Aero Magazine - Edição 314 (2020-07)

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MAGAZINE 314 | (^57)
A380 se tornaram “mais um” no
momento da compra do bilhete.
Nem mesmo a Singapore
Airlines – cliente de lançamento
do A380, sempre ofereceu um
serviço diferenciado – manteve
o interesse no maior modelo da
frota. Foi a primeira empresa a
devolver aviões quando o contrato
de aluguel venceu, sem realizar
um novo pedido à Airbus. A Air
France também deixou de operar
o A380 cerca dez anos após come-
çar a operá-lo. Realizou o último
voo com o superjumbo no dia
26 de junho último. A despedida
ocorreu com um sobrevoo das
principais cidades da França,
partindo e pousando do aeroporto
de Paris-Charles de Gaulle com o
A380 matrícula F-HPJH.
Até a Emirates, empresa que
sempre defendeu publicamente
o superjumbo e conta com uma
impressionante frota de 115
aviões, mudou de posição com a
covid-19. Começou a negociar o
cancelamento dos últimos cinco
aviões encomendados, de um
pedido residual de oito aerona-
ves, dos quais três já estão sendo
construídas. Não fosse isso o bas-
tante, a empresa árabe confirmou
ainda que planeja reduzir sua
frota de A380 antes do previsto
originalmente. O objetivo da
direção é redimensionar a frota
para a demanda projetada para
os próximos dois ou três anos. E
acelerar a incorporação dos mais
eficientes (em termos de custos
operacionais) Airbus A350,
A330neo e Boeing 777-9 nas
rotas hoje operadas pelo gigante
quadrimotor.
RAINHA DOS ARES
Fim semelhante tem rondado a
eterna “rainha dos ares”. Usado
por muitos anos como aeronave
símbolo das frotas das grandes
empresas aéreas, o 747-400 –
que já vinha sendo considerado
pouco atraente pela maior parte
das companhias – começa a ser
retirado de serviço de forma
intensa. No dia 29 de março, auge
da paralisação aérea causada pela
pandemia em todo o mundo, a
australiana Qantas e a holandesa
KLM realizaram quase simultane-
amente os voos de despedida dos
seus jumbos. O voo derradeiro da
OS QUADRIMOTORES
A380 E 747 DEVEM SE
TORNAR AS GRANDES
VÍTIMAS DO NOVO
CORONAVÍRUS

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