Clipping Banco Central (2020-07-31)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Brasil
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 2 - TCU

ONG vê baixa transparência em


prestação de contas


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Autor: Gabriel Vasconcelos

O nível de transparência do governo federal
para contratos emergenciais firmados no
contexto da pandemia é inferior ao de todas as
capitais do país e, entre os Estados, só superou
o do governo de Roraima, o último da lista de
entes subnacionais publicada ontem pelo
escritório brasileiro da ONG Transparência
Internacional (TI). Trata-se da terceira edição do
documento, mas a primeira em que a gestão
federal é avaliada.

A ONG avalia a divulgação dos contratos de
compra de insumos e contratação de serviços
contra a covid-19. Para tanto, atribui notas de 0
a 100, sendo a soma de um gabarito com 34

itens de pesos diferentes. Acima de 80 pontos o
nível é ótimo. Depois, a cada faixa de 20 pontos,
o nível é rebaixado a bom, regular, ruim e
péssimo. São avaliados desde a existência de
portal exclusivo para a exposição dos contratos
— recomendação do Tribunal de Contas da
União (TCU) — até critérios de didatismo,
passando pelo grau de detalhe.

A nota do governo do presidente Jair Bolsonaro
foi de 49,3 pontos, o que lhe garante o status de
“regular ”, enquanto a média dos governos
estaduais e das capitais alcança 85,0 pontos,
informou a TI.

Último entre os Estados, Roraima alcançou
40,51 pontos. Sergipe, o penúltimo colocado,
teve pontuação bem à frente, de 65,82 pontos.

Analista da ONG, Guilherme France diz que o
principal portal do governo para prestação de
contas é o “Contratos Coronavírus”, indicado na
página do Ministério da Saúde e no Portal da
Transparência na internet. Entretanto, além de
pouco detalhadas, as informações não estão em
formato aberto, que podem ser processados por
qualquer tipo de máquina, extraído na forma de
planilha. Essa condição permitiria o cruzamento
com outros bancos de dados do governo.

Segundo ele, o ministério apresenta uma tabela
estática, com seis colunas, que nem sequer
pode ser baixada. “Além disso, o conjunto de
informações não traz a descrição dos objetos
contratados, sua quantidade, valor unitário ou o
local de execução dos contratos.”
Outro problema, diz ele, seria a dispersão de
informações nas páginas das várias instituições
de saúde. “Cada um segue protocolo diferente,
alguns em sites próprios, outros via Portal da
Transparência. É difícil ter um controle da
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