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Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Especial - Educação
financeira
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

Reserva de emergência deve ser


prioridade


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Autor: Luciana Del Caro

Dez entre dez planejadores financeiros
enfatizam a importância de as pessoas
contarem com uma reserva de emergência para
usar em momentos de dificuldade e imprevistos.
Embora há anos eles batam nessa tecla, nem
sempre recebem a devida atenção. Com a
pandemia e a abrupta queda de renda de
grande parte da população, a situação parece
estar mudando.

“Para muitos, é o aprendizado pela dor. As
pessoas agora perceberam a real importância
da reserva de emergência”, diz Angela Nunes,
membro do conselho administrativo da Planejar.

Na Alocc, que trabalha com clientes de alta
renda, houve maior procura por planejamento
patrimonial por parte de empresários cujos
negócios tiveram perdas de faturamento e de
profissionais demitidos que receberam
indenizações e estão preocupados em fazer o
dinheiro durar, conta a sócia Sigrid Guimarães.

As recomendações dos especialistas variam,
mas de forma geral eles dizem que o ideal é
guardar o equivalente a pelo menos seis meses
do que se precisa para viver. “Quanto mais
instável for a fonte de renda, maior deve ser a
reserva”, diz Samantha Millais, facilitadora de
educação financeira da Guide Investimentos.
Funcionários públicos, por exemplo, geralmente
precisam ter menos recursos para emergência;
autônomos e microempresários deveriam
guardar até um ano de seus gastos ou sua
renda, considera.

O ponto de partida para calcular o valor de uma
reserva de emergência adequada é o orçamento
pessoal, que especifica despesas, receitas e
capacidade de poupança. Quando há dívidas, o
ideal é saldá-las antes, e se for necessário
cortar os custos para conseguir poupar, isso
deve ser feito rapidamente. