O Estado de São Paulo (2020-06-23)

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A16 Política TERÇA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2020 O ESTADO DE S. PAULO


Brazil Forum UK


debate ciência


Após revisão,


PSL terá mais


R$ 6 mi de fundo


Daniel Weterman
Marlla Sabino / BRASÍLIA


O presidente do Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE), Luís
Roberto Barroso, propôs on-
tem estender a duração das
campanhas eleitorais deste
ano dos atuais 49 dias para ao
menos 90 dias, considerando
a data do primeiro turno. O
adiamento da eleição de outu-
bro para novembro ou até de-
zembro por causa da pande-
mia da covid-19 tem o apoio
da cúpula do Congresso.

O presidente do Senado, Da-
vi Alcolumbre (DEM-AP), e o
da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), no entanto, defen-
dem também postergar todos
os demais prazos, mantendo o
período menor da propaganda


dos candidatos.
O relator da proposta de
emenda à Constituição (PEC)
que prevê o adiamento, Wever-
ton Rocha (PDT-MA), vai pro-
por que o primeiro turno das
eleições municipais seja realiza-
do no dia 15 de novembro e o
segundo, no dia 28 do mesmo
mês. A medida será votada hoje
no Senado.
Pela proposta de Barroso,
mesmo adiando a data da vota-
ção, os candidatos poderiam ser
liberados a pedir votos a partir
do dia 16 de agosto, como inicial-
mente previsto, mas sem que is-
so possa representar um aumen-
to dos custos das campanhas.
Ele não prevê, por exemplo, au-
mentar o período de veiculação
da propaganda na TV e no rádio,
o que costuma representar os

maiores gastos. A sugestão do
presidente do TSE é também
postergar o início do horário
eleitoral, hoje previsto para co-
meçar no dia 28 de agosto.
“Não vemos maior proble-
ma, do ponto de vista do TSE, a
campanha um pouco mais pro-
longada”, disse Barroso em au-
diência no Senado. Ele também
defende manter outros prazos,
como o período das conven-
ções partidárias, de 20 de julho
a 5 de agosto, mas que poderão
ser realizadas de modo virtual.
Na avaliação do ministro, a du-
ração maior da campanha pode-
ria servir de folga para a Justiça
Eleitoral julgar eventuais ques-
tionamentos a candidaturas, co-
mo políticos enquadrados na Lei
da Ficha Limpa, por exemplo.
A ideia do presidente do TSE,

no entanto, não deve ser acolhi-
da pelo relator. Segundo ele, to-
dos os prazos também devem
ser adiados. “Uma campanha
de 90 dias é impraticável. Infe-
lizmente, será preciso um esfor-
ço na burocracia”, afirmou ao
Estadão.

Multas. Com a preocupação
de aglomerações nos locais de
votação e um alto índice de abs-
tenção, o presidente do TSE su-
geriu ao Senado a anistia de mul-
tas para quem não for votar este
ano. Em caso de ausência sem
justificativa, a penalidade é de
R$ 3,51.O relator da PEC afir-
mou que o Congresso poderá
votar uma proposta nesse senti-
do após as eleições. Não houve
menção sobre outras punições
para a ausência sem justificati-

va – como proibição de partici-
par de concursos públicos.
Barroso se manifestou con-
tra a proposta de tornar o voto
facultativo para quem tem mais
de 60 anos, como chegou a cogi-
tar o relator da PEC.
Hoje, o comparecimento é fa-
cultativo para quem tem menos
de 18 anos e para aqueles com 70
anos ou mais , o que representa
9% dos quase 150 milhões de elei-
tores. Caso o voto se torne opcio-
nal a partir dos 60, outros 15,
milhões também serão desobri-
gados, aumentando esta fatia pa-
ra 20% do eleitorado do País.
Para o ministro, o voto é um
“dever cívico” além de um direi-
to. Ele manifestou preocupação
com o resultado das disputas no
caso de “um eventual elevadíssi-
mo índice de abstenção.”

Barroso


sugere


campanha


com 90 dias


Senado vota hoje parecer pelo o adiamento


do 1º turno das eleições para 15 de novembro


PGR pede suspensão de salário


de Moro por coluna em revista


Reunião. O ministro Luís Roberto Barroso, em encontro para discutir adiamento da eleição

Durante o painel de ontem do
Brazil Forum UK, o reitor da
Unicamp, Marcelo Knobel, dis-
se que a pandemia do novo coro-
navírus faz com que a socieda-
de discuta o papel da ciência.

Segundo ele, porém, ainda há
problemas. “Estamos em 2020
e ainda tendo que reafirmar que
a Terra é redonda, que existe o
aquecimento global, que as vaci-
nas são importantes.” Para a
biomédica Helena Nader, isso
mostra a importância de que os
cientistas se comuniquem me-
lhor. O Brazil Forum UK tem
transmissão do Estadão.

Rafael Moraes Moura / BRASÍLIA

Após o Tribunal Superior Eleito-
ral (TSE) revisar a distribuição
do fundo eleitoral, o PSL vai ga-
nhar R$ 5,7 milhões a mais de di-
nheiro públicos para financiar as
campanhas eleitorais deste ano.
Agora, a legenda vai receber, ao
todo, R$ 199,4 milhões. O PT con-
tinua sendo a sigla que terá aces-
so à maior fatia do fundo de R$ 2
bilhões. Os petistas poderão
usar R$ 201,3 milhões – – R$ 371
mil a mais.
O PSD foi a sigla que mais per-
deu com a mudança nos cálcu-
los, vendo sua fatia do fundo
passar de R$ 157,1 milhões para
R$ 138,8 milhões. Podemos,
Pros e MDB deixarão de rece-
ber, respectivamente, R$ 10,
milhões, R$ 7,47 milhões e R$
6,6 milhões.
Na terça-feira passada, o TSE
decidiu recalcular o fatiamento
do fundo, após partidos questio-
narem um dos critérios da divi-
são dos recursos - a bancada de
senadores de cada sigla. Antes,
o TSE havia dividido o fundo
eleitoral considerando o núme-
ro de senadores que cada parti-
do mantinha atualmente. Ago-
ra, a Corte vai levar em conta
em que partidos os senadores
que entraram em 2014 estavam
até a última eleição e em qual
sigla os senadores que ingressa-
ram no ano passada estavam
quando foram eleitos – o man-
dato é de oito anos.

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A Procuradoria-Geral da Repú-
blica (PGR) pediu ao Tribunal
de Contas da União (TCU) a sus-
pensão do pagamento de salá-
rios do ex-ministro da Justiça e
Segurança Pública Sérgio Moro.


Apesar de ter deixado o gover-
no em abril, Moro vai receber
R$31 mil mensais até outubro. A
remuneração é paga por sei s me-
ses a integrantes do primeiro es-
calão que deixam o governo.

O subprocurador-geral da Re-
pública, Lucas Rocha Furtado,
pede que os pagamentos sejam
suspensos diante dos “indícios
de descumprimento dos princí-
pios da legalidade e da moralida-
de”. Moro foi anunciado como
colunista da revista Crusoé.
O pagamento do salário por
seis meses serve para evitar que
um ex-integrante do governo vá

para a iniciativa privada. Pro-
curado, Moro respondeu que
a Comissão de Ética Pública
da Presidência da República
o autorizou a publicar textos
em colunas de veículos de co-
municação, “por se tratar do
exercício da liberdade de ex-
pressão e por não gerar confli-
tos de interesse”. / PATRIK
CAMPOREZ e RAYSSA MOTTA

WALDEMIR BARRETO/AGÊNCIA SENADO
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