Banco Central do Brasil

Valor Econômico/Nacional - Finanças

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Banco Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto

Wall Street desaba com PIB dos EUA

e Alemanha no 2º tri

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Autor: Gabriel Roca, André Mizutani e Rafael

Vazquez

As quedas sem precedentes do Produto

Interno Bruto (PIB) dos EUA e da Alemanha no

segundo trimestre divulgadas não deixam

dúvidas aos investidores de que o caminho para

a recuperação dos níveis pré-pandemia ainda

será longo. O problema é que alguns sinais de

que a retomada está perdendo tração também

começaram a aparecer, o que ampliou a

aversão ao risco nesta quinta-feira, penalizando

ações e commodities.

Na bolsa de valores de Nova York (Nyse), o

Dow Jones fechou em queda de 0,85%, aos

26.313,65 pontos, enquanto o S&P 500 recuou

0,38%, a 3.246,22 pontos. Na contramão de

seus pares, o índice Nasdaq subiu 0,43% e

fechou o dia aos 10.587,81 pontos, com a

aposta que as empresas de tecnologia devem

permanecer resilientes, mesmo em meio ao

cenário difícil para a economia mundial.

No início do dia, o gabinete de estatísticas da

Alemanha informou que o PIB do país recuou

10,1% com ajuste sazonal em relação ao

trimestre anterior, uma leitura pior do que a

queda de 9% prevista pelos economistas

consultados pelo “The Wall Street Journal”.

A divulgação pressionou os índices acionários

europeus, com investidores receosos de que a

queda maior do que a esperada no PIB alemão

possa ser um presságio para o restante do

continente. O Stoxx 600 fechou o dia com

perdas de 2,16% e o DAX, índice de referência

da bolsa de Frankfurt, recuou 3,45%, no pior

desempenho entre os índices do continente.

Nos EUA o cenário não foi diferente. A queda na

atividade econômica foi de 32,9% no segundo

trimestre na comparação com o mesmo período

do ano passado, segundo o dado preliminar

divulgado pelo Departamento de Comércio,

indicando a maior queda desde a Grande

Depressão de 1929.

Segundo analistas, quando os números são

dissecados, é possível observar que após a

queda vertiginosa nos meses de março e abril,

um movimento de recuperação teve início em

maio.

“A enorme queda no PIB no segundo trimestre

reflete em grande parte o colapso da atividade

econômica que ocorreu no fim de março e abril.

Mas dados mensais mostram que a economia