Adega - Edição 176 (2020-06)

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ASVINÍCOLASDETORRES
A família possui, na Catalunha, o
principal epicentro da vinificação
e envelhecimento de seus vinhos
com a Celler Waltraud, em Pacs del
Penedès, construída em 2008 pelo
arquiteto Javier Barba, referência
em arquitetura bioclimática, e
batizada assim em homenagem a
Waltraud Maczassek, esposa de
Miguel A. Torres. No coração do
Priorat, a família também possui,
desde 2008, uma moderna vinícola
funcional projetada pelo arquiteto
Miquel Espinet, localizada em El
Lloar: a Família Torres Priorat. Em
Lleida, no coração da subzona Les
Garrigues, Torres inaugurou, em
2018, o Celler Purgatori, destinado
à produção do vinho homônimo.
Construída com critérios de
eficiência energética, a vinícola é
integrada à histórica fazenda da
abadia de Montserrat em 1770, e

preserva a antiga adega na qual os
monges faziam seus vinhos.
A família Torres também possui
outras vinícolas com identidades
próprias como a Vardon Kennett,
em Santa Margarida d’Agulladolç
(Penedès), dedicada à produção
de Esplendor, o único espumante
produzido pela família na Catalunha
com método tradicional; Jean Leon,
uma vinícola butique localizada em
Torrelavit (Penedès) e dirigida por
Mireia Torres; Pago del Cielo em
Ribera del Duero (Fompedraza,
Valladolid); La Carbonera em Rioja
(Labastida, Álava); Bodega Magarín
em Rueda (Villafranca del Duero,
Valladolid) e Pazo Torre Penelas em
Rias Baixas (Portas, Pontevedra).
Fora da Espanha, a família está
presente no Chile, com a vinícola
Miguel Torres Chile, em Curicó, e na
Califórnia, com a Marimar Estate.

únicos dos diferentes terroirs da família, na recu-
peração de variedades ancestrais e na intensa pes-
quisa. Seus projetos mais recentes incluem Mas
de la Rosa (DOQ Priorat), Purgatori (DO Cos-
ters del Segre) e Forcada (DO Penedès), o pri-
meiro vinho monovarietal dos Torres, feito com
uma variedade ancestral recuperada do esqueci-
mento. Eles gerenciam cerca de 2.000 hectares
de vinhedos próprios na Espanha (quase metade
certificado como ecológico).
“Nosso principal marco foi manter a viníco-
la nas mãos da família durante todos esses anos,
com cada geração inovando à sua maneira e
contribuindo com sua visão particular para o de-
senvolvimento dos negócios. Acho extraordinário
que chegamos tão longe e é uma sorte continuar
fazendo o que somos apaixonados: fazer vinho e
cuidar das videiras. Agora, o desafio mais impor-
tante que enfrentamos é a mudança climática”,
finaliza Miguel Torres.

Miguel Torres Carbó assumiu
a empresa com apenas 25 anos
e viu a vinícola ser bombardeada
durante a guerra civil espanhola.
Mas ele a reconstruiu e
internacionalizou o nome Torres

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