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Valor Econômico/Nacional - Finanças

sexta-feira, 31 de julho de 2020

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Carvalho assume Acrefi e vê

tecnologia como arma pró-competição

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Autor: Talita Moreira

O economista Luís Eduardo da Costa Carvalho,

fundador do Grupo Lecca, assumiu ontem a

presidência da Associação Nacional das

Instituições de Crédito, Financiamento e

Investimento (Acrefi) com foco na competição.

De acordo com Carvalho, a tecnologia oferece

uma oportunidade única para instituições

financeiras de menor porte competirem com as

grandes. Por isso, um dos objetivos dele é

apoiar o Banco Central (BC) na adoção da

agenda BC#. “O mercado está se preparando

para essa mudança e isso é extremamente

positivo”, disse.

Carvalho substitui Hilgo Gonçalves no comando

da associação para um mandato de dois anos.

O economista já era vice-presidente da

entidade.

A chegada à presidência da Acrefi vem em meio

à crise deflagrada pela pandemia de covid-19, o

que impõe um desafio extra. “Com mais de 50

anos de mercado, imaginava que já tinha visto

de tudo. Até que fui apresentado ao coronavírus

”, afirma.

Apesar disso, Carvalho está otimista e prevê

que o estrago na economia será menor que o

inicialmente previsto. “O pior já passou,

certamente.”

O economista afirma que a inadimplência está

bem abaixo dos prognósticos iniciais e não acha

que os calotes vão aumentar mais à frente. “Já

estamos no fim de julho e grande parte dos

compromissos está sendo honrada”, diz.

Carvalho vê a atividade econômica começando

a se recuperar, impulsionada por medidas de

liquidez adotadas pelo BC. O auxílio

emergencial também ajudou. “Quando essa

torneira for fechada, vai ter um efeito negativo,

mas todo mundo está se preparando.”

A taxa básica de juros na mínima histórica é

outro fator que contribui para a recuperação,

segundo Carvalho. A Acrefi prevê queda de 6%

no PIB neste ano e crescimento de 3,7% em

2021.

A associação acompanha as projeções do BC

para o crédito, que apontam alta de 7,6% no

estoque de operações neste ano, com

crescimento mais forte nas linhas de empresas,

afirma Nicolas Tingas, economista-chefe da