Aero Magazine - Edição 300 (2019-05)

(Antfer) #1
BATERIAS ELÉTRICAS
Serão novos modelos de alta capacidade e
baixo peso. A Nasa trabalha em um projeto
para bateria líquida, que permite uma
grande concentração de energia em uma
pequena massa. Fabricantes de baterias
de todo o mundo estudam compostos que
possam substituir os íons de lítio. O desafio
da aviação elétrica está mais na capacidade
das baterias do que nos motores. Baterias
com grande capacidade e pesando menos
de um quilo por megawatt devem estar
disponíveis já nos primeiros anos da
próxima década.

VOOS URBANOS
As estrelas da indústria atualmente
são os veículos aéreos para cidades.
O desafio está em resolver três
questões. A primeira é a capacidade
das baterias de permitir que tais
aeronaves possam voar durante
todo o dia sem a necessidade de
recarregar. A segunda, um sistema

de inteligência artificial seguro o
bastante para o voo autônomo,
que deve ocorrer em uma segunda
etapa. Por fim, a terceira questão é
a regulamentação. Acredita-se que
em 10 anos teremos os primeiros
táxis voadores nas grandes
metrópoles do mundo, fazendo
pousos e decolagens verticais.

SEM PILOTOS
Seguindo a tendência dos veículos aéreos
urbanos, a indústria acredita que em duas
décadas surgirão os primeiros aviões civis
sem pilotos. O primeiro passo poderá
ocorrer no transporte de cargas. Os aviões
militares completamente autônomos

devem dar pistas já nos próximos anos
do quão perto a aviação profissional está
de voar por meio de algoritmos. Para
amantes do voo, o consolo é que não
existe chances de monomotores serem
autônomos, afinal, muitos existem apenas
pelo prazer de voar.

MENOS VERSÕES
Os fabricantes de aeronaves
estão reduzindo o número de
membros de suas famílias.
Projetos atuais conseguem reunir
uma série de características
de voo que atendem a um
amplo espectro de uso de cada
modelo, em especial na aviação
de negócios. Um mesmo avião
pode voar para Angra ou Miami.
A aviação comercial também
tem reduzido o número de
modelos, em geral cada família
possui no máximo três modelos
atualmente na aviação regular.


AUTORREPARO
O uso de materiais compostos tornou-se
uma realidade na indústria global, mas
projetos baseados em nanotecnologia
devem permitir não apenas projetos mais
leves como também aqueles que possam
se restaurar de forma automática,
apenas reagrupando moléculas.

VOLTA AO MUNDO SEM ESCALAS
O BBJ 777X será o primeiro avião com
capacidade de dar uma volta ao mundo
sem escalas. Mas modelos menores
também devem alcançar tal marca já na
próxima década. Bombardier, Dassault
Falcon e Gulfstream disputam atualmente
o maior alcance entre jatos de cabine
larga, e devem ampliar a rivalidade na
circum-navegação sem escalas.

ESPAÇO AÉREO CONECTADO
Não apenas as aeronaves estarão
conectadas entre si, mas também com
o espaço aéreo. Já na próxima década,
muitas das comunicações e autorizações
serão automáticas, melhorando a gestão
e a segurança.

FAMÍLIASINTEGRADAS
Ospróximosanosserão
marcadospeloápicedo
conceitodefamíliasentre
aeronaves.Todososprojetos
atuaisjátrabalhamcoma
filosofiaqueindependedo
portedaaeronave,seguindo
umapadronizaçãoparapilotos.
Issorepresentao fimdedez
modelosdeaviõese dez
conceitos de voo.


MAGAZINE 300 | (^79)

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