AGOSTO 2020. EXAME. 37Mas estavam a lançar um concurso para
acabar com esse problema?
Tem havido alguns adiamentos nos con-
cursos. E, por motivos diversos, tem ha-
vido pouca motivação para se alterar a
forma como as audiências são feitas. Ou
seja, não se sabe bem se as audiências com
que trabalhamos atualmente serão as que
correspondem à realidade.
Há uma geração mais nova que conso-
me praticamente os conteúdos de strea-
ming e, muitos deles, já nem têm cabo
em casa...
O consumo de produto de televisão não
vai desaparecer. O que poderá é existir
uma alteração da forma como se conso-
me e dos minutos que se passa a ver con-
teúdos televisivos. É por essa razão que as
agências de meios estão a trabalhar cada
vez mais nesta área digital. Temos de saber
precisamente onde o consumidor está, a
que horas está e como reage às mensagens
de média que lhe chegam. Este é o grande
desafio do setor.
Por isso esta aposta no digital ...
Nós temos tentado estar sempre a ante-
cipar a procura dos nossos clientes. São
os mercados que fazem as agências. Nós
temos a obrigação de andar à frente das
necessidades. O peso de uma campanha
ou de um investimento em média digital
é hoje muito superior ao que acontecia
há uns anos.
Foi essa a razão que o levou a optar por
um homem da casa, ligado ao digital,
para assumir o cargo de diretor-geral da
Vimos alguns grupos
de média a crescer ou
a serem lançados
com objetivos que
não eram puramente
económicos”