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O Estado de S. Paulo/Nacional - Política
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais Nacionais

Maia e Alcolumbre ampliam poderes


durante pandemia


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Autor: Camila TurteM Daniel Weterman / brasília

Com a paralisação do funcionamento das
comissões temáticas do Congresso, os
presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-
RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEMAP),
concentraram um poder inédito desde que
assumiram o comando das duas Casas. Há
quatro meses, cabe exclusivamente a eles
decidir tudo o que vai ou não ser votado.
Líderes relatam incômodo com a situação e
cobram a instalação dos colegiados, onde os
debates são mais aprofundados e a pauta não
tem interferência de Maia e Alcolumbre.

Ao todo, existem 19,5 mil projetos parados nas

25 comissões permanentes da Câmara. Destes,
1.092 estão prontos para serem votados, ou
seja, já foram debatidos e os relatores já deram
seus pareceres. No Senado, são outras 2.814
propostas - 628 aguardando a fase de votação.
Até pela composição - os colegiados têm, no
máximo, 66 parlamentares - os debates são
mais detalhados e, muitas vezes, envolvem
audiências públicas com pessoas de fora do
parlamento chamadas a opinar sobre os mais
diversos temas. A votação diretamente no
plenário das duas Casas Legislativas pula essa
etapa do debate.

Entre as pautas à espera da volta das
comissões estão a PEC que prevê a prisão após
condenação em segunda instância, uma agenda
da Lava Jato, além de reformas - como a
tributária, cuja proposta foi enviada ao
Congresso no último dia 21. Uma sessão virtual
de debates com o ministro da Economia, Paulo
Guedes, está marcada para o próximo dia 5,
mas votação mesmo só quando as comissões
forem instaladas.

Como revelou a Coluna do Estadão anteontem,
a paralisação das comissões também
comprometeu a prerrogativa do Legislativo de
fiscalizar o Executivo. Dos 87 requerimentos de
convocação de autoridades do governo, apenas
um foi aprovado pelo Senado neste ano - o do
ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.
Na Câmara, são 66 pedidos para ouvir
autoridades na gaveta.

No Senado, os presidentes das comissões têm
mandato de dois anos. Na Câmara é de apenas
um ano e, pela primeira vez, a Casa está há
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