de Niemeyer no Rio de Ja-
neiro (RJ), em Niterói (RJ), Bra-
sília (DF), São Paulo (SP) e Belo
Horizonte (MG). Depois das fil-
magens, todos os espaços passa-
ram por um processo de reparo.
“Falar desse projeto é falar
também sobre sonhos. De um
mundo em que a gente possa
ocupar todos os espaços, sem-
pre com bons propósitos e de
uma forma espontânea. A gente
precisou de união para que isso
saísse do papel e se tornasse rea-
lidade. E essa união é uma das


essências do skate. Espero que
esse projeto alcance muitas pes-
soas e leve a nossa mensagem”,
diz Pedro Barros, que é amigo

de Murilo Peres desde peque-
no. Ambos fazem parte da sele-
ção brasileira de skate e estão
disputando vaga da modalida-
de park na Olimpíada do Japão.
O período de captação das
imagens foi uma verdadeira
aventura porque muitos dos lu-
gares eram de difícil acesso, co-
mo tetos de obras arquitetôni-
cas, por exemplo. Mas isso só
aumentou a vontade da dupla
de colocar o skate para rodar
nesses locais. O sinal verde da
Fundação Oscar Niemeyer tam-
bém confirmou que existe uma
identidade entre o skate e a
obra do brasileiro, que faleceu
em 2012, mas deixou enorme le-

gado na arquitetura mundial.
A interação de Pedro Barros e
Murilo Peres nas obras também
teve doses de emoção no filme
dirigido por Hugo Haddad, com
lindas manobras e algumas que-
das. As imagens aéreas ajuda-
ram a dar um toque épico nas
gravações. Em São Paulo, eles
andaram na Marquise do Ibira-
puera, local que já é de domínio
dos skatistas, na Oca e no Pavi-
lhão da Bienal vazio.
Já em Niterói, os dois fizeram
manobras no Museu de Arte
Contemporânea, obra emble-
mática de Niemeyer. No Rio de
Janeiro passaram também pela
Casa das Canoas, local projeta-

do pelo arquiteto em 1951 para
ser sua residência. A união do
espaço com o meio natural cha-
mou a atenção dos skatistas.
Em Belo Horizonte, os dois
foram até a Cidade Administra-
tiva, sede do governo mineiro
que foi elaborada por Niemeyer
e ficou pronta em fevereiro de


  1. Lá estão o Auditório JK, o
    Palácio Tiradentes e os Edifí-
    cios Minas e Gerais.
    A volta dos skatistas em Brasí-
    lia foi marcante pela possibilida-
    de de desfrutar de espaços que
    nunca imaginariam estar, como
    descer de skate a rampa do Palá-
    cio do Congresso Nacional e fa-
    zer manobras no corrimão em


frente à Catedral de Brasília.
“Se eu fosse um arquiteto e pu-
desse desenhar obras, faria ape-
nas tudo que fosse ‘skatável’, pa-
ra conseguir andar em tudo. De
certa forma, Niemeyer fez isso
há muitos anos. São tantas li-
nhas, tantas curvas... Parece
que ele andava de skate e não
sabia”, brincou Barros.

] O jogador Ronaldo Drummond, ata-
cante tricampeão brasileiro (em 1971
pelo Atlético-MG e 1972 e 1973 pelo
Palmeiras) e campeão da Libertado-

res (1976, pelo Cruzeiro), morreu on-
tem, vítima de uma hemorragia gástri-
ca. Ronaldo tinha 73 anos e estava
internado em Belo Horizonte, onde
vivia. Foi de Ronaldo o gol do título do
Palmeiras no Paulistão de 1974, vitó-
ria por 1 a 0 em cima do Corinthians.

CONSCIENTIZAÇÃO

Futebol. Os jogadores de fu-
tebol que atuam em equipes bra-
sileiras rejeitaram a alternativa
da CBF de diminuir o intervalo
das partidas de 66 horas para 48
horas, com o intuito de comple-
tar o calendário de 2020, apesar
dos problemas impostos pela


pandemia do coronavírus. Ain-
da não há previsão de reinício
das competições.
“Nós fizemos a consulta. To-
dos disseram não. Não pode ha-
ver jogo com intervalo inferior
a 66 horas. A Fenapaf não está
autorizada a quebrar o acordo,

pois a categoria não aceita. É pa-
ra cumprir o acordo assinado
em Campinas, há três anos, que
se estendeu para todo o Brasil”,
disse Felipe Augusto, presiden-
te da Federação Nacional dos
Atletas Profissionais de Fute-
bol, ao globoesporte.com.

O intervalo mínimo de 66 ho-
ras entre um jogo e outro do
mesmo clube ficou estabeleci-
do após acordo homologado en-
tre a CBF e a Fenapaf, em 2017.
O processo da entidade repre-
sentativa dos atletas prevê mul-
ta de R$ 25 mil em caso de des-

cumprimento desse compro-
misso.
“Se um clube deseja jogar no
intervalo diferente, pode jogar,
desde que os atletas não sejam
os mesmos. Ou seja, eles po-
dem fazer como entenderem pa-
ra fechar o calendário, mas não
com os mesmos atletas. Se hou-
ver jogos com os mesmos atle-
tas, a Fenapaf irá comunicar ao
TRT (Tribunal Regional do Tra-

balho) da 15.ª região que o acor-
do não está sendo cumprido”,
afirmou Felipe Augusto.
A Confederação Brasileira de
Futebol e os clubes não descar-
tam a que competições deste
ano sejam estendidas até janei-
ro de 2021. Os campeonatos na-
cionais estavam previstos para
terem início em maio. Com a pa-
ralisação, só vão começar após
o fim dos estaduais.

RONALDO DRUMMOND
MORRE EM BELO HORIZONTE

PANDEMIA DO CORONAVÍRUS


Covid-19. Márcio Araújo,
prata no Vôlei de Praia
em Pequim-2008, teve a
doença e diz que viveu
momentos de agonia

Márcio Araújo
PRATA EM PEQUIM-

‘As pessoas não
estão levando a
sério a pandemia e
isso torna o vírus
ainda mais perigoso’

Atletas rejeitam intervalo inferior a 66 horas


PALMEIRAS /TWITTER

ARQUITETURA

Documentário. Os skatistas Pedro Barros e Murilo Peres, que brigam por um lugar em Tóquio-2021, arrasam nas obras do arquiteto


SKATISTA

MARCIOARAUJOVOLLEY/INSTAGRAM

Medalhista olímpico


temeu ‘morte lenta,


silenciosa e solitária’


Susto. Márcio Araújo sentiu
muita ‘falta de oxigênio’

NA WEB
Vídeo. Confira o
documentário com
os skatistas

estadao.com.br/e/skate
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FOTOS:MARCELO MARAGNI/RED BULL CONTENT POOL

A união entre Niemeyer e o skate


Pedro Barros

‘São tantas linhas,
tantas curvas...
Parece que ele
(Niemeyer) andava
de skate e não sabia’
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