Clipping Banco Central (2020-07-31)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Especial - Educação
financeira
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima),
houve um avanço nos últimos anos, com mais
informação e iniciativas sobre educação
financeira. “Mas é um tempo curto para avaliar
resultados, principalmente na educação
formal”, pondera. A entidade tem reforçado as
ações de educação, informação, orientação e
proteção. Outra iniciativa é o “Como Investir em
Você”, para universitários, que conta com 16
instituições de ensino parceiras e formou mais
de 35 mil estudantes desde 2014.


Principal desafio é ampliar formação dos
professores


O tema educação financeira entrou na pauta de
secretarias de educação de diversos Estados
brasileiros. No Tocantins, o assunto está
presente em 100% das escolas da rede
estadual, afirma Leandro de Souza Vieira,
diretor de gestão da educação básica da
Secretaria de Estado da Educação, Juventude
e Esportes (Seduc) do Tocantins. “Hoje, temos
técnicos em cada uma das 13 diretorias
regionais que trabalham diretamente com o
programa.”


O programa começou a ser desenhado em
2009, com um piloto feito com 17 escolas do
ensino médio. Em cinco anos, avançou para
76, conta a professora Alessandra Camargo,
embaixadora de educação financeira no Estado
de Tocantins e atualmente gerente de
monitoramento de dados e informações das
escolas de tempo integral da Secretaria de
Estado da Educação (Seduc) de Goiás.


O principal desafio, diz Vieira, é mostrar a
importância do tema aos professores e
coordenadores das escolas. “A gente fala muito
da questão da transversalidade do conteúdo,
mas não podemos esquecer de que os
professores não são formados para trabalhar
desta forma”, aponta Fábio Barbosa,


coordenador de educação ambiental e saúde
da Secretaria Estadual de Educação do Estado
da Bahia. No ano passado, o Estado incluiu a
educação financeira e para o consumo nas
escolas da rede estadual.

Desde 2017, a Bahia realiza oficinas de
formação de professores interessados em atuar
com a temática nas escolas,
independentemente da área de conhecimento.
“Na última edição, tivemos professores de
história, geografia e biologia, por exemplo. Eles
saem com a incumbência de também serem
como multiplicadores do assunto”, conta
Barbosa. Nos últimos três anos, foram
capacitados mais de 200 professores.

Em São Paulo, a educação financeira é
abordada desde o primeiro ano do ensino
fundamental como um assunto transversal, diz
Maria Adriana Pagan, coordenadora estadual
do currículo paulista do Governo do Estado de
São Paulo. “O tema também é ofertado na
grade curricular do 6º ano à 3ª série do ensino
médio, trazendo um olhar para o
desenvolvimento de um cidadão mais
responsável, ético e crítico.”

Lançado pelo estudante Evandro Mello Farias
em 2017, o Multiplicando Sonhos leva
educação financeira para alunos do ensino
médio da rede pública da cidade de São Paulo.
“Mapeamos 12 escolas na capital. Todas
toparam o projeto”, conta. No ano passado, a
iniciativa capacitou 178 estudantes da Escola
Estadual Dom Pedro I, em São Miguel Paulista,
zona leste da cidade. Ao todo, foram sete aulas
de educação financeira, com conteúdo didático
criado pela própria ONG, sobre tópicos como
finanças pessoais, investimentos,
empreendedorismo, sustentabilidade e
psicologia econômica.

Com mais de 80 voluntários, incluindo
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