Clipping Banco Central (2020-07-31)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Opinião
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

estima o Banco Central Europeu. Ainda no
trimestre que marcou o auge da pandemia,
França e Itália deverão ter queda de 15% no
PIB.


A China, segunda maior economia do mundo,
onde o vírus surgiu e onde o combate a ele foi
decidido rapidamente em uma primeira etapa, é
o único país relevante do mundo a crescer em
2020, segundo o FMI. O recuo do PIB foi
intenso, de 6,8% no primeiro trimestre, mas
avanço de 3,2% no segundo. Pelo cálculo de
especialistas, o crescimento potencial do país é
de 6% no segundo semestre, o que resultaria
em um PIB de 2,5% no ano (Valor , 29 de
julho). O FMI prevê apenas 1%, o que ainda
assim é um desfecho triunfal comparado ao
comportamento das demais economias diante
do vírus.


A China precisa de uma taxa de expansão
maior do que 2,5% para suprir a necessidade
de trabalho de sua população e o governo vive
um dilema que é velho — gastar mais em
infraestrutura ou segurar uma bolha de
endividamento e crédito que nunca estourou.
Na dúvida, Pequim deve fazer as duas coisas.
O déficit público projetado é de 12,1% do PIB
(FMI), o dobro dos 6,3% de 2019. E, para
compensar um consumo em queda e relutante,
os investimentos, cuja proporção é de 55% do
PIB e estão em queda, terão de ser novamente
reativados.


O Japão, a terceira maior economia do mundo,
cresce muito pouco e tampouco mergulhará
muito fundo na recessão. O Banco do Japão
faz há anos experimentos radicais de estímulos
monetários de todos os tipos, com efeitos
frustrantes até agora. O crescimento não
decolou, o PIB deve cair 6% este ano e o BC
não consegue produzir uma inflação de 2% —
por sinal, nem o BCE, nem o Fed, que
chegaram, porém, mais perto disso.


O Brasil não está em último na fila da recessão.
O México o supera — no segundo trimestre,
seu PIB caiu 17,3% ante o trimestre anterior,
na quinta redução consecutiva. Mas os custos
do coronavírus vão além dos estragos na
produção. Para apoiar a economia, o Brasil
registrou déficit primário de R$ 417,2 bilhões no
primeiro semestre (-6,71% do PIB) e de R$
787,4 bilhões em doze meses (11% do PIB).
Está a caminho de ter o segundo pior déficit
dentre os países relevantes, de 16% (nominal,
FMI), atrás apenas dos EUA (23,8% do PIB)

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