O Estado de São Paulo (2020-06-20)

(Antfer) #1

O ESTADO DE S. PAULO SÁBADO, 20 DE JUNHO DE 2020 NotaseInformações A


O


governo de Jair Bolsonaro, ao
submeter a saúde e a educação
do Brasil a seus propósitos deleté-
rios, compromete o futuro de ge-
rações. Essas duas áreas, mais do
que quaisquer outras, são a essên-
cia da construção da cidadania. Um país de doen-
tes e semiletrados jamais alcançará um patamar
de desenvolvimento considerado satisfatório.
A degradação do Ministério da Educação tal-
vez seja o maior símbolo de um governo cujo es-
pírito é essencialmente destrutivo. O presidente
Bolsonaro, que vê comunistas em toda a parte,
entende que é preciso arruinar o sistema educa-
cional do País porque este, supostamente, está
dominado por doutrinadores de esquerda. Por is-
so escolheu a dedo seus ministros da Educação.
O primeiro foi Ricardo Vélez Rodriguez, que
durou exatos 97 dias no posto. Assumiu o cargo
dizendo que “Jair Bolsonaro prestou atenção à
voz entrecortada de pais e mães reprimidos pela
retórica marxista que tomou conta do espaço
educacional”. Sua curta gestão foi marcada por
tropeços, mal-entendidos e descontrole, e Vélez
Rodriguez acabou demitido por Bolsonaro por-
que, segundo o presidente, “não tinha essa exper-


tise com ele”. Ou seja, Bolsonaro levou pouco
mais de três meses para perceber o que todos já
sabiam no instante em que o nome de Vélez Ro-
driguez foi anunciado – que ele não tinha a me-
nor tarimba para ser ministro da Educação.
Tendo uma segunda chance pa-
ra acertar em área tão sensível,
Bolsonaro dobrou a aposta na me-
diocridade e no destempero e co-
locou no Ministério o economis-
ta Abraham Weintraub. Ao longo
dos 14 meses de sua passagem pe-
la pasta, Weintraub fez exatamen-
te o que o presidente esperava:
transformou o Ministério da Edu-
cação em cidadela da guerra ima-
ginária do bolsonarismo contra o
“marxismo cultural”.
Enquanto se empenhava em de-
sorganizar a educação, Wein-
traub assombrava o País com suas seguidas gros-
serias contra universidades, professores e até go-
vernos estrangeiros – isso sem falar dos espanto-
sos erros de português em suas diatribes nas re-
des sociais. Era, portanto, a expressão mais bem
acabada do bolsonarismo – tanto que o presiden-

te, em meio à saraivada de críticas ao ministro,
disse que, “no meu entender, ele (Weintraub) es-
tá sendo excelente” e, “se tem jornalistas critican-
do, é porque está indo bem”.
Weintraub fez tão bem seu trabalho, confor-
me as expectativas de Bolsonaro
e dos bolsonaristas, que se indis-
pôs com a República inteira, espe-
cialmente com o Supremo Tribu-
nal Federal (STF) – de cujos mi-
nistros pediu a prisão, chamando-
os de “vagabundos” durante infa-
me reunião ministerial. A dura
reação do STF contra Weintraub
obrigou Bolsonaro a afinal demi-
tir seu fidelíssimo sabujo, para
tentar reduzir sua já extensa lista
de problemas com a Justiça e
com outros Poderes.
Ou seja, Weintraub não foi exo-
nerado por sua gritante incapacidade de exercer
a nobre função de ministro da Educação, tampou-
co por ter tratado a comunidade acadêmica e
científica como inimiga; ele perdeu o emprego
em razão dos cálculos políticos do acossado pre-
sidente. Por isso, nada indica que o próximo mi-

