Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes
média afirmou Afif ao GLOBO.
DESONERAR 25% DE SALÁRIOS As contas
sobre o impacto fiscal da reformulação do IR
ainda estão sendo fechadas. Afif afirma, no
entanto, que seria possível compensar a
renúncia de receitas com a criação do tributo
digital, que teria alíquota de 0,2%.
O novo imposto seria suficiente ainda para
bancar uma redução de 25% da contribuição
previdenciária de 20% que empregadores
recolhem sobre os salários. Assim, o imposto
passaria a ser de 15%.
Para o salário mínimo, seria possível desonerar
totalmente os contratos. Ou se- ja:
empregadores ficariam livres do imposto de
20% que hoje são obrigados a recolher para o
governo sobre quem recebe o mínimo.
Considerando o valor atual do salário mínimo,
de R$ 1.045, a retirada dessa cobrança
significaria que as empresas poupariam R$ 209
por trabalhador que recebe o piso do país.
INCENTIVAR EMPREGOS
O imposto sobre pagamentos foi alvo de
críticas no ano passado, inclusive do próprio
presidente Jair Bolsonaro, por ser comparado à
extinta Contribuição Provisória sobre
Movimentações Financeiras (CPMF), que se
tornou extremamente impopular por ter elevado
a carga tributária.
No entanto, a medida sempre foi defendido
pelo ministro Paulo Guedes, que refuta as
comparações com o antigo "imposto do
cheque", já que haver ia uma substituição de
impostos.
Afif concorda com a avaliação e diz que essa é
a melhor alternativa para incentivar a geração
de empregos.
A turma fala que o imposto de transação é o
feioso. Tudo bem, mas tem o horroroso (em
referência à contribuição previdenciária sobre
salários) - afirma.
Contas públicas têm rombo de R$ 417 bi
As contas do governo fecharam junho com
rombo de R$194,7 bilhões, o pior resultado da
História para o período. 0 número é resultado
da crise do coronavírus e das medidas para
conter os efeitos da pandemia.