O Estado de São Paulo (2020-06-24)

(Antfer) #1

3 São Paulo, 24 de junho de 2020 |


INOVAÇÃO


Este material é produzido pelo Media Lab Estadão.

Para ler e

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esta matéria no

digital, acesse:

E


m maio passado, a BYD apresen-

tou o D9F, primeiro ônibus elétri-

co rodoviário à venda no Brasil.

O novo ônibus elétrico, destinado às

operações de fretamento e rodoviária

de curta e média distâncias, tem auto-

nomia para rodar até 400 quilômetros

entre as recargas da bateria.

O BYD D9F tem dois motores elé-

tricos produzidos pela própria marca.

Trata-se do BYD 2912TZ-XY, com

potência total combinada de cerca de

402 cv, de acordo com informações da

empresa. Esses motores são integra-

dos às rodas do eixo traseiro.

O veículo utiliza carroceria Viaggio,

na versão 1050, fabricada pela Marco-

polo. O chassi, produzido na fábrica

da BYD em Campinas, interior paulis-

ta, é tubular. Esse tipo de construção

dispensa a necessidade de alongamen-

to para carrocerias de até 13,2 metros.

EMISSÃO ZERO

Segundo o diretor da divisão de ôni-

bus da BYD, Marcello Schneider, uma

das vantagens do novo ônibus elétrico

é o nível zero de emissões de poluen-

.^2 tes, como o CO


BYD lança o primeiro ônibus


elétrico rodoviário do Brasil


O D9F foi criado para operações de fretamento e rodoviária de curta e média distâncias


O veículo tem

autonomia para rodar

até 400 quilômetros

antes de ser recarregado

O executivo chama a atenção para

os 400 quilômetros de autonomia en-

tre as recargas das baterias. “As opera-

doras de curta e média distâncias pas-

sam a contar com uma ótima opção

em termos de desempenho e econo-

mia.” A recarga completa das baterias

é feita em cerca de quatro horas em

recarregadores rápidos.

Outro destaque, segundo Schneider,

é a maior disponibilidade. Isso porque

o modelo tem bem menos peças que

um similar com motor a combustão.

CUSTO MENOR

Ainda segundo o executivo, o custo

operacional é cerca de 70% menor na

comparação com um ônibus a die-

sel convencional. Isso faz com que o

modelo passe a ser uma alternativa

interessante, sobretudo no atual mo-

mento, em que a busca pela redução

de custos é ainda maior.

Por ser silencioso, o BYD D9F

também leva vantagem em operações

que envolvam rodoviárias em centros

urbanos. Outro destaque é o sistema

de suspensão integral a ar. De série,

o ônibus elétrico traz equipamentos

como sistema de freios a disco com

ABS e controle de tração.

44 PASSAGEIROS

D9F BYD o a, adtrende o sãer vNa

tem 12,9 metros de comprimento e

capacidade para 44 passageiros. Há

ainda ar-condicionado e poltrona

móvel, que permite acessibilidade

total à cabine. Sistemas de som e en-

tretenimento, além de entradas USB

em todos os assentos, também fazem

(A.R.) parte do pacote.

Os dois motores

elétricos têm

potência total

combinada

de cerca de

402 cv

Na comparação

com um modelo a

diesel tradicional,

o custo de

operação desses

veículos é

70% menor

O BYD D9F,

modelo de

entrada da

fabricante, tem

12,9 metros

de comprimento

Veículos podem


nanciados ser fi


pela Finame


Esses ônibus elétricos agora

podem ser fi nanciados por meio

do Banco Nacional de Desen-

volvimento Econômico e Social

(BNDES), que passou a oferecer

linhas de crédito para a compra

de veículos comerciais elétricos.

Com isso, os executivos da

marca, que preveem comercia-

lizar, em 2020, entre 120 e 150

ônibus, acreditam que a nova

modalidade de crédito ajudará

a compensar a queda nas ven-

das causada pelo avanço do

novo coronavírus. A empresa

também aposta na renovação

de frotas municipais.

Foto: Marketing BYD

APRESENTADO POR

Maratona de


trabalho pelo


caminhoneiro


Grupo CCR realiza hackathon online com o


desafio de criar soluções que proporcionem mais


qualidade de vida ao profissional da estrada


Como proporcionar mais

saúde, bem-estar, segurança e

facilidades ao dia a dia dos ca-

ssionais res-fi minhoneiros, pro

ponsáveis pela movimentação

de mais de 60% da carga trans-

portada no País?

o lançado pelo fi Esse foi o desa

Grupo CCR durante um hacka-

nal de semana fi thon realizado no

entre os dias 12 e 14 de junho. O

hackathon é uma maratona de pro-

gramação em que os participantes

mergulham na análise de deter-

minados problemas e propõem

soluções por meio de aplicativos e

outros recursos tecnológicos.

BUSCA PELA INOVAÇÃO

O evento ocorreu totalmente

em ambiente digital, por conta da

necessidade de isolamento social

durante a pandemia de covid-19.

Foram 7 mil inscritos de sete

países, que formaram 550 equi-

pes. Houve tanta procura que foi

preciso interromper as inscrições

Este material é produzido pelo Media Lab Estadão com patrocínio da CCR.

inscritos 7 mil


equipes 550


horas de trabalho 56


projetos entregues 330


mentores 130


horas de mentoria 390


reais em prêmios150 mil


Parada Certa - 1º lugar


O aplicativo é um guia de paradas à beira da

estrada, com avaliações feitas pelos próprios

caminhoneiros em troca de descontos.

Turu App - 2º lugar


Um pequeno dispositivo instalado no volante

controla os batimentos cardíacos e identifi ca

eventuais alterações em tempo real.

Bem no Caminho - 3º lugar


Central de funcionalidades que inclui desde o

planejamento detalhado da viagem até um

botão de emergência.

Hackathon CCR


em números
Os vencedores

do hackathon


CCR S.A.

ACESSE:

GrupoCCROfi cial

GrupoCCROfi cial

Veja mais conteúdo

mobilidade.em

estadao.com.br

para assegurar a alta qualidade do

processo aos participantes.

“Dentre as diversas iniciati-

vas do Grupo CCR para apoiar

os caminhoneiros neste perío-

do da pandemia, organizar um

hackathon fez todo sentido”, diz

André Costa, diretor da CCR

EngelogTec, unidade de desen-

Reprodução

Formato online

facilitou a

integração dos

participantes

volvimento de novas tecnologias

da empresa. “Trata-se de um

evento que busca a inovação, um

dos pilares do Grupo.”

Durante o hackathon, que

se estendeu por 56 horas inin-

terruptas, os times – formados

por profissionais de diversas

áreas – desenvolveram 330

projetos, apresentados ao final

como Mínimo Produto Viável

(MPV). Do total, 30 foram

qualificados para a semifinal,

fase em que uma comissão

julgadora especialista elegeu

os três melhores, anunciados

ontem. Os prêmios totalizam

R$ 150 mil – R$ 80 mil para

a equipe vencedora, R$ 40 mil

para a segunda colocada e R$

30 mil para a terceira.

Participaram da maratona

mais de 130 mentores, entre

profissionais de saúde, tecno-

logia, negócios, infraestrutura,

transporte e pessoas ligadas

ao cotidiano do caminhoneiro.

Para entender melhor os desa-

fios e encaminhar soluções, as

equipes tiveram mais de 800

sessões de mentoria, somando

quase 400 horas.

FORMATO OPORTUNO

Para validar os projetos, os times

tinham de produzir um vídeo de

até 3 minutos – conhecido como

pitch, ferramenta usada por

empreendedores para “vender”

uma ideia.

Rodrigo Terron, CEO da

Shawee, parceira da CCR no

projeto, ressalta a diversidade

das ideias apresentadas. “O

hackathon é uma experiência

muito rica, pois tem o objeti-

vo de encontrar soluções para

problemas reais e importan-

tes”, avalia.

O formato online, inovador

em eventos do gênero, se mos-

trou oportuno para possibilitar

a participação de um grande

número de interessados, mora-

dores de diversas partes do País

e do mundo, já que elimina a

necessidade de estrutura física

e de deslocamento. “O retorno

dos participantes sobre a expe-

riência foi o melhor possível.

Essa semente certamente trará

muitos frutos”, avalia o diretor da

CCR EngelogTec.

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