Exame - Portugal - Edição 436 (2020-07)

(Antfer) #1

Macro



  1. EXAME. AGOSTO 2020


tão não existia na escola, ligado à gestão
de crise.” Para garantir essa valência, o
professor Francisco Fróis entrevistou 50
CEO (presidentes-executivos) nacionais
para estudar a forma de introduzir o tema
no portfólio da Nova SBE. O resultado foi,
então, o tal módulo dedicado à gestão de
crise, uma ferramenta essencial para uma
economia em queda, com impacto na ati-
vidade empresarial.
Não foram, no entanto, apenas os no-
vos temas, criados no efeito da pande-
mia, que ganharam relevo. Alguns dos
já existentes viram surgir nova procura.
Pedro Brito dá um exemplo. Um dos mó-
dulos, que até nem era dos mais procura-
dos, acabou por se tornar uma espécie de
blockbuster: o da chamada cenarização,
que ensina os alunos a gerir em cenários
futuros com variáveis muito diferentes da-
quelas que eram as tradicionais, como o
impacto dos mercados externos.
A pandemia trouxe desafios novos e
áreas novas de aprendizagem, mas tam-
bém acabou por promover conhecimen-
tos que antes até podiam não parecer
prioritários. É a nova realidade.


O PROFESSOR CONSELHEIRO
Também a pensar nessa nova realidade, e
em pleno confinamento, em março, a Nova
SBE testou outra das transformações que
agora terá espaço para implementar. A
nova abordagem pedagógica, explica Pe-
dro Brito, “consiste em transformar o tra-
dicional professor, que expõe e transmite
os seus conhecimentos, numa espécie de
mentor, facilitador e, nalguns casos até, de
conselheiro dos alunos”. E como funciona?
“Após as aulas de programas de agilidade
organizacional ou de gestão de risco, por
exemplo, os professores têm algumas horas
com cada participante para ajudar a tradu-
zir essa aprendizagem na realidade corpo-
rativa em que é aplicada. Fizemos esse teste
na altura e este processo acabou por mudar
também o papel evolutivo do professor.”
As escolas com base científica forte,
como é a Nova, que faz muita investiga-
ção, têm de conseguir mostrar a aplicação
do conhecimento aí gerado às realidades
das organizações. “O que queremos fazer
é traduzir essa investigação em conteúdo
e ferramentas, que, de facto, possam fazer
sentido para as necessidades que as em-


presas sentem em determinado momen-
to.” Pedro Brito dá um exemplo: “No caso
da cultura de inovação, que hoje em dia,
a par da transformação digital, é crítica
para garantir a sobrevivência futura das
empresas, convidamos os participantes a
aplicarem logo em projetos reais os conhe-
cimentos que vão adquirindo, permitindo
um impacto imediato nas suas empresas.
Isso garante às organizações um potencial
de retorno do investimento que foi feito no
processo de formação.”
Desta forma, a Nova SBE ambiciona
proporcionar às empresas a recuperação
de parte do investimento que fazem nos
seus quadros ainda no decorrer da for-
mação.
O ano letivo está à porta e a Nova SBE
prepara-se, assim, para o iniciar, no cam-
pus e fora dele, com nova vida, número re-
corde de inscrições, novas metodologias de
ensino e soluções mais adaptadas às neces-
sidades reais do mundo empresarial. É que,
como diz o professor Pedro Brito, “apesar
da pandemia, o mundo continua a querer
aprender”.

ENTRE A ELITE DO
ENSINO GLOBAL

A Nova SBE subiu em quase
todos os parâmetros do
ranking que o Financial Times
faz da formação de executivos

> SUBIDA NO RANKING

A Nova School of Business and Econo-
mics foi considerada a melhor escola
portuguesa de negócios, a 23ª da Eu-
ropa e a 44ª em todo o mundo, subindo
um lugar no ranking feito pelo Financial
Ti m es em relação ao último ano.

> MELHORES PROFESSORES

Em termos de corpo docente, a Nova
SBE ficou classificada como a 38ª me-
lhor do mundo e ficou no 37º lugar nos
conteúdos e metodologia pedagógica
e no desenho de programa. Esta é uma
avaliação feita por mais de quatro mil
alunos que realçaram a abordagem do
ensino e as “ferramentas” usadas na
formação.

> MAIOR CRESCIMENTO

No critério de crescimento e repetição,
que avalia os novos programas de
aprendizagem e as formações realiza-
das em anos anteriores e que os clien-
tes empresariais voltam a pedir para os
seus quadros, a escola de Carcavelos
conseguiu passar da 61ª posição no ano
passado para a 6ª melhor do mundo
na avaliação deste ano. Uma posição
inédita em Portugal.

Criámos um
modelo misto que
tenta retirar o
máximo valor do
ensino à distância
e do ensino
presencial”
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