O Estado de São Paulo (2020-06-12)

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O ESTADO DE S. PAULO SEXTA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2020 NotaseInformações A


M


ilhões de famílias serão bene-
ficiadas e a economia ganha-
rá algum alento, numa das
piores crises da história repu-
blicana, se o governo prorro-
gar medidas emergenciais im-
plantadas em abril. Preservar o poder de consu-
mo dos mais vulneráveis servirá a dois propósi-
tos muito importantes – garantir um mínimo
de bem-estar a um enorme número de pessoas
e injetar algum combustível nos negócios. O mi-
nistro da Economia, Paulo Guedes, já indicou a
disposição de manter as ações de apoio por al-
gum tempo e congressistas dão suporte à ideia.
No Brasil, os primeiros casos de covid-19 fo-
ram confirmados em fevereiro e a gravidade da
crise sanitária foi plenamente reconhecida em
março. Em abril o Executivo anunciou as pri-
meiras medidas econômicas para enfrentar a
epidemia e seus efeitos econômicos. O Executi-
vo apresentou um programa de apoio imediato
a empresas pequenas e médias e de preserva-
ção de empregos. Foram definidas ações para
facilitar a redução de jornadas e salários ou de
suspensão temporária de contratos. Ao mesmo
tempo, o Banco Central (BC) cuidou de expan-


dir a liquidez e de criar condições para aumen-
to de crédito. A estratégia de suporte financei-
ro acabou envolvendo a participação do Tesou-
ro e de bancos estatais.
Houve dificuldades para engatar a política de
crédito, por causa dos critérios
dos bancos e também pelas con-
dições burocráticas impostas pe-
lo Executivo. Também houve
problemas no pagamento de au-
xílio emergencial de R$ 600 por
mês a trabalhadores informais e
a desempregados. Recursos fo-
ram entregues de forma indevi-
da a milhares de pessoas, en-
quanto milhares de outras, em-
bora qualificadas, tiveram difi-
culdade de acesso ao dinheiro.
De modo geral, no entanto, as
ações produziram efeitos sociais
e econômicos positivos.
As medidas oficiais foram insuficientes para
impedir falências e demissões, mas, sem aque-
les programas, a devastação gerada pela crise te-
ria sido certamente muito maior. Os efeitos po-
sitivos foram reconhecidos pela OCDE, a Orga-

nização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico, em seu recém-publicado relatório
sobre perspectivas globais. Sem uma segunda
onda epidêmica, o consumo privado neste ano
deve ser 10,4% menor que em 2019. A queda po-
deria ser 2 ou 3 pontos maior
sem o programa oficial de ajuda,
estimam os autores do estudo.
Como o consumo é o principal
motor da economia, no curto pra-
zo, o impacto sobre a atividade
seria bem maior.
O governo, segundo as infor-
mações conhecidas até agora, ad-
mite uma possível prorrogação
dos programas de apoio a empre-
sas e ao emprego por 60 dias. A
transferência de renda a desem-
pregados e informais também
poderá ser prolongada por dois
meses, mas com o valor mensal diminuído de
R$ 600 para R$ 300.
O ministro da Economia insiste no caráter li-
mitado dessas prorrogações, com prazo máxi-
mo de 60 dias. Essa restrição é apontada como
necessária também no relatório da OCDE, on-

de as condições do Brasil são examinadas num
capítulo de cinco páginas. O Executivo está au-
torizado a operar com medidas excepcionais
até o fim de dezembro, numa situação reconhe-
cida como calamidade, mas é preciso pensar
nos problemas de recomposição das contas pú-
blicas a partir de janeiro.
Com despesas muito maiores e receitas mui-
to menores que as previstas no Orçamento, o
governo fechará o ano com as finanças em
péssimas condições. Seu déficit primário ultra-
passará, segundo as projeções correntes, R$
600 bilhões. A projeção antes da crise indicava
R$ 124 bilhões. A dívida do governo geral – in-
cluídos os três níveis – estará em torno de 90%
do Produto Interno Bruto (PIB), dez pontos
acima, talvez mais, da meta antes fixada. Um
compromisso claro de retomada do ajuste das
finanças públicas será essencial para manter a
credibilidade diante dos mercados.
Uma redução da confiança na responsabilida-
de fiscal do governo dificultará a manutenção
dos juros básicos em níveis suportáveis. Juros
maiores criarão problemas para a gestão públi-
ca e para a reativação dos negócios. Pelo menos
a equipe econômica sabe disso.

O


nascimento do
urbanismo está
visceralmente li-
gado às políti-
cas sanitárias re-
sultantes do sur-
to de urbanização desencadea-
do pela revolução industrial. As
quadras espaçadas e ruas retilí-
neas que redefiniram Londres e
Paris no século 19, por exemplo,
foram primariamente motiva-
das pela necessidade de ambien-
tes mais salubres e de distribui-
ção de água para conter ou evi-
tar doenças como a cólera.
“Epidemias e cidades são pro-
duto de um mesmo fenômeno:
as aglomerações humanas”,
constatou o fundador do Insti-
tuto Urbem, Philip Yang. Por is-
so, muitos acusam as metrópo-
les modernas de incubadoras
de doenças. Mas elas também
podem ser espaços de cura.
Além de serem centros de pes-
quisa e desenvolvimento, elas
oferecem mais possibilidades
de serviços sociais e de saúde.
Entre os desafios impostos pela
pandemia ao planejamento ur-
bano – como novas condições
sanitárias de infraestrutura e ha-
bitação, mudanças no transpor-
te ou a adequação a novos hábi-
tos de trabalho e lazer precipita-
dos pela digitalização – talvez o
mais premente seja a favela.
Mais de 1 bilhão de pessoas vi-
vem em assentamentos infor-
mais. Segundo a OMS, o núme-
ro de residentes urbanos sem
sistemas sanitários seguros cres-
ceu de 1,9 bilhão em 2000 para
2,3 bilhões em 2015, aumentan-
do riscos como infecções, cres-
cimento retardado e a prolifera-
ção da resistência antimicro-
bial. Assentamentos informais
são em média 10 vezes mais


densos que os formais. Para tra-
balhar, muitos moradores tran-
sitam longas distâncias amon-
toados em transportes públicos


  • vetores perfeitos para doen-
    ças. Por razões diversas, eles ain-
    da sofrem desproporcionalmen-
    te de comorbidades como obesi-
    dade, diabetes ou hipertensão.
    O saneamento urbano inade-
    quado também impede o cresci-
    mento econômico. A OMS esti-
    ma que, entre custos dos siste-
    mas de saúde e déficit de produ-
    tividade e renda, as perdas glo-
    bais chegam a US$ 223 bilhões
    ao ano. Pelos seus cálculos, o sa-
    neamento adequado poupa 30
    minutos por dia a cada pessoa,
    e cada dólar investido gera re-


tornos entre US$ 5,50 e US$ 9.
Foco em saneamento para la-
res e banheiros comunitários é
essencial no curto prazo. No
longo, é preciso aprimorar a
moradia. Isso exige grandes in-
vestimentos de capital inicial.
Mas, além dos impactos sanitá-
rios e sociais, investir em in-
fraestrutura e habitação pode
ser um recurso anticíclico para
combater o desemprego.
As políticas urbanas, em espe-
cial para as favelas, precisam re-
pensar o desenho territorial pa-
ra lidar com as densidades de-
mográficas. Isso não implica
abrir mão do modelo “cidade
compacta” e suas vantagens, co-
mo a oferta de bens e serviços e
a convivência social. Trata-se
de “equilibrar a densidade po-
pulacional, ao invés de concen-

trar usos em determinados lo-
cais, como bairros exclusiva-
mente residenciais, áreas co-
merciais, distritos industriais”,
como disse a pesquisadora de
desenvolvimento sustentável
Patrícia Mariuzzo. “Uma cida-
de policêntrica, com múltiplas
centralidades, em que o uso
misto e a densidade habitacio-
nal são estimulados em todo o
território, é um modelo que po-
de tornar mais lenta a dissemi-
nação de doenças.”
Quanto aos assentamentos, a
remoção pode ser uma solução
tentadora, mas, além de não re-
mover as causas que os origina-
ram, em geral eles estão integra-
dos a vários aspectos da vida
dos moradores, como fonte de
emprego, distância do trabalho
e vida social. O melhor, sem
dúvida, é evitar o assentamento
ilegal. Mas, uma vez ocupado o
terreno, a prioridade deve ser a
regularização e o aprimoramen-
to. Desafios comuns incluem
quadros legais e regulatórios in-
suficientes, sistemas de titula-
ção corruptos, a desintegração
de proteções tradicionais ou a
falta de vontade política. Dadas
a magnitude e a complexidade
desse problema, as engrena-
gens políticas dificilmente se
moverão sem uma pressão mul-
tifacetada, contínua e consis-
tente da sociedade civil e suas
instituições representativas.
Em tempos normais, dir-se-ia
que não há esperança. Mas es-
tes não são tempos normais. A
pandemia despertou sentimen-
tos generalizados de interde-
pendência e solidariedade. Des-
perdiçar esta energia seria um
erro não só imoral, mas – em
vista de novas epidemias mais
do que prováveis – fatal.

O


presidente Jair
Bolsonaro deci-
diu recriar o Mi-
nistério das Co-
municações,
mas teria sido
melhor chamá-lo logo de Minis-
tério da Propaganda. “Creio ser
consenso nossa falha na comu-
nicação”, disse o próprio presi-
dente ao justificar a medida.
Ou seja, o futuro Ministério das
Comunicações, a julgar pelo
que disse Bolsonaro, não lidará
prioritariamente com o sistema
de comunicações do País, mas
com a propaganda das realiza-
ções do governo – que, no en-
tender do presidente, está dei-
xando a desejar.
A nova pasta vai incorporar a
Secretaria de Comunicação (Se-
com), responsável pela propa-
ganda oficial do governo e que
hoje está subordinada ao gene-
ral Luiz Eduardo Ramos, minis-
tro da Secretaria de Governo. O
secretário Fábio Wajngarten,
atual titular da Secom, será o se-
cretário executivo das Comuni-
cações. O presidente, portanto,
não estava descontente com o
trabalho de Wajngarten – que
frequentemente hostiliza a im-
prensa nas redes sociais –, pois
ele terá mais poder e recursos
para suas diatribes.
Mas o novo Ministério se pres-
tará também a atender a outras
prioridades de Bolsonaro, talvez
mais urgentes. A mais óbvia é a
ampliação de sua base no Con-
gresso para evitar o impeach-
ment. Por isso o cargo de minis-
tro das Comunicações foi entre-
gue ao deputado alagoano Fábio
Faria, que é do PSD, partido de
Gilberto Kassab. Bolsonaro jura
que sua escolha foi “pessoal”, e
não do cacique do PSD, e portan-

to não envolveu qualquer pro-
messa de apoio. Violentando a
inteligência de seus compatrio-
tas, o presidente quer realmente
fazer o distinto público acredi-
tar que seu Ministério não está
sendo loteado entre partidos co-
nhecidos por farejar presidentes
fracos para lhes vender votos
em troca de prebendas.
No caso das Comunicações,
trata-se de um prêmio e tanto.
Além da Secom, a pasta terá os
Correios, a Empresa Brasileira
de Comunicação e a Telebrás –
isto é, um extenso cardápio de
cargos a distribuir e de conces-
sões a administrar. Será res-
ponsável direta pelo desenho
de políticas públicas para os

serviços de radiodifusão e de
telecomunicações.
Para tomar conta de todo es-
se aparato, o presidente esco-
lheu ninguém menos que um
genro do empresário Silvio San-
tos, dono da emissora de TV
SBT. O próprio Bolsonaro, nu-
ma sinceridade comovente, dis-
se que “vamos ter alguém (no
Ministério) que não é profissio-
nal do setor, mas tem conheci-
mento até pela vida que ele tem
junto à família do Silvio San-
tos”. Ou seja, o “conhecimen-
to” do novo ministro, Fábio Fa-
ria, é sua relação familiar com
um dos empresários de comuni-
cação mais próximos do presi-
dente Bolsonaro.
Eis então que sobre o novo mi-
nistro já pairam dúvidas éticas
relevantes. Consta que o deputa-

do Fábio Faria mantém bom
trânsito com lideranças de vá-
rios partidos e que isso, mais
uma vez nas palavras do próprio
presidente Bolsonaro, teria sido
decisivo para sua escolha. “Eu
nem lembro qual o partido dele.
É um deputado federal. Que
tem um bom relacionamento
com todos. Ele entrou em conta-
to ali com várias lideranças parti-
dárias. (...) A aceitação foi excep-
cional, uma pessoa que sabe se
relacionar, e acho que vai dar
conta do recado.”
É bom saber que um ministro
consegue “se relacionar” com
“várias lideranças políticas”,
mas é difícil entender de que ma-
neira essa habilidade qualifica al-
guém a administrar o sistema
de comunicação do País – a não
ser que o trabalho do novo mi-
nistro não seja apenas o de admi-
nistrar o sistema, mas também
o de franquear o Ministério e
seus muitos e apetitosos cargos
a políticos interessados em para-
sitar um cambaleante governo.
Seja como for, o novo Minis-
tério da Propaganda terá de tra-
balhar duro para mudar a ima-
gem de um presidente que pro-
meteu solenemente governar
com apenas 15 Ministérios e
que terá 23 – ou 24, se for recria-
do o Ministério da Segurança
Pública, como se aventa em
Brasília. Em breve, a depender
da profundidade da crise e de
seu isolamento político, Bolso-
naro talvez chegue aos 39 Mi-
nistérios de Dilma Rousseff,
muitos dos quais criados para
serem distribuídos a partidos fi-
siológicos – os mesmos que ho-
je negociam com Bolsonaro –
em troca da salvação do manda-
to da presidente petista. Como
se sabe, foi em vão.

Hora de prorrogar a ajuda


ANTONIO CARLOS PEREIRA / DIRETOR DE OPINIÃO

Nova pasta se prestará
a atender a prioridades
mais urgentes do
presidente Bolsonaro

Fórum dos Leitores O ESTADO RESERVA-SE O DIREITO DE SELECIONAR E RESUMIR AS CARTAS. CORRESPONDÊNCIA SEM IDENTIFICAÇÃO (NOME, RG, ENDEREÇO E TELEFONE) SERÁ DESCONSIDERADA / E-MAIL: [email protected]


Notas & Informações


As favelas no pós-pandemia


Ao expor de maneira
radical a desigualdade, a
pandemia pede soluções
igualmente radicais

Ministério da Propaganda


lDesgoverno Bolsonaro
Omissão e reputação
Perfeita a colocação sobre os
militares no governo em Notas
& Informações de ontem. Leva
muito tempo para construir
uma reputação, mas é muito
rápido destruí-la. Não são ape-
nas más ações que destroem
reputações. A omissão também
as destrói. Diante de tanto des-
respeito à Constituição e à vi-
da, fico pasmo ao ver a inação
dos militares dentro e fora do
governo. Adicionalmente, acei-
tam pôr sua reputação em ris-
co ao consentirem na manipula-
ção de dados sobre a pandemia
e povoar o Ministério da Saúde
com leigos em saúde. Já que,
no meu entender, os militares
não agem, urge que movimen-
tos como Basta!, Todos Juntos
e outros se unam para evitar o
fim da democracia no Brasil.
MÁRIO CORRÊA DA FONSECA FILHO
[email protected]
SÃO PAULO


Retirada estratégica
“É igualmente triste, e preocu-
pante, que generais e coronéis
se disponham a assumir o jogo
sujo, sem nunca terem visto


uma curva epidemiológica, mas
prontos para a missão: bater
continência e cumprir as or-
dens do presidente que ne-
nhum médico decente cumpri-
ria” – Eliane Cantanhêde, 9/6.
Essa afirmação, vinda de uma
jornalista experiente e que co-
nhece a vida brasileira há mui-
tos anos, me preocupa. Apren-
di como aluno do curso de Ca-
valaria do CPOR de Curitiba
nos anos de 1962, já acadêmico
de Direito, a admirar profunda-
mente o Exército Brasileiro.
Oficiais da mais alta formação


  • como o subcomandante, te-
    nente-coronel engenheiro Ed-
    son Giordano Medeiros, herói
    da FEB – me ensinaram valores
    que até hoje guardo na alma:
    disciplina, hierarquia, civilida-
    de, coragem e respeito. Está
    mais que na hora de fazerem
    uma retirada estratégica do lu-
    gar onde nunca deveriam estar.
    MARCOS BRAZ
    [email protected]
    CURITIBA


Velha política em ação
Durou pouco a promessa de
campanha de Jair Bolsonaro de
ter, “no máximo”, 15 ministé-

rios. Com a nomeação de Fábio
Faria para a recém-recriada pas-
ta das Comunicações, agora já
são 23. Agradar ao Centrão e
faltar com a palavra dada pare-
cem ser a nova rotina do presi-
dente. Se isso não é “toma lá
dá cá”... Quem esperava mudan-
ças se decepcionou. E muito!
M. DO CARMO ZAFFALON LEME CARDOSO
[email protected]
BAURU

Expectativas frustradas
Passados 17 meses, o presiden-
te Bolsonaro ainda não disse a
que veio. A impressão que te-
nho é de que, surpreendido
com a vitória na eleição, qual
criança que deseja muito um
brinquedo, quando a ganhou
não soube o que fazer. Neste
ano, que por causa da pande-
mia já reputo perdido, seus elei-
tores, e até não eleitores, espe-
ravam uma coordenação dos
recursos federais, a interlocu-
ção com os governadores dos
Estados – também democratica-
mente eleitos – e, diferente-
mente do que ele afirma após
ter sido contrariado em deci-
são do STF, fazer a parte que
cabe ao ente federal na gestão

do SUS. Infelizmente, nada dis-
so tivemos. Dia após dia, estu-
pefatos, não percebemos enten-
dimento, coordenação nem se-
quer a inteligência de aprender
com as experiências alheias pa-
ra fazer diferente. O quadro
atual é de mais medo ainda,
com a retomada das atividades
nos Estados sem garantia de
segurança para a população.
Pensando politicamente, pode-
ria o presidente ter surfado na
onda da pandemia e agir de for-
ma a se cacifar para 2022, mas
nem isso soube fazer. Aguarde-
mos agora algum desfecho que
mude nossa História. Ou que
não sobrevenham mais dificul-
dades nos dois anos e meio
que ainda restam do mandato.
DEMERVAL PARAISO
[email protected]
RIO DE JANEIRO

Rei do gado
Votei nesse cidadão na esperan-
ça de ver cumpridas as tão so-
nhadas reformas eleitoral e tri-
butária e abolida a famigerada
e corrupta gestão petista. Mas
o que se vê é um sujeito des-
qualificado e incompetente
brincando de rei do gado. Cadê

a isenção de Imposto de Renda
para quem ganha até dez salá-
rios mínimos? Nem a correção
pela inflação da tabela progres-
siva foi feita, causando aumen-
to indireto na já elevada carga
tributária imposta à classe mé-
dia. E as privatizações? Ele que
não venha culpar a pandemia,
pois, ao que se saiba, nenhum
projeto foi encaminhado para
discussão. Nunca torci tanto
para o tempo passar rápido e
ver o fim desse desgoverno.
LUIZ ANTONIO AMARO DA SILVA
[email protected]
GUARULHOS

Queda do capitão
Água mole em pedra dura... Tu-
do é uma questão de tempo.
VIRGÍLIO MELHADO PASSONI
[email protected]
JANDAIA DO SUL (PR)

Troca de gentilezas
O presidente norte-americano,
Donald Trump, vai enviar para
o Brasil 2 milhões de doses de
cloroquina, para o combate à
covid-19. Em retribuição, o pre-
sidente brasileiro, Jair Bolsona-
ro, poderia enviar-lhe 2 mi-
lhões de doses de fosfoetanola-

mina, a “pílula do câncer”...
JOSÉ EDUARDO ZAMBON ELIAS
[email protected]
MARÍLIA

lEm São Paulo
Vacina anunciada
Parabéns ao governador paulis-
ta, João Doria, pelo anúncio da
nova vacina contra o novo coro-
navírus, já em fase final de tes-
tes. A vacina será produzida no
Instituto Butantan, em parce-
ria com um laboratório chinês.
A iniciativa do governador Do-
ria é uma aula de como o gover-
no pode e deve agir em benefí-
cio do País e do seu povo.
MÁRIO BARILÁ FILHO
[email protected]
SÃO PAULO

Feriado triplo
O nosso governador antecipou
o feriado de 11 de junho para
maio. E agora decretou ponto
facultativo para os funcionários
públicos estaduais nos dias 11 e
12! Nada como comemorar um
feriado três vezes... Para o po-
vo, a conta.
MILTON BULACH
[email protected]
CAMPINAS
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