Valor Econômico (2020-06-23)

(Antfer) #1

JornalValor--- Página 12 da edição"23/06/2020 1a CAD A" ---- Impressapor ccassiano às 22/06/2020@21:20:


A12|Valor| Te rça-feira, 23dejunhode 2020


Política


CongressoGovernoresolveabandonarPECemergencialevaidesistirdeextinçãodemunicípiosmenores


Proposta de pacto federativo será refeita


VandsonLima


DeBrasília


Ogoverno vai abandonar a


propostade emenda àConstitui-


ção (PEC)que prevê uma série de


gatilhos para cortede despesase


readequação orçamentária de


União, Estadose municípios—a


chamada PEC emergencial.Tam-


bém fará uma grande reformula-


ção na proposta do chamado


Pacto Federativo,que teráum


formato maisenxuto eexcluirá


medidas controversas, comoa


extinçãode municípiosmenores


ecom arrecadaçãoprópriainfe-


riora10%doOrçamento.


AoValor,apresidenteda Co-


missão de Constituição eJustiça


(CCJ) do Senado,SimoneTebet


(MDB-MS)relatouque, apósreu-


niõescom o ministroda Econo-


mia,PauloGuedes,eopresiden-


te do Senado, Davi Alcolumbre


(DEM-AP),foi tomada a decisão.


“Vão unificara PEC emergencial


e a do pactofederativo em uma


só.APECemergencialvai sumire


alguns pontos dela serãoagrega-


dos à outra”. OsenadorMárcio


Bittar(MDB-AC),aliadodo go-


verno eque já éorelatorda PEC


do Pacto, ficará com a proposta


unificada,cujoconteúdoainda


estáemdiscussão.


APEC do pacto federativo já


traz em seu textogatilhos que


também constam na PEC emer-


gencial. Arepetição era justa-


mente porque se imaginava,


quandodoencaminhamentodas


propostasno ano passado,que a


emergencial, maisespecífica, se-


ria aprovada rapidamente,en-


quanto a do pacto,bem mais am-


pla,teriaumatramitaçãolonga.


No fim do ano passado, o líder


do governo no Senado, Fernando


Bezerra Coelho (MDB-PE) previa


que as três propostas do pacote


MaisBrasil —PEC emergencial,


PEC do pactofederativo e a PEC


que extingue fundos públicos —


estariam aprovadas em definitivo


peloCongressoNacionalatéjulho.


As dificuldades impostas pelade-


sarticulaçãoda gestãodopresi-


dente Jair Bolsonaro começaram a


comprometerocronograma, que


desmoronou de vez com apande-


miadonovocoronavírus.


Ogovernoestimavaumaecono-


mia de aproximadamenteR$ 6 bi-


lhões com a aprovação PEC emer-


gencial, que tinhacomoumade


suas prerrogativas oequilíbrio fi-


nanceiro de Estados emunicípios.


AurgênciadapandemiafezoCon-


gressoNacionalempurrar para a


conta da União um gasto 10 vezes


maior, de R$ 60 bilhões para aju-


darosentesfederativos.


Em seu parecer da PEC emer-


gencial, o senador OriovistoGui-


marães (Podemos-PR) havia pro-


postouma série de inovações, co-


mopagamentodeumbônusaser-


vidores públicos em caso de atin-


gimento de superávit.Dificilmen-


te essamudança será agregada,


atendo-seonovotextodopactofe-


derativo arepisar propostas como


proibiçãode concursos públicos,


suspensão temporária de promo-


çõesereduçãodajornadaesalário


do funcionalismoem até 25% em


casodeemergênciafiscal.


Proposta que maisavançou do


trio, a PEC que dá prazo de dois


anos para extinção de fundos pú-


blicos deve ser retomadaem agos-


to,quando os trabalhosdo Con-


gressovoltaremaserpresenciais.A


medida sofreuforte desidratação


em relação ao texto original. Para


chegaraumacordo,orelator,Otto


Alencar(PSD-BA),aceitou retirar


da revisãosete fundos, que terão


suapermanênciagarantida.


Excluídosdopentefinoestesso-


mam,pelo menos, R$ 91,4 bilhões


emcaixa.Ogovernoesperavautili-


zar cercade R$ 220 bilhões que es-


tão em 248 fundos para oabati-


mentoda dívida pública.Com as


emendas, o valor será substancial-


mente menor, de aproximada-


menteR$130bilhões.


Segundo Tebet, o governo foca-


ránocurtoprazoemprojetosmais


factíveis. O novomarco do sanea-


mento básico,aservotado ama-


nhãpeloSenado, éumadaspriori-


dades.Outraéaautonomiaformal


do BancoCentral, em pauta na Câ-


marados Deputados. “Esses proje-


tostêm impacto imediatonaeco-


nomia.Tambémestãoestudandoa


unificaçãode algunsprogramas


sociais”,relataasenadora.


Sobreareforma tributária, ase-


nadora diz que Guedes está ciente


de que oideal é umaproposta


igualmentemaisconcisa.“Comtu-


do que está acontecendo, pande-


mia, fragilidadedo governo, elei-


ção municipaldaqui a poucos me-


ses, Guedesconcordaque o me-


lhor é aprovar uma reforma enxu-


ta e mexer em outras questões


apósadisputaeleitoral”.


ONG infla mortes para


ampliar uso de cadeirinha


RaphaelDi Cunto


DeBrasília


Patrocinadaporfabricantesde


cadeirinhas paracarros, a ONG


CriançaSegurainflou o número


de mortospela falta do dispositi-


vodesegurançaenquantodefen-


dia,naCâmara,amanutençãoda


multapara quem nãousar o


equipamento, alémde torná-lo


obrigatórioaté os dez anosde


idade (hojea exigênciaéaté sete


anose meio).A mudança ga-


nhouapoioentre os deputadose


deveseraprovadahoje.


Em audiência pública na Câma-


raparadiscutiroprojetodogover-


no que acabacom amulta, age-


rente-executiva da ONG, Vânia


Schoemberner,exibiu vídeo de


umacriança que ficounuma ca-


deira de rodas e disse que isso


ocorreu antes da cadeirinhaser


obrigatória (em 2010). “Apesar de


sequelado, o Gabriel sobreviveu.


Mashoje,no final do dia, três


crianças vão morrer pelo não uso


do dispositivo de segurança”, dis-


se.“A genteprecisasimdefiscaliza-


ção epuniçãopara que ousodesse


equipamentorealmente proteja a


vidadasnossascrianças”,afirmou.


Dadosdo Ministérioda Saúde,


contudo, apontamque nemse


somadas todasas mortesem aci-


dentescomveículos(incluindo


em barcos,aviões, trense até ca-


valos)onúmeroseriaassimtão


alto: foram599 criançascom até


noveanosmortas em 2018,mé-


dia de 1,6 por dia. Onúmeroé


quaseo mesmode óbitospor


afogamentos(596).A contada


entidadesó fechase incluídas


menoresde até 14 anos—grupo


quenãoprecisadecadeirinha.


Aquelas com aténove anos que


morreram como passageiras de


carros —e, portanto, poderiam ser


salvas pelos equipamentos de re-


tenção—foram212 em 2018,de


acordocom oSistema de Informa-


ções sobre Mortalidade do minis-


tério. Ao divulgar os dados para a


Câmara,aONG—emparceriacom


a Sociedade Brasileira de Pediatria


(SBP)—incluiutambémóbitosem


moto,ônibus ecaminhonete (que


só usa cadeirinhasefor cabinedu-


pla). Dados incorretos também fo-


ram divulgadosem estudoseen-


trevistasparaaimprensa.


Onúmero,de fato,vem cain-


do,mas o equipamentonão po-


de ser considerado oúnico moti-


vo,comoalardeadopelaONG.As


internaçõesno SistemaÚnicode


Saúde(SUS)diminuíramem to-


das as faixasde idade,e não ape-


nas paraas que usamcadeiri-


nhas.As mortes de criançasem


carroscaíram 30%de 2010a


2018,em movimentoparecido


comas da populaçãoem geral


(quedade20%), mas houveanos


de oscilaçõeseaté de alta. Ototal


de acidentesde trânsitoque viti-


maramcrianças tambémdimi-


nuiubemmais:45%.Desde2010,


JuscelinoFilho:“Estamoscolocandoalgumasdiretrizes.Te m queprimeiro pensarnavidae nasegurança”


NAJARAARAUJO/CÂMARADOSDEPUTADOS

Tributação sobre renda ficará fora de PEC


RaphaelDi Cunto e


CristianeAgostine


DeBrasíliae SãoPaulo


OpresidentedaCâmaradosDe-


putados, Rodrigo Maia(DEM-RJ),


afirmouontem que a reforma tri-


butária sobre arendaserá tratada


porumacomissãoàparte,quenão


estaráligadaao colegiadojá em


funcionamento paradiscutir as


propostas de emenda constitucio-


nal (PECs) que unificam impostos


sobrebenseconsumo.ParaMaia,a


PEC teráum textoprontopara re-


tomar a votação na Câmara na se-


gundaquinzenadeagosto.


“A gentepode entrar nessa dis-


cussão da questão da renda, é só


organizar outro grupo de traba-


lho,outracomissão entreosdepu-


tados,paraquenãosedesorganize


um debate que vem ocorrendo há


algum período[sobre aPEC]”, dis-


se Maia,ao participar de “li ve” do


portal“CongressoemFoco”.


AoValor, Maiaexplicou que é


necessáriaumacomissãonova


porque a tributaçãosobrea ren-


da será tratadapor projetode


lei, enão por umaPEC. “A refor-


ma do consumoestá dada[pelo


Congresso].Émuito importante


ogovernoencaminharadaren-


da”,comentou.Entreos itensa


seremtratados, disse,estãoas


deduções comgastosem saúde


no impostode renda,que bene-


ficiam principalmente os que


ganham maisde R$ 33 mil.


O presidente da Câmara, contu-


do,alertouqueareformanãodeve


ser utilizada para aumentar a arre-


cadação.Maiaafirmouqueaclasse


médiabrasileira não tem aforça


que tem em outros países ejá paga


uma alta carga tributária. “O Brasil


precisa organizar as suas despesas


para não acharque a reforma tri-


butária vai gerargrande mudança


na arrecadação. Se oBrasil crescer,


claroque aumenta, mas não pode-


mos esquecer que as despesas pú-


blicasestão numtamanho que é


um sacrifício paraos brasileiros


suportarem”,comentou.


A assessora especialdo Ministé-


rio da Economia paraa reforma


tributária, VanessaCanado,parti-


cipou da “live” e afirmouque nas


próximas semanas o ministroda


Economia, Paulo Guedes, deve


adiantarpontosdos planos. “Em


termosde princípio, de onde a


gente quer chegar, é muito difícil


que Congresso e governo não se


entendam”,disse. Vanessa desta-


cou que não bastamexer nas alí-


quotas do imposto de rendapara


tornar atributação maisjustaeé


preciso avançar sobre outras for-


masderendimentos.


Depois de participar da “live”,o


presidente da Câmara criticou os


ataquesaoJudiciárioeaoLegislati-


vo como“in aceitáveis”edisse que


essas ações, patrocinadas por


apoiadores de Jair Bolsonaro,têm


como objetivo colocar as institui-


çõesem posiçãodesubserviência.


Maia classificou o entorno do go-


vernocomo “muito radical” e, em


crítica indireta ao presidente, afir-


mouque quemjurourespeitara


Constituição não deveparticipar


deatoscontraademocracia.


Ao participarde umapalestra


virtual sobre “Democracia e inde-


pendência do legislativo”, promo-


vidapelaFrenteAssociativadaMa-


gistratura e do Ministério Público,


maiacitourecentes atos contra o


Supremo Tribunal Federal. “Essas


agressões que oSupremo passa,


que o Judiciário passa, que o Parla-


mentopassa,têmsempreointuito


de nos colocar emposiçãodesub-


serviênciaaumaposição,quemui-


tas vezesnão éamajoritária no


nosso país”, afirmou.“Nãose pode


desrespeitaradecisãodopoderJu-


diciário. Na democracia não pode


acharque só as decisões que são a


nossofavorsãoascorretas.”


Enfrentamentoà covid-


dominapautade votações


DeBrasília


A CâmaraeoSenado pautaram


para votaçãoestasemana dez pro-


postascom relevância econômica e


que tem alta chance de aprovação


nos próximos180 dias, segundo


projeção do EstudosLegislativos e


Análise Políticado Centro Brasileiro


de Análise ePlanejamento (Ce-


brap/Ello)paraoValorPolítica.


Apauta com chance de aprova-


ção étoda ligadaao enfrentamento


à covid-19 e seus reflexosna econo-


mia. Entre as propostasestão oso-


corroàs empresasaéreas nacionais,


regulamentaçãode desconto para


receber precatóriosfederais, sus-


pensão de pagamentos do Minha


Casa,MinhaVidaemudançasnatri-


butação de investimentosde socie-


dadecontrolada domiciliadano ex-


terioremrazãodevariaçãocambial.


Duasdasdezpropostassãodeau-


toria do governo:aMedida Provisó-


ria 930, sobreas mudanças na tribu-


tação em razão da variaçãocambial,


e aMP 925, com ações de socorro a


empresasaéreasepassageiros.


Osdeputadostambémanalisam


projeto para regulamentaroacor-


do diretoparapagamentocom


desconto ou parceladode precató-


riosfederais. Outroprojeto com al-


tachancedeaprovaçãoéoquesus-


pende o pagamento das parcelas


do financiamento imobiliário do


Minha Casa Minha Vida durante o


períododecalamidadepública.


Aprobabilidadede aprovação


dos projetosécalculada pelo Ce-


brap/Ellocom base nummodelo


estatísticosobreo históricode


votaçõesdesde1988.


ODecisãoLegislativaéumserviço


exclusivo, desenvolvido em parceria


com o Cebrap/Ello,para acompa-


nharo processodecisóriono Con-


gresso Nacional sobretemas rele-


vantesparaaeconomia.(RDC)


Senado deve analisar hoje mudança na data das eleições


DeBrasília


OSenadovotaráhojeapro-


posta de emenda constitucional


(PEC) paraalteraradata da rea-


lização das próximas eleições


municipais,por contada pande-


mia da covid-19.


Após audiência pública vir-


tual ontem, com participação de


ministrosdo TribunalSuperior


Eleitoral(TSE)e especialistas em


saúde, alémde um fim de sema-


na de seguidasreuniões com li-


derançasdo Congresso Nacional


e advogadoseleitorais,osena-


dor WevertonRocha(PDT-MA)


prometeu finalizar otexto a


tempo de votá-lahoje.


Oconsensoformadoédeadia-


mentodas datasdo pleito, pas-


sando 1


o
e

o
turnos,que seriam

realizados em 4e25 de outubro,


para os dias 15 de novembro e 6


dedezembro.Asconvençõespar-


tidáriasaindaestãoem discus-


são,masapropostaerapassarem


para o períodode 28 de agostoa


8de setembro.Aexpectativaéde


que o novocalendárioofereça


maistempoparaumadiminui-


çãononúmerodecasosdecovid-


19, proporcionando condições


sanitáriasmaisseguras.


Na audiência, o ministroLuís


Roberto Barroso, que preside o


TSE, rechaçou a possibilidade de


não se realizar a eleição, estenden-


do os mandatos atuais até 2022.


“Do pontode vista constitucional,


é inviável e indesejável. Ovoto se-


cretodireto eperiódico écláusula


pétrea. A única possibilidade ése


chegardezembroeosespecialistas


disserem que isso é dramático do


pontode vista da saúdepública”.


As eleições municipaisdeste ano


custarãoR$1,1bilhão.


Senadores também levanta-


ram outraspossibilidades, como


realizaropleito em dois dias, pa-


ra evitaraglomerações. Isso, con-


tudo, teriaum custoestimado


em maisR$ 191 milhões,pon-


tuouopresidentedoTSE.


Barrosodescartouaindaapossi-


bilidade de, excepcionalmente, o


voto serfacultativo este ano. “Nós


no TSE consideramosque,num


mundoideal, ovoto vai um diaser


facultativo. Masno estágio atual


da democracia brasileira, ainda


consideramosque o voto, alémde


um direito do cidadão, deveser


tambémumdevercívico”.


Oministroressaltou,contudo,


anecessidadede um dispositivo


paraque eleitorescommaisde


60 anosequenão tenhamcondi-


ções de ir ao local de votaçãopor


causada pandemiafiquemisen-


tosdopagamentodemulta.


No casode cidadesonde a


pandemia ainda não permita


condiçõessegurasnasdatasmar-


cadas,umaeleiçãosuplementar


poderáser marcadapela justiça


eleitoral.(VLeRDC)


houvedoisendurecimentosna


Lei Seca,obrigatoriedadede exa-


mes toxicológicosem caminho-


neirose a exigênciade freioABC


eairbagemcarrosnovos.


AssugestõesdaONGforamaca-


tadaspelo relator do projeto,de-


putado Juscelino Filho (DEM-MA),


que propõeouso até dezanos ou


1,45 metro. OConselho Nacional


de Trânsito (Contran) regulamen-


tará as exceções —hoje, táxis, vans,


caminhonetessimpleseônibus.


O governosugeriumantera


obrigatoriedadede cadeirinhas,


mas acabarcomamulta,que é


gravíssima(R$ 297, maissete


pontosnacarteira),eaplicarape-


nas advertênciaao condutor.O


veículoficariaretidoaté a situa-


ção ser regularizada.A ideia,diz


o governo, é dar carátermais


educativoemenospunitivo.


Em 2008,quandofoi criadaa


multa, o entãodeputadoe hoje


presidenteJair Bolsonaroapre-


sentoudois projetosde lei: um


pararevogá-laeoutroparaexigir


a cadeirinhasó em vias rápidas,


já que a cobrança era só em veí-


culosdepasseio.“Tánacaraquea


intenção é apenas multar os


pais”,disse na época.De fato,as


multas estãona casa dos milha-


res: em 2018,foram123 mil con-


dutores multados,arrecadação


quechegaaR$36milhões.


A ONGCriançaSegurajá teve


apoiodeumaentidadedosetore


de umaimportadorade cintos


paracadeirinhasehojeépatroci-


nada por duasdas principais


marcasdo mercado:Maxi-Cosie


Kiddo—que firmouoapoioem


setembro,quando começou a


tramitar oprojeto, para“propa-


gar informaçõesedadosconcre-


tossobresegurançanotrânsito”.


Aadoçãodedispositivosatéos


10 anosou 1,35metroé reco-


mendada pela Organização


Mundialda Saúde(OMS)por di-


minuirem até 70% o riscode


mortedecrianças,masapenas 33


dos 149 paísesfiliadosadotam


essa regra,segundorelatóriode


2018.A maioria(88 países)exige


ousoatéquatroanos.


AoValor,orelatordissequenão


sabia sobrea ligaçãoda ONG—


únicaouvidana audiência pública


sobre a cadeirinha —com as em-


presas e que o fim da multa foi re-


jeitadopor todos na comissão.


Questionado sobre apermissão


para que táxis não usem,mas mo-


toristasdeaplicativoscomooUber


sejamobrigados,oparlamentar


disseque issodependerádo Con-


tran.“Estamoscolocandoalgumas


diretrizes, não dá para tratartudo


em lei. Tem que primeiro pensar


navidaenasegurança,depoisava-


liarasoutrasquestões”,disse.


OContran,porém,já tentou


exigirouso no transporte esco-


lar, masignorouumaquestão


prática,dequenãoépossívelins-


talaras cadeirinhasem vans,e


precisourecuardessadecisão.


AONG afirmou, em nota,que


atua há 18 anossem fins lucrati-


vos e que não foi a únicacontrao


fim da multa.Disseaindaque “os


patrocinadores nãointegramos


Conselhos Fiscale Diretor, tam-


pouco influenciam ou fazem


parteda tomada de decisões”.


Mas admitiuque as três mortes


diáriasenvolvemtodosos aci-


dentesde criançasaté 14 anose


“portanto, não podemosafirmar


que aconteceram porque esta-


vam sem cadeirinha”. Gerentede


vendasda Kiddo, ReinaldoSilva


JúniordizqueaONG“émuitosé-


ria” enãohá interferênciada em-


presanas decisões.“Ela é total-


menteindependente”, diz. A Ma-


xi-Cosinãoretornouocontato.

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