Aero Magazine - Edição 300 (2019-05)

(Antfer) #1
O contra-argumento foi concentração
de diversos destinos nas mãos de pou-
cas empresas.

ORIENTE MÉDIO
COMO HUB GLOBAL
Quando AERO chegou às bancas em
1994, poucos apostariam que apenas
10 anos depois as maiores empresas
aéreas do mundo estariam no Oriente
Médio. Aproveitando sua localização
privilegiada, alguns países criaram
gigantescos hubs com destaque para
Dubai, Doha e Abu Dhabi. Em poucos
anos, Emirates Airline, Qatar Airways
e Etihad Airways se tornaram protago-
nistas da aviação mundial.

VIDRO SENSÍVEL AO TOQUE
Desde o ano 2000 quase todas aero-
naves lançadas contam com painéis
digitais. O avanço na informática per-
mitiu que os painéis deixassem de ser
apenas talas de CRT ou cristal líquidos
para se tornarem complexas suítes que
processam e integravam todos os prin-
cipais sistemas da aeronave, inclusive
experimentais. Com o tempo, incor-
poraram controles por toque na tela.
Os mais novos projetos incorporaram
um novo nível multiplataforma, como
os Bombardier Global 5000 e 6000 e o
Dassault Falcon 8X. Os controles por
toque deram um novo salto com os
Gulfstream G500 e G600, que contam
com overhead com telas sensíveis, subs-
tituindo o tradicional sistema físico. Ca-
bines digitais também foram instalados
em projetos já consagrados como os
King Air e aviação despotiva.

CHINA E RÚSSIA
A China há 20 anos mantém a ambi-
ciosa proposta de se tornar também

O AEROPORTO DO MÊS É O DE MANAUS (AM)

Ano 14 Nº 165 R$7 90wwwaeromagazinecombr

6663

ESQUADRÃOHISTÓRIAPELICANO
GRUPO DE BUSCA E SALVAMENTO DA FAB COMPLETA 50 ANOS


ESPECIALFORMAÇÃO

TBM 850


ENSAIO EMVÔO

INICIATIVA DA ANACATRAI NOVOS PILOTOS PARA A AVIAÇÃO CIVIL

CIRRUSA VERSÃODEUMVERDADEIROMAISREFINADAG3
SUCESSODEVENDAS

ENSAIO EM VÔO

UM TURBOÉLICECOMO UM JATOVELOZ

SOCATA

ENTREVISTAO CHEFE DO DECEA FALADOS DESAFIOS DO TRÁFEGO
AÉREO NO BRASIL

ENSAIOCHAVIAÇÃO 801 É UMEMGERALVERDADEIROVOOO EXPERIMENTALSETORAVIÃOREVINDICASTOLZENITH
REDUÇÃOMUSEUE SEUACERVOUSSDETAXASDELEXINGTONAERONAVESE O FIMUMDAHISTÓRICASPORTABUROCRACIAAVIÕES
EXCLUSIVODEMONTAGEMFOMOSFINALÀCHINADOJATOSVISDATARAIRBUSAL NHA
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VOAMOSOSURPREENDENTEEMPRIMEIRAJATOMÃOLEVEBRASILEIRO

HISTÓRIAAEROPORTO (^75) BRASÍLIAANOSDODOUGLAS(DF) DC-3
EMBRAER
um gigante no setor aeroespacial.
Com alguns tropeços, muita engenha-
ria reversa e compra de licenças dos
russos, os chineses chegaram ao final
da segunda década do século muito
diferente do que eram há 25 anos. A
Comac lançou o C919, um futuro rival
para as famílias A320neo e 737 MAX.
Em parceria com os russos, está desen-
volvendo o CR929, um rival dos A330
e 787, enquanto trabalha na conclusão
de sua segunda estação espacial.
Já a Rússia se reinventou e traba-
lha em novos aviões, como o caça de
quinta geração Su-57, o primeiro avião
do tipo produzido fora dos Estados
Unidos e o MC-21 o mais ambicioso
avião comercial russo.
ASAS ROTATIVAS
Nos últimos 25 anos, o mercado de
helicópteros viveu um boom, sobretu-
do em cidades como São Paulo. Para se
ter uma ideia, a cidade foi a primeira
do mundo a incorporar um sistema
de controle específico de tráfego aéreo
para helicópteros. No Brasil, os heli-
cópteros também ganharam destaque
nas missões de utilidade pública,
sobretudo patrulha e resgate aéreos.
Para se ter uma ideia, a divisão Águia,
da Polícia Militar de São Paulo, possui
um helicóptero a até 15 minutos de
85% do território paulista. Em termos
tecnológicos, somente nos últimos 10
anos os helicópteros incorporaram
efetivamente as soluções digitais inte-
grais, seja para o monitoramento em
voo ou até manutenção das aeronaves.
Entre os modelos que adotaram essa
nova realidade estão o Bell 505, o
Airbus ACH145 e o Leonardo AW169.
No âmbito fabril, o Brasil passou a
fabricar novos helicópteros na unidade
de Itajubá da Helibras, subsidiária da
Airbus, em especial o H225M, dentro
do Projeto H-XBR.
MUNDO VIRTUAL
Até meados dos anos 1990, o trei-
namento de pilotos, comissários e
mecânicos eram restritos a conteúdo
impresso. A computação pessoal avan-
çou a passos largos, permitindo que
o treinamento desde o início pudesse
ser feito de forma virtual, dos cursos
elementares de Piloto Privado até o de
astronautas. Além disso, o antes popu-
lar Flight Simulator elevou a realidade
a um patamar que permitiu a diversos
alunos de cursos de piloto chegarem às
aeronaves com elevado grau de conhe-
cimento técnico.
Não tardou para a indústria notar o
potencial da plataforma e lançar simu-
ladores com movimentos nos três eixos
voltados para instrução primária e
para aeronaves que até então não con-
tavam com simuladores de voo, como
monomotores e bimotores a pistão.
Os smarthphones e tablets se tor-
naram indispensáveis para pilotos e os
sistemas de transmissão de dados via
satélite foram responsáveis ainda pelo
salto tecnológico na infraestrutura de
controle de tráfego aéreo e nos siste-
mas de navegação das aeronaves.
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