Clipping Banco Central (2020-07-31)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

também no mérito", afirmou.


Maia afirmou ainda que, na sua avaliação, a
nova CPMF não passaria na Câmara e que ele
seria um dos que votariam contra a proposta.
"Aqueles poucos que eu influencio vou tentar
influenciar para também votar contra", disse.


O seminário, mediado pelo diretor da Sucursal
da Folha em Brasília, Leandro Colon, também
contou com a presença de Affonso Celso
Pastore (economista e presidente do Centro de
Debates de Políticas Públicas), José Ricardo
Roriz Coelho (vice-presidente da Fiesp e
presidente da Associação Brasileira da
Indústria do Plástico) , Robson Braga
(presidente da CNI) e do deputado Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária.


O presidente da Câmara estimou que o
Congresso teria 12 meses para aprovar a
reforma tributária, porque, a partir do segundo
semestre de 2021, as eleições presidenciais
vão começar a afetar o andamento das
propostas legislativas. "O que agente quiser
fazer de estruturante no Brasil a gente precisa
fazer em 12 meses", afirmou.


Na avaliação dele, o ideal seria que as
mudanças no modelo tributário ocorressem
ainda neste ano e contemplassem também
estados e municípios - atualmente, grandes
capitais resistem a entrar na reforma.


"Se o Congresso conseguir incluir estados e
municípios, ótimo. Porque, se a gente também
não resolver o ICMS [imposto estadual], a
gente não vai estar resolvendo o principal
problema que gera as distorções nos impostos
de bens e serviços", defendeu.

Na análise dos debatedores do evento, o
caminho para estimular o parque industrial
brasileiro e criar incentivos para o investimento
externo passa por uma reforma tributária
ampla, que simplifique os tributos sobre o
consumo por meio da fusão de impostos, aos
moldes da PEC 45, proposta da Câmara que
prevê a criação de um Imposto sobre Bens e
Serviços (IBS) unificando cinco tributos, entre
eles PIS, Cofins e ICMS.

Na opinião de Pastore, a simplificação
tributária, como proposta na PEC, pode
revolucionar a indústria e o crescimento
econômico, ao solucionar distorções
prejudiciais ao setor.

"Estamos assistindo a um processo precoce de
desindustrialização no país", afirma.

Braga, da CNI, acrescentou que há um
consenso internacional de que o aumento da
base produtiva local é fator chave para
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