Adega - Edição 176 (2020-06)

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EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Vinho cozido

Empresa de leilão processa remetentes

pormanuseioinadequado

A casa de leilões Zachys viu-se em uma situação

complicada há cerca de um ano. Ao receber uma

remessa de vinho que se destinaria a leilão, percebeu

que as garrafas estavam “cozidas”. Agora, sua seguradora

está processando os remetentes por supostamente terem

feito um manuseio inadequado de cerca de mil garrafas.

A Federal Insurance Co. apresentou uma queixa

processando o provedor de logística baseado no Reino

Unido, Connoisseur International Distribution Ltd. e o

Scandinavian Airlines System (SAS) por negligência. A

Federal alega que um embarque transatlântico de 995

garrafas de Estocolmo para Nova York deu errado e o

vinho chegou cozido. O valor do processo é de quase

US$ 397.177, ou cerca de US$ 400 por garrafa.

O presidente da Zachys, Jeff Zacharia, disse

que o vinho era de uma adega privada e uma

remessa potencial para leilão. Ele não identificou o

expedidor, mas disse que a Zachys e o expedidor foram

compensados pelo seguro.

O vinho chegou em 6 de junho de 2019.

“Durante o transporte, manuseio e armazenamento

pelos réus, a remessa sofreu danos, incluindo, entre

outros, danos causados pela exposição a temperaturas

excessivas, o que tornou o vinho inadequado para a

distribuição pretendida, venda e uso final”. Quando

os vinhos chegaram, a equipe verificou rastreadores de

temperatura das remessas. “Quando foram revisados,

vimos que o vinho havia sido submetido a altos níveis de

calor”, apontou Zacharia.

Mundo rosé

Governo italiano aprova a produção de Prosecco Rosé

O governo italiano aprovou a produção de Prosecco rosé e essa nova

categoria deve chegar ao mercado em janeiro de 2021. Até então, pela

regras, só era permitido produzir Prosecco branco. “Somos gratos a todos

aqueles que contribuíram para obter um resultado tão importante”, disse

Stefano Zanette, presidente do Consórcio de Prosecco.

Para rotular o Prosecco DOC como rosé, os produtores deverão seguir

regras específicas: Glera e Pinot Noir são as únicas variedades permitidas,

com 10-15% de Pinot Noir, rendimento máximo de 18 toneladas por

hectare para Glera e 13,5 t/ha para Pinot Noir, e dois estilos, Brut Nature e

Extra Dry. O vinho deve ser produzido pelo método Charmat e passar no

mínimo 60 dias em fermentação secundária em um tanque pressurizado.

Pode ser lançado a partir de 1º de janeiro após a colheita e deve ser um

vintage com a safra indicada no rótulo (no mínimo 85% da fruta deve ser

da safra declarada). De acordo com as estimativas do consórcio, a produção

total de rosé pode chegar a 30 milhões de garrafas por ano.