nistro venha a ser muito melhor do que Wein-
traub, porque é improvável que o presidente de-
sista de sua guerra ao intelecto e à razão – sabo-
tando os esforços de milhares de educadores pa-
ra dar aos jovens brasileiros condições mínimas
de participação ativa na vida nacional.
Essa irracionalidade militante do bolsonaris-
mo se reflete também na área de saúde. Temos
um presidente que afronta a ciência, estimulan-
do comportamento irresponsável dos seus conci-
dadãos em meio a uma pandemia e recomendan-
do o consumo de remédios sem eficácia compro-
vada, mas com graves efeitos colaterais. Temos
um chefe de governo que demitiu dois ministros
da Saúde justamente porque estes se recusaram
a cumprir suas ordens irresponsáveis – o atual,
um general, aceitou até mesmo manipular núme-
ros da pandemia para que seu comandante pu-
desse dizer por aí que o total de mortos é muito
menor do que os governos estaduais informam e
que o País já deveria ter “voltado ao normal”.
Bolsonaro, em resumo, baseia-se nas fake news
que circulam furiosamente nas redes bolsonaris-
tas para nortear a política oficial de saúde.
Enquanto isso, o número de casos confirma-
dos de covid-19 no Brasil passou de 1 milhão.

N


ada melhor que
um novo corte
de juros para
acompanhar um
novo tombo da
economia, quan-
do a reação imediata depende
do Banco Central (BC). Corta-
dos na quarta-feira, os juros
básicos passaram de 3% para
2,25% ao ano, a menor taxa da
série histórica. O serviço foi
completado na manhã seguin-
te, quando a instituição publi-
cou seu Índice de Atividade
Econômica (IBC-Br). Em abril
o indicador despencou 9,73%,
chegou ao menor nível desde
2006 e ficou 15,09% abaixo do
ponto registrado um ano an-
tes. Em março havia caído
6,16%, refletindo o primeiro
impacto da pandemia no con-
sumo e na produção de bens e
serviços. Divulgado mensal-
mente, o IBC-Br é usado como
prévia do Produto Interno Bru-
to (PIB), calculado a cada três
meses pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IB-
GE). Os números podem diver-
gir, mas o cálculo do BC é geral-
mente um bom sinalizador do
estado de saúde da economia e
de sua tendência.
O corte de juros foi anuncia-
do no começo da noite de quar-
ta-feira pelo Copom, o Comitê
de Política Monetária do BC.
O mau estado da economia,
dentro e fora do País, aparece
no início da nota distribuída lo-
go depois da reunião. A contra-
ção no segundo trimestre deve
ser maior que no primeiro, in-
forma o comunicado. Além dis-
so, “a incerteza permanece aci-
ma da usual sobre o ritmo de
recuperação no segundo se-
mestre deste ano”. Quanto à in-


flação, todas as projeções apon-
tam trajetória moderada em
2020 e no próximo ano. Há ris-
cos, como sempre, e até maio-
res que o usual, mas há espaço
para novo afrouxamento da po-
lítica. Mais que isso, a conjun-
tura “continua a prescrever es-
tímulo monetário extraordina-
riamente elevado”. A resposta
concreta é mais um corte de
0,75 ponto porcentual.
Qual o próximo passo? A
maior parte do mercado havia
previsto a redução oficializada
na reunião do Copom. Em seu
comunicado, o comitê deixou
espaço para mais uma redução
da taxa. Se houver mais um
ajuste, “será residual”, segun-

do a nota. Essa possibilidade
foi comemorada no mercado,
na quinta-feira de manhã. Ao
meio-dia o Ibovespa, principal
índice da bolsa, subia 1,53%.
Mas investidores também cele-
bravam, segundo a Agência Es-
tado, o novo IBC-Br: o merca-
do havia previsto uma queda
de 11%, mas o tombo havia fica-
do em 9,73%. Mais cedo, os ne-
gócios haviam recuado, em rea-
ção à captura de Fabrício Quei-
roz, ex-assessor de Flávio Bol-
sonaro, senador e filho do pre-
sidente. Mas notícias mais
atraentes prevaleceram no res-
to da manhã, incluída a queda
do IBC-Br, próxima de 10%,
mas inferior aos 11% previstos
no mercado.
Essa leveza de humor parece
ter faltado aos membros do Co-

pom, no dia anterior, a julgar
pela nota distribuída. A previ-
são de um estímulo meramen-
te “residual”, numa próxima
reunião, contrasta com a ad-
missão de muita incerteza so-
bre a recuperação no segundo
semestre. Novas decisões de-
penderão, indica o final da no-
ta, de revisões do cenário eco-
nômico, da evolução da pande-
mia e de “uma diminuição das
incertezas no âmbito fiscal”.
Em notas anteriores, o com-
promisso com a pauta de ajus-
tes e reformas foi mencionado
como condição para o afrouxa-
mento monetário. Além disso,
a ata da reunião de maio já ci-
tou, com destaque, a importân-
cia dos dados da pandemia pa-
ra as novas decisões. Mas pare-
ce haver, agora, algo mais que
uma repetição. A extensão do
estrago no segundo trimestre
está mais clara. Além disso, a
incerteza sobre o ritmo da re-
cuperação é indicada com
maior ênfase. A referência à
“diminuição das incertezas no
âmbito fiscal” parece ganhar
peso como contraponto: ape-
sar das dúvidas sobre a recupe-
ração econômica e a evolução
da doença, a insegurança sobre
o ajuste fiscal permanece co-
mo entrave possível aos estí-
mulos. Mais detalhes sobre o
assunto envolveriam, pode-se
supor, uma inconveniente inva-
são do território político.
Juros baixos facilitam a ges-
tão da enorme dívida pública e
a reativação econômica. Juros
dependem, no entanto, das
perspectivas de inflação e da
confiança do mercado na políti-
ca econômica. É essa a adver-
tência. O presidente Bolsona-
ro deveria levá-la em conta.

O


colapso dos sis-
temas sanitá-
rios latino-ame-
ricanos toma-
dos de assalto
pelo coronaví-
rus expõe da maneira mais bru-
tal o fato de que os países gas-
tam pouco e gastam mal com
saúde, obrigando os cidadãos
que podem a consumir boa
parte de sua renda com siste-
mas privados custosos, e au-
mentando a distância em rela-
ção aos desvalidos. Ainda to-
mará um tempo para o cômpu-
to dos custos humanos, sociais
e econômicos da covid-19, mas
sem dúvida serão catastrófi-
cos, tanto mais que os altos
índices de desigualdade e infor-
malidade na região a vulneram
mais do que acontece em ou-
tras partes do mundo. A radio-
grafia da Organização para
Cooperação e Desenvolvimen-
to Econômico (OCDE) – Um
Olhar sobre a Saúde: América La-
tina & Caribe – expõe as escan-
dalosas comorbidades da estru-
tura sanitária na região.
Em 2017, os gastos com saú-
de na América Latina foram de
US$ 1.000 por pessoa, apenas
¼ dos gastos dos países da OC-
DE. A América Latina investe
6,6% do PIB com saúde, en-
quanto a média da OCDE é de
8,8%. Os gastos públicos e com
seguros obrigatórios represen-
tam 54,3% do total, significati-
vamente menos do que os
73,6% na OCDE. Isso mostra o
quanto a saúde na América La-
tina depende das despesas pes-
soais de seus cidadãos. Dos gas-
tos totais, 34% vêm dos bolsos
dos latino-americanos, enquan-
to a média na OCDE é de 21%.
Tudo isso resulta em baixa

capacidade de atendimento e
serviços ineficientes. Para cada
1.000 pessoas, a região tem 2
médicos e 2,1 leitos – a média
na OCDE é de 3,5 médicos e 4,
leitos. Antes da covid-19, a mé-
dia de leitos de UTI em 13 paí-
ses latino-americanos coteja-
dos era de 9,1 para cada 100 mil
habitantes, muito abaixo da
OCDE: 12 leitos. O Brasil é um
dos poucos países acima dessa
média. Contudo, apenas 40%
das UTIs são geridas pelo SUS.
Como no resto da América La-
tina, a maioria das UTIs é da re-
de privada e está concentrada
nas áreas urbanas mais ricas.
A OCDE alerta que “a aloca-
ção precária de recursos na saú-

de está desacelerando, se não
paralisando, o progresso rumo
à cobertura universal de saú-
de”. Por exemplo, os sistemas
de informação – essenciais pa-
ra responder com agilidade a
crises sanitárias agudas como a
atual pandemia – são severa-
mente defasados. Em 22 países
cotejados, 10% de todas as mor-
tes não são computadas nos re-
gistros de mortalidade. Esta
opacidade não só prejudica o
diagnóstico das condições sani-
tárias da população, como é
um convite à corrupção. Com
efeito, uma pesquisa em 12 paí-
ses revela que 42% dos entrevis-
tados consideram os sistemas
de saúde corruptos. O pânico
social e as necessidades impos-
tas pela pandemia – como me-
didas decididas no afogadilho e

compras não licitadas – podem
agravar este quadro. No Brasil,
a cada dia despontam novos in-
dícios de fraudes na aquisição
de respiradores, medicamen-
tos e outros insumos.
O resultado é uma popula-
ção repleta de comorbidades
e vulnerável a todo o tipo de
moléstias. Muitos países não
atingem os níveis mínimos de
imunização, expondo a popu-
lação a surtos de doenças evi-
táveis, como o sarampo, que,
no Brasil, tem crescido alar-
mantemente. Isso indica as di-
ficuldades que a região encon-
trará para disponibilizar a fu-
tura vacina para a covid-19 à
população. De resto, há uma
série de fatores de risco críti-
cos. A obesidade afeta 8% das
crianças com menos de 5
anos, 28% dos adolescentes e
quase 60% dos adultos, au-
mentando os riscos de doen-
ças crônicas ou infecciosas,
como a covid-19.
A OCDE enfatiza alguns de-
safios para que os sistemas so-
brevivam à pandemia e se pre-
parem para futuros surtos:
concentrar atenção na vigilân-
cia de outras doenças infec-
ciosas; alavancar soluções di-
gitais para detectar e tratar a
covid-19; coordenar esforços
com outros setores como fi-
nanças, educação ou transpor-
te para otimizar recursos e
subsidiar as decisões; e pro-
mover a cooperação interna-
cional para pesquisa e desen-
volvimento. Em todas essas
medidas é essencial levar em
conta as desigualdades crôni-
cas para, na medida do possí-
vel, compensá-las com uma
distribuição de recursos mais
equitativa.

Um desastre de gerações


ANTONIO CARLOS PEREIRA / DIRETOR DE OPINIÃO

A região gasta pouco
e mal, agravando
as desigualdades e a
letalidade do vírus

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Notas & Informações


Política de juros e incerteza política


Queda de 9,73% da
prévia do PIB foi bem
assimilada. Mercado
havia previsto 11%

Os sistemas de saúde latino-americanos


lCorrupção
Nó em pingo d’água
Quem nunca ouviu a expressão
“dar nó em pingo d’água”,
quando se quer arrumar uma
solução impossível para algum
acontecimento? Pois bem, o clã
Bolsonaro deve estar procuran-
do uma cachoeira para tentar
justificar os casos envolvendo
Fabrício Queiroz, as milícias e
o gabinete do ódio, só para ci-
tar alguns assuntos em evidên-
cia. Por mais que eles neguem
seu envolvimento, fica eviden-
te a preocupação de se descola-
rem do velho amigo, basta ver
que, após saber da prisão do
companheiro, o presidente con-
vocou rapidamente os minis-
tros generais, mais o da Justiça
e o advogado-geral da União
para tentar achar uma saída
para o que vem pela frente.
PAULO HENRIQUE ANDRADE
[email protected]
SÃO PAULO


Caiu o primeiro
Será que os dominós cairão na
trilha...? A ver.
NELSON M. DE ABREU SAMPAIO JUNIOR
[email protected]
CURITIBA


Queda do império
Em seu desdém peculiar, o pre-
sidente da República afirmou:
“Parecia que estavam prenden-
do o maior bandido da Terra”.
Certamente não é o maior ban-
dido da Terra nem do Brasil,
mas se o Queiroz abrir a boca
vai provocar a queda do impé-
rio Bolsonaro. Simples assim.
MAURÍCIO LIMA
[email protected]
SÃO PAULO

Devaneio
Presidente, não estica. Acorda!
CÉSAR GARCIA
[email protected]
SÃO PAULO

Homizio
Perguntar não ofende: por que
o advogado de Flávio Bolsona-
ro “hospedou” o Queiroz por
tanto tempo e em segredo abso-
luto? Ou seria por quanto...?
MARIA ÍSIS M. M. DE BARROS
[email protected]
SANTA RITA DO PASSA QUATRO

Pergunta que não cala
Já há bolsa de apostas em tor-
no da pergunta: depois do
Adriano da Nóbrega, morto na

Bahia, quanto tempo o Fabrício
Queiroz tem de vida?
IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO
[email protected]
SÃO PAULO

Rachadinhas
São muitos os deputados consi-
derados suspeitos por terem
praticado a chamada rachadi-
nha na Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro. A grande
maioria está envolvida, e com
valores até superiores aos atri-
buídos a Flávio Bolsonaro du-
rante o mandato de deputado
estadual. Em sendo comprova-
do o envolvimento de Flávio,
nada mais justo que sua puni-
ção. Entretanto, mandatória se
torna uma satisfação à socieda-
de pelo andamento dos inquéri-
tos dos demais parlamentares
suspeitos da mesma prática e
com valores muito superiores.
Com a palavra o Ministério Pú-
blico e o Poder Judiciário.
JOMAR AVENA BARBOSA
[email protected]
RIO DE JANEIRO

lDemissão de Weintraub
Ciumeira
Não tenhamos a mínima dúvi-

da quanto ao real motivo de o
sr. Abraham Weintraub deixar
o Ministério da Educação. A
par de sua inequívoca incompe-
tência e total inaptidão para
cargo de tal envergadura, com
toda a certeza o que realmente
pesou foi ter ele começado a
aparecer, sem máscara, em ma-
nifestações com bolsonaristas,
sair acenando para eles e ser
ovacionado. Isso é tudo o que
Bolsonaro não admite, alguém
que lhe faça sombra. Estrela,
no governo, só ele.
HUGO JOSE POLICASTRO
[email protected]
SÃO CARLOS

‘Imprecionante’!
Os danos que Abraham Wein-
traub causou na área da educa-
ção pouco significaram no seu
processo de demissão. Efetiva-
mente, a tentativa do governo
é de abrigá-lo. Apesar de escre-
ver impressionante com c e di-
zer que odeia povos indígenas,
foi indicado para representar o
Brasil no Banco Mundial. Até
quando, parafraseando Rui Bar-
bosa, veremos triunfar as nuli-
dades e prosperar a desonra?
VALTER VICENTE SALES FILHO

[email protected]
SÃO PAULO

Calinadas
Assim é fácil estar nesse gover-
no. O cara da Educação, que
não tem nenhuma, sai do minis-
tério e ganha como prêmio car-
go no Banco Mundial, em Nova
York. Que besteiras nos espe-
ram no futuro próximo? Pois
se nem português ele sabe fa-
lar, como vai fazer em inglês?
Será uma série de besteiras e
ataques a pessoas e outros go-
vernos, como ele já fazia aqui.
JOSÉ CLAUDIO CANATO
[email protected]
PORTO FERREIRA

Punição
O sr. Abraham Weintraub, que
nunca deveria ter sido nomea-
do para nenhuma função minis-
terial, sai do seu posto depois
de ter causado imenso prejuízo
à educação no Brasil. O já pre-
cário Ministério da Educação
teve em seu comando uma pes-
soa totalmente desqualificada,
com temperamento descontro-
lado. Mas ele era perfeito para
o clã Bolsonaro, para o qual a
falta de educação e o desprepa-

ro são qualidades. Já a job des-
cription para o Banco Mundial é
outra. E quem disse que esse
sr. Weintraub, que só provocou
males para o Brasil, tem de ser
premiado com um posto no
exterior? Ele não tem de ser
premiado por nada, não, ao
contrário, tem é de ser punido
pelos tantos males, ofensas,
perdas e danos que causou.
MARTA LAWSON
[email protected]
SÃO PAULO

lNossas Forças Armadas
Missão constitucional
O artigo O Exército dos brasilei-
ros (19/6, A2), do general
Alberto Cardoso, coloca a For-
ça Terrestre no lugar devido.
E nessa posição estabelece em
nós, civis, admiração, orgulho
e a tranquilidade de podermos
contar com a responsabilidade
das Forças Armadas sempre
na defesa permanente da Pátria
nos exatos termos constitucio-
nais, independentemente de
governos momentâneos e ar-
roubos políticos.
ADEMIR VALEZI
[email protected]
SÃO PAULO
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