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7 pontos para um Plano de
ciente Mobilidade Urbana efi
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É possível melhorar os deslocamentos e a qualidade de vida dos moradores
ciente e articulado da cidade de São Paulo com um conjunto de medidas efi
| São Paulo, 10 de junho de 2020 2
URBANISMO
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Publicação da S/A O Estado de S.Paulo
Conteúdo produzido pelo Media Lab
- Gestão local participativa
No caso de grandes cidades como
São Paulo, as subprefeituras ou ad-
ministrações regionais podem ser o
ponto de conexão entre moradores,
usuários dos transportes, empre-
sas prestadoras de serviços e a ges-
tão pública municipal, por meio de
seus técnicos, como engenheiros e
arquitetos. Comitês de Mobilidade
por bairros ou regiões das cidades
que compreendem a necessidade
dos cidadãos, fazendo levantamen-
tos de origem-destino e ouvindo
críticas e sugestões. “A participação
dos usuários é fundamental, porque
cada região tem suas necessidades e
as pessoas que passam por elas dia-
riamente normalmente sugerem me-
lhorias”, diz a especialista.
- Modernização e pontualidade
do sistema de ônibus
De acordo com Estela Alves, em
diversos países do mundo, chama
a atenção a pontualidade e a quali-
dade dos ônibus. “A tecnologia que
já existe em todas as grandes cida-
des brasileiras resolveria esse ponto:
ônibus não poluentes, com um siste-
ma informatizado de chegada, parti-
da e limite de usuários”, explica. Na
prática, cronômetros que marquem
o tempo de chegada do próximo ôni-
bus e que cobrissem todas as regiões.
“Não são medidas nem tecnologias
novas, é só uma questão de gestão
dos sistemas e de investimento cor-
reto, mas que dependem de objetivos
claramente definidos em um plano
de mobilidade”, explica.
- Aumentar abrangência e
ciência dos bilhetes únicosefi
É necessário que sistemas do tipo
cientes, “bilhete único” sejam mais efi
desde solicitação, retirada, cadastro
de usuários até definição de tari-
fas acessíveis, para que uma parcela
cada vez maior de pessoas opte pelo
transporte de acesso público, seja
coletivo, seja individual. “Esses bi-
lhetes poderiam ser usados para to-
das as situações de transporte, como
um estacionamento onde você deixa
seu veículo para seguir viagem pelo
transporte público, para locação de
bicicletas, por exemplo”, diz Alves.
P
articipação das pessoas no processo de decisão,
por meio de comitês de mobilidade, integração
entre diversos modais e modernização do sistema
de Bilhete Único são algumas das medidas mencionadas
por Estela Alves, mestra em planejamento urbano e re-
gional, graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urba-
nismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), como
fundamentais para o Plano de Mobilidade Urbana da ci-
dade de São Paulo. De acordo com a especialista, muitas
das ações têm baixo custo de implementação, poderiam
melhorar o dia a dia e facilitar os deslocamentos dos ha-
ra. bitantes da maior metrópole do País. Confi
- Semáforos realmente
inteligentes e resistentes
“As cidades gastam muito com
compra, instalação e manutenção
de semáforos nada eficientes, que
queimam depois de qualquer chu-
va. Seria muito importante buscar
sistemas inteligentes, que já existem
em outras cidades do mundo, que
são resistentes à chuva e até mesmo
à neve”, diz Estela Alves. São semá-
foros com sensores – de veículos e
de pedestres – que abrem e fecham
de acordo com o fluxo. “A compra
desses equipamentos em grande
volume para as cidades brasileiras
certamente tornaria o produto tão
acessível quanto a tecnologia ultra-
passada que utilizamos.”
- Facilidade na interligação
entre diversos modais
Ampliar as possibilidades de circular
entre um meio de transporte e outro
com mais agilidade, com pequenos
circuitos que levem dos bairros aos
terminais de ônibus ou estações de
trem e de metrô, é outra medida des-
tacada pela especialista. Isso poderia
ser feito também aumentando o nú-
mero de pontos de retirada e estacio-
namentos de bicicletas, por exemplo,
em todos os bairros da periferia, em
que o acesso ao trem e ao metrô já re-
presenta grande parte do trajeto.
- Conscientização para
a redução de viagens nos
horários de pico
Aproveitando o contexto atual de
que muitas pessoas estão traba-
lhando normalmente em suas casas
durante a pandemia, aprofundar o
debate sobre o home office é funda-
mental. “Muitas empresas se organi-
zaram, estabelecendo novas formas
de controle e interação com os fun-
cionários. Essa flexibilidade poderia
aliviar bastante o sistema nos horá-
rios de pico”, diz Alves.
- Promoção do transporte
coletivo para crianças
e adolescentes
É muito importante incentivar no-
vas formas de compartilhamento de
veículos entre crianças e adolescen-
tes nos trajetos para escolas e cursos,
sobretudo garantindo a segurança,
para que mães e pais não precisem
circular com seus veículos nos dias
em que estiverem trabalhando em
casa, já considerando que continua-
remos com o sistema de home office
mesmo após a pandemia. “É funda-
mental também incentivar que esses
trajetos sejam feitos com bicicletas
e patinetes. Para isso, precisamos
de vias seguras e com fiscalização
permanente, o que também precisa
constar no plano”, finaliza a arquite-
ta e urbanista Estela Alves.
é mestra em Estela Alves
planejamento urbano e
regional e graduada pela
Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de
São Paulo (FAU-USP)
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em 20 de maio Foto: Tiago Queiroz | Estadão
Foto: Janaina B. de Araújo | Divulgação
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