29/05/1935
FORTALEZAS
VOADOR AS
Em maio de 1935, ao ver pela
primeira vez um “modelo 229”
- protótipo do bombardeiro
quadrimotor de longo alcance
da Boeing – o repórter Richard
Williams, do The Seattle Times,
impressionou-se com a quantidade
de metralhadoras defensivas e
definiu o avião como uma “fortaleza
voadora de 15 toneladas”. O
fabricante patenteou esse nome que
marcaria a carreira do terceiro avião
de bombardeio mais fabricado na
história (atrás do B-24 Liberator e
do Ju-88 alemão), famoso pela sua
capacidade em continuar voando
mesmo severamente danificado.
Os últimos B-17 só deixaram o
serviço ativo em 1968, quando
foram aposentados pela Força Aérea
Brasileira.
17/09/1935
O PAI DO
PAULIS TINH A
Em setembro de 1935,
a Empresa Aeronáutica
Ypiranga apresentou no Campo
de Marte o protótipo do EAY-
201, um avião leve de treinamento
primário. A empresa – que tinha
como sócios o engenheiro alemão Fritz
Roesler, o instrutor de pilotagem norte-
americano Orton Hoover e o industrial
Henrique Santos Dumont (sobrinho do
inventor) – desenvolvera um projeto
baseado no desenho do Taylor Cub
americano, com componentes nacionais
e um motor radial francês. Mas o avião
só começou a ser vendido em 1941,
em versão aperfeiçoada com ajuda do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo. No ano seguinte,
a EAY foi comprada pela Companhia
Paulista de Aviação, do Grupo
Pignatari, que fabricou cerca de 800
unidades do modelo renomeado CAP-4
Paulistinha, o mais popular treinador
dos primeiros aeroclubes brasileiros.
17/09/1935
BUZINA ATERRORIZANTE
A “guerra relâmpago” que estava sendo
planejada pelos militares alemães dependia
de um avanço muito rápido das divisões
blindadas Panzer, nas quais a artilharia
era substituída pelo uso de aviões no
bombardeiro às defesas e à retaguarda dos
adversários. Em 1935, a empresa Junkers
desenvolveu o bombardeiro de mergulho
Ju 87 Stuka, que fazia esses ataques com
assustadora precisão. Para maior eficiência,
a aeronave usava uma buzina de mergulho,
cujo som assustador bastava para semear
pânico na população e nas tropas inimigas.
05/03/1936
HERÓI DA INGLATERRA
Com a guerra se anunciando na Europa, os
fabricantes de aviões militares corriam contra o
tempo para criar aparelhos capazes de superar
os adversários no conflito. Em março de 1936,
a Supermarine Aviation colocou no ar um
revolucionário caça projetado pelo designer
Reginald Mitchell a partir de modelos de
competição. Monoposto inteiramente metálico,
com asas elípticas e um poderoso motor
V-12 Rolls-Royce, era veloz, bem armado e
extremamente manobrável. O Spitfire (cospe-
fogo) ficou célebre quatro anos depois, ao receber
da RAF a missão de enfrentar os caças alemães
durante a Batalha da Inglaterra, deixando
aos Hawker Hurricane a tarefa de abater os
bombardeiros.
Em versões
aprimoradas,
foi fabricado
até o final da
2ª Guerra, em
1945.
28/07/1935
PRIMEIRO
VOO DO DC-3
Aperfeiçoamento dos modelos
DC-1 (1933) e DC-2 (1934), o avião de
carga e passageiros Douglas DC-3 não
foi somente o maior sucesso da aviação
comercial na primeira metade do século
- Sua fuselagem cilíndrica inteiramente
em metal, asa baixa, dois motores nas
asas e trem de pouso retrátil definiu um
desenho de aeronaves de passageiros que
segue em uso até hoje. A versão civil teve
607 unidades fabricadas até 1942, mas o
sucesso do aparelho se deu na Segunda
Guerra Mundial, quando a variante militar
C-47 Skytrain (“Dakota” para os britânicos)
foi a espinha dorsal do transporte
aéreo das forças aliadas. Mais de 15 mil
unidades foram entregues (incluindo
as fabricadas na União Soviética e no
Japão). Revendidas a preços simbólicos
para uso civil, foram responsáveis pela
popularização do transporte aéreo no
Brasil e em todo o mundo no pós-guerra.
O primeiro DC-3 produzido encontra-se
em Porto Alegre.
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