| São Paulo, 24 de junho de 2020 4
Este material é produzido pelo Media Lab Estadão.SEGURANÇA
A
Marcopolo, vendo a operaçãode transporte de passageiros deseus clientes reduzir-se a quase80% devido à pandemia provocadapelo novo coronavírus, resolveu criarum grupo de biossegurança para de-senvolver soluções e mitigar o riscode contaminação quando o setor reto-mar para o chamado “novo normal”.“Percebemos que, enquanto essasituação pandêmica continuar sendorealidade, nossos clientes não terãoa menor possibilidade de comprarônibus novos. Por isso, agora, a preo-cupação é como recolocar essa fro-ta na operação novamente. Assim,achamos que era necessário ajudarança dos os clientes a devolver a confipassageiros com relação ao uso dotransporte coletivo”, explica o presi-dente da Marcopolo, James Bellini.Atenta ao ‘novo normal’,
Marcopolo cria o Biosafe
Foi a partir daí que a fabricante decarrocerias criou a divisão de biosse-gurança, unindo forças entre labora-tórios, infectologistas e engenheirosda marca. Dessa união saiu o chama-do Biosafe. Trata-se de várias soluçõesque podem reduzir o risco de con-tágio do novo coronavírus e outrasdoenças dentro dos ônibus.DOIS CORREDORESUma dessas soluções é uma novaconfiguração das poltronas, com), cortinas com foto dois corredores (microbianas, desinfec-proteção antição dos veículos por névoa e o ar--condicionado com sistema de filtroUVC que elimina organismos pre-sentes no ar. Para não colocar a saú-de dos passageiros em risco, as lâm-padas com raios UVC ficam dentrodo sistema do ar-condicionado e adesinfeção dos micro-organismos éfeita pelo ar que é liberado.O kit pode ser vendido separa-damente e implantado em veículosnovos ou usados. Para ônibus 0-kmo valor do kit completo chega a ser18% maior. No entanto, a Marcopo-lo oferece planos de aquisição comprazos de financiamentos de até 72meses, e um ano de carência, váli-A iniciativa une infectologistas,
laboratórios e engenheiros da empresa
Inscreva-se noSummit Mobilidade2020, que serárealizado em12 de agosto:summitmobilidade.estadao.com.brDesinfecçãode banheiroscom raiosultravioletaé mais umamedida paraoferecer segurançaaos passageirosAssentosindividuaise dois corredoressão novasgurações dos confiônibus da empresaFoto: Gelson Mello da CostaFoto: Edypo AlanizPara ler ecompartilharesta matéria nodigital, acesse:Para ler ecompartilharesta matéria nodigital, acesse:A logística brasileira precisa
se preparar para novos hábitos
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e há uma coisa que muitaspessoas têm aprendido com odistanciamento social é que épossível fazer quase tudo pela inter-net. Um levantamento da Socieda-de Brasileira de Varejo e Consumo(SBVC) mostrou um crescimentonas compras online: 61% dos consu-midores que fizeram compras nessamodalidade aumentaram o volumedevido ao isolamento social. Em46% dos casos, esse crescimento foisuperior a 50%.Ainda de acordo com a mesmapesquisa, cerca de 70% dos consumi-dores perceberam prazos de entregasmais elásticos. Ainda que 57% delestenha considerado aceitável, isso nosetir sobre o quanto a logística faz reflprecisa se adaptar aos novos tempos.O FLUXO LÓGICO E O FÍSICOPara analisarmos o mercado de trans-porte de mercadorias, é preciso terem mente que ele é composto poruxo lógi- dois processos paralelos: o flco – que corresponde às informações,aos dados de compra e pagamento – euxo físico, que lida com produção, o flestoque, separação de pedido, trans-porte e entrega das mercadorias.No fluxo lógico, a tecnologia temproporcionado uma evolução fantás-tica nos últimos anos, com websitescada vez mais amigáveis, checkoutsintuitivos e com menos cliques e sis-temas de pagamento seguros, além deEMBAIXADOR DA MOBILIDADE
conexões com internet mais velozes. Ouxo físico, no entanto, não tem con-flseguido incorporar toda essa inovação,sobretudo no que se refere aos mode-los de negócio e à tecnologia utilizada.JORNADA DE COMPRAO consumidor de hoje não quer maisque sua encomenda lhe seja entregue“assim que possível”. Ele a quer nahora em que lhe for mais conveniente,determinando as janelas de horáriopara recebimento. Quer acom-panhar o entregador emtempo real e ter a exataprevisão da hora dechegada, assim comoquando pedimos umcarro por aplicativo,por exemplo.Essa busca porcriar mais conveniên-cia aos consumidorestem aberto possibilidadesde novos modelos de negócio,como os armários guardadores in-teligentes, nos quais as compras fei-tas online são deixadas para que osclientes retirem quando preferirem.Mais comuns nos Estados Unidos,eles costumam ficar em pequenaslojas, mercados e outros pontos degrande circulação. No Brasil, o iFoodtem testado esse modelo, com lockersabertos por QR Code, para deixar asrefeições dos clientes até o momentoem que preferirem retirá-las.NOVAS TENDÊNCIASOutros modelos interessantes queshipping têm ganhado força são o, no qual as mercadorias from storesão enviadas diretamente das lojasde bairros, não do estoque central(que costuma ser afastado dos cen-tros urbanos), e as assinaturas deentrega, como a Amazon faz há al-gum tempo no exterior e tem testa-do mais recentemente no Brasil, nasquais o cliente paga uma assinaturaanual e tem direito a entregasgrátis e mais rápidas du-rante todo o período.A mesma pesquisada SBVC mostrouainda que 70% dosclientes pretendemcontinuar a com-prar online mais doé fundador e CEO do TruckPad, maior plataforma de conexão entre Carlos Miracaminhoneiros e cargas da América LatinaINOVAR EM FORMAS DE ENTREGA,
TRABALHAR COM DADOS E APRENDER SOBRE
O HÁBITO DE CONSUMO E COMPORTAMENTO
DE RECEBIMENTO DOS CLIENTES SERÃO A
CHAVE PARA O DIFERENCIAL COMPETITIVO.
que faziam antes da covid-19. Essaé uma grande oportunidade, tantopara e-commerces quanto para em-presas de logística criarem um pla-no de ação.ma- Ferramentas como big data,cial e inteligência artifichine learningsão os grandes potenciais aliados paraos operadores logísticos que queremestar em dia com o altíssimo nível deexigência por informações de seususuários na era da conveniência.Espera-se um padrão de exigênciaainda mais elevado ao fim da pan-demia. Por isso, inovar em formasde entrega, trabalhar com dados eaprender sobre o hábito de consumoe comportamento de recebimentodos clientes serão a chave para o di-ferencial competitivo nesse mercadode fretes de última milha.oF
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sotnaS^ arddos para veículos 0-km. Para quemquiser comprar só o kit, a Marcopo-lo dispõe de planos de 3 a 9 mesesde carência, com parcelas de finan-ciamento de 24 meses.DESINFECÇÃO DE BANHEIROSOutra medida foi a criação de umsistema de desinfecção de sanitáriosde ônibus com o uso de luz ultravio-leta, que, segundo a encarroçadora,é inédita no setor.Diretor do negócio ônibus daMarcopolo no Brasil, Rodrigo Pikus-sa diz que a medida visa contribuirpara a segurança na retomada damobilidade. “Com as iniciativas debiossegurança a bordo, damos umpasso adicional para proteger osusuários de nossos produtos.”rma que o sistema O executivo afigarante que os sanitários dos ônibusquem sempre 100% limpos. O siste-fima foi aprovado pelo Laboratório deMicrobiologia Clínica da Universida-de de Caxias do Sul. Os testes feitosna universidade gaúcha mostraramque a efi ciência supera 99,99%. Issodemonstra que o uso da luz ultravio-leta UVC, além de simples, contribuiupara a saúde dos usuários do trans-(A.R.) porte coletivo.Testes feitos poruniversidadegaúcha
mostraram que aciência supera efi99,99%%HermesFileInfo:E-5:20200624: