Clipping Banco Central (2020-07-31)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


O Estado de S. Paulo/Nacional - Metrópole
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

GONZALO VECINA: O balanço da


pandemia


Clique aqui para abrir a imagem

O primeiro caso de covid-19 brasileiro foi
diagnosticado em 26 de fevereiro. Estamos com
2,5 milhões de casos e mais de 90 mil mortes.
Qual o balanço? A primeira indagação a ser
feita: existe um genocídio? Manaus - que
enterrava 30 pessoas por dia - chegou a
enterrar 160 e o fez em valas coletivas, como
ocorre em situações de guerra e de grandes
emergências. Colapsaram hospitais e
cemitérios. Além dos óbitos, ainda não
contabilizáveis entre populações indígenas no
Amazonas, em Roraima e mais recentemente
no Xingu. São popula- ções de responsabilidade
federal de acordo com a Constituição Federal.

A epidemia cresce em alguns Estados e
caminha para a interiorização, está estagnada
naqueles em que teve rápida propagação e
estabilizada em um ponto elevado em outros
Estados. Certamente os casos foram fruto da
exposição de grupos de pessoas que são, em
grande parte, dependentes da economia
informal e os dados comprovam isso - mais
casos e mais óbitos entre pobres e negros nas
periferias das grandes cidades.

Os pobres e negros seriam uma preferência do
vírus? Claro que não, somente devido à
exposição. O vírus infecta quem o encontra e
este é o caso dos pobres. E também os mata
proporcionalmente.

Quem ficou em casa está esperando a
flexibilização e quando esta chegar vão marcar
encontro com o vírus e ter sua chance. Este
momento está chegando. Onde ocorreu a
flexibilização quem saiu foi quem já estava
saindo ou por ser pobre e ter de encontrar
comida ou por ser trabalhador dos setores que
não reduziram atividade.

Agora se fala da importância de voltar às aulas.
Recuperar em três meses o ano perdido. São
cerca de 50 milhões de pessoas entre alunos,
professores e pessoal de apoio. Grande parte
estava em casa. Os prontos-socorros infantis
Free download pdf