Adega - Edição 177 (2020-07)

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em sempre nos damos conta,
todavia o estágio antes do engar-
rafamento pode fazer uma dife-
rença enorme no vinho. Não é
apenas uma questão de quanto
tempo o vinho estagiou, mas em que material:
madeira, cimento, aço inox? Em que formato:
barrica, ovo, ânfora, cuba etc.? Isso sem contar
outros fatores que, por menores que sejam, po-
dem influenciar decisivamente nos sabores, aro-
mas e estrutura do vinho.
Um dos materiais mais comuns de estágio do
vinho é, obviamente, a madeira. Usada há milê-
nios, no início ela sequer tinha o intuito de en-
velhecer a bebida, mas apenas de servir de meio
de conservação e transporte, antes do surgimento

das garrafas. Com o tempo, porém, os produtores
passaram a perceber como a bebida evoluía em
contato com os diferentes materiais e até hoje
usam isso como uma forma de influenciar sabo-
res, aromas e estrutura.
Há quem pense que tudo se resume às diferen-
ças entre o carvalho americano, com seu famoso
aporte de aromas abaunilhados, e o carvalho fran-
cês, no entanto, atualmente a questão da madeira
vai muito além disso. Não há apenas dois tipos de
madeira usados e a influência tampouco se resu-
me à espécie da árvore e sua origem, indo até o
formato da barrica, à tosta, à idade do recipiente
etc. Então, para entender todas as influências que
a madeira (não somente o carvalho) pode gerar no
vinho, criamos este guia. Confira.
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