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Folha de S. Paulo/Nacional - Opinião
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

Os estudos de vacinas para a Covid-


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Autor: Es per Kallds e Lily Weckx

Não podemos abrir mão de preceitos básicos na
condução das pesquisas

Tem sido grande o entusiasmo causado pela
chegada de vacinas para o novo coronavírus e
seus estudos no Brasil. Entretanto, aprovar o
uso de uma nova vacina não é tarefa simples.

Até a chegada da pandemia de Covid-19, eram
precisos muitos anos - em média sete - para

que novas vacinas recebessem licenciamento
para uso. Desde a ideia inicial e experimentos
em laboratório, segue para testes em modelos
de infecção, que podem requerer experimentos
em animais, seguidos por testes em humanos. A
partir daí, avalia-se a segurança, a capacidade
de induzir resposta imune e, finalmente, a
proteção contra a Covid-19.

Os testes em pessoas percorrem três fases. Na
primeira, a vacina é testada em um grupo
pequeno de voluntários, em diferentes doses; na
segunda, amplia-se o número de participantes, j
á com a dose definida; a terceira verifica a
eficácia da vacina em um grande número de
pessoas.

Se a vacina é segura e eficaz, os fabricantes se
preparam para viabilizar a produção e a
comercialização. Cabe, então, aos gestores da
saúde pública planejar a obtenção, distribuição
e implementação de regras para que a
população seja vacinada.

Diante desta pandemia, não podemos esperar
sete anos. Para que as vacinas da Covid-19
estejam disponíveis, esses processos precisam
ser mais céleres, respeitando, contudo, dois
princípios fundamentais. Não podemos abrir
mão da segurança do voluntário: as boas
práticas clínicas, normas internacionais que
norteiam a condução de pesquisas, seguem
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