Aero Magazine - Edição 300 (2019-05)

(Antfer) #1

21/06/1975


A MORTE DO


PIONEIRO
Aos 88 anos, com a saúde
abalada por uma trombose, mas
ainda lúcido, em 21 de junho
de 1975 falecia em São Paulo o
piloto Eduardo Pacheco Chaves,
pioneiro da aviação nacional.
Poucos meses antes, deixou
gravada uma longa entrevista no
Museu da Imagem e do Som.


15/07/1975

ENCONTRO
APOLLO-SOYUZ
O fim das missões à Lua reduziu
a tensão na corrida espacial entre
EUA e URSS. Em meados dos anos
1970, já discutia-se a possibilidade
de alguma colaboração entre as
superpotências nas pesquisas
espaciais. Um gesto simbólico foi
a primeira atracação em órbita de
uma espaçonave Apollo americana
com uma Soyuz soviética,
realizada em julho de 1975.

12/07/1976

TÁXI-AÉREO QUE VIROU TAM
Em julho de 1976, a empresa Táxi Aéreo Marília, que havia sido
criada em 1961 por um grupo de pilotos do interior de São
Paulo mudou de nome. O comandante Amaro Rolim, sócio
minoritário desde 1971, já detinha o controle acionário,
e a empresa tornou-se TAM Linhas Aéreas – atendendo
cidades do interior paulista com bimotores Bandeirante.
Vinte anos depois, já era uma das maiores empresas do
Brasil, atuando em todo território nacional.

06/09/1976

OMAIS
MISTERIOSO
DOS MIG
Porvolta de 1973, radares
docontrole aéreo e caças da
OTAN começaram a reportar a
detecção de um avião soviético
capaz de voar a grande
altitude em velocidades
próximas de Mach 3. Lendas
surgiram sobre esse misterioso
caça, que teria capacidades
muito acima dos aparelhos
ocidentais. Em setembro de
1976, parte do encanto se
desfez: o piloto soviético Vitor
Belenko desertou para o Japão
levando um MiG-25, que foi
cuidadosamente examinado
por japoneses e norte-
americanos. Tratava-se de um
veloz e poderoso interceptador
de bombardeiros, detentor
de recordes de operação que
permanecem até hoje. Mas
não chegava aos pés da lenda
que construíra.

26/10/1976

ENFIM O CINDACTA
Por décadas, o imenso espaço
aéreo brasileiro era quase uma
terra de ninguém. A não ser nas
imediações dos grandes centros
urbanos, o controle do tráfego
aéreo dependia exclusivamente dasin das
por rádio pelos próprios pilotos. Emoutubrode1976,
isso começa a mudar com a entradaemoperaçãodos
primeiros radares do Cindacta 1 em Brasília. Aos poucos,
o sistema se estenderia para todo o país.

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0 O M D P d O d
1975

O POPULAR
ESQUILO
Em meados da
década de 1950,
a fábrica francesa
Sud Aviation (depois
renomeada Aèrospatiale)
lançou no mercado o SA315
Alouette II, primeiro helicóptero no
qual o eixo do rotor era tracionado por uma turbina
Turbomeca (em lugar de motor a pistão), sistema que
se revelou mais eficiente e seguro. A partir de 1970, o
fabricante pensava em um substituto: deveria ser um
pouco mais potente, robusto e veloz, porém mantendo
a simplicidade e o baixo custo operacional. O resultado
foi o AS350 Écureuil (“Esquilo”) para piloto e cinco
passageiros: um sucesso de vendas desde o lançamento
em 1975, e fabricado até hoje. Foram desenvolvidas
diversas variantes, inclusive uma versão biturbina
(AS355 Écureuil 2) inicialmente para o mercado norte-
americano. No total, já são mais de cinco mil unidades
em diversos países, inclusive o Brasil. Fabricados pela
Helibras (subsidiária da Airbus Helicopters) desde
1980 com as siglas HB350/355, o modelo é usado pelas
três forças armadas, polícias, bombeiros e serviços de
saúde – além de serviços de transporte aeromédico,
deslocamento de executivos e táxi-aéreo.

21/01/1976

CONCORDE NO RIO
O entusiasmo inicial com os supersônicos já tinha diminuído
bastante quando o Concorde fez seu voo inaugural em janeiro de


  1. A Air France escolheu como destino o Rio de Janeiro: o voo
    de quase 12 horas em aviões convencionais reduzia-se para pouco
    mais de seis no Concorde, apesar de uma
    escala em Dacar para reabastecimento.
    Mas a cabine era acanhada e o peso
    do combustível limitava as bagagens
    individuais a 10 quilos. O resto das malas
    era despachado em voos normais e entregue
    mais tarde aos passageiros.


MAGAZINE 300 | (^63)

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