Aero Magazine - Edição 300 (2019-05)

(Antfer) #1

03/03/2005


IMPROVÁVEL VOO


SOLO
Os novos sistemas automáticos
de pilotagem tornaram viável
aquilo que parecia impossível a
um ser humano. Em 3 de março
de 2005 o piloto americano
Steve Fosset, a bordo do
avião Global Flyer (fabricado
pela Scaled Composites)
protagonizou o primeiro voo
solo de circunavegação sem
escalas, em 2 dias e 19 horas de
voo contínuo a uma velocidade
média de 551 km/h.


27/04/2005

O GIGANTE
DE DOIS ANDARES
As perspectivas já não eram
muito boas para os grandes aviões
quadrimotores em abril de 2005,
quando a Airbus colocou no ar a sua
mais arriscada aposta. O A380 supera
o 747 em envergadura das asas e usa
uma fuselagem com dois andares em
toda a extensão para acomodar um
máximo de 853 passageiros – o maior
avião do mundo na categoria. Em
operação desde 2007, suas vendas
ficaram abaixo da expectativa do
fabricante e diversas encomendas
foram canceladas nos últimos anos,
sua produção será encerrada em 2021.

30/09/2009

ULTRALONGO
ALCANCE
A Gulfstream apresentou ao
mundo sua maior aeronave,
o jato de ultralongo alcance
G650. O modelo se tornou o
avião civil mais rápido e com
maior autonomia do mundo.
Voando perto da velocidade
do som, a versão de alcance
estendido supera os 13 mil
quilômetros, podendo voar
de um continente a outro em
menos de 15 horas.

30/03/2006

ASTRONAUTA
BRASILEIRO
O programa espacial
brasileiro sempre caminhou
a passos de tartaruga,
atrapalhado por indecisões
políticas e pela permanente
falta de recursos. Em
agosto de 2003, uma
explosão na plataforma de
lançamentos de Alcântara matou 21 técnicos e inviabilizou
o projeto do Veículo Lançador de Satélites nacional. Uma
compensação parcial veio em março de 2006, quando
a nave russa Soyuz TMA-8 levou à Estação Espacial
Internacional o tenente-coronel da FAB Marcos César
Pontes, primeiro sul-americano a ir ao espaço.

12/2005

MUITO ALÉM
DO PREVISTO
Aviões de combate costumam ter vida útil
reduzida, seja pelo desgaste natural da
operação, seja pela obsolescência tecnológica
diante dos adversários. Por isso, surpreende o
fato de que caças supersônicos como o MiG-21
soviético e o Mirage III francês permaneçam
por décadas na ativa. No caso dos Jaguares
brasileiros, a aposentadoria se deu em
dezembro de 2005, após 33 anos de serviço.
Muito além das previsões mais otimistas.

07/2006

O ARRASTADO
FIM DA PIONEIRA
Em 2006, as mudanças no transporte
aéreo que encerraram as atividades
de empresas tradicionais em todo o
mundo fizeram a sua maior vítima
no Brasil. Endividada e acumulando
prejuízos desde os anos 1990, a Varig
passou os primeiros seis meses do ano
em busca de acordos com credores e o
governo. No final de julho, começou a
paralisar voos e a demitir funcionários.
Seu último voo internacional
foi realizado no dia 3 de agosto.
Tentativas de manter as operações
domésticas sob nova razão social
também fracassaram. O derradeiro voo
comercial aconteceu em novembro de


  1. No ano seguinte, foi decretada a
    falência do grupo.


09/2006 e 07/2007
O FANTASMA DO “CAOS AÉREO”
Apesar da falência das antigas companhias, na primeira década
do século a aviação comercial brasileira viveu um crescimento
sem precedentes. A queda no preço das passagens e a melhoria
do poder aquisitivo da população multiplicaram o número
de voos e o volume de passageiros transportados, colocando
pressão na infra estrutura de aeroportos e de controle de voo.
Em setembro de 2006 e julho de 2007, dois acidentes fatais com
um Boeing da Gol e um Airbus da TAM revelaram as fragilidades
de um sistema que operava no limite.

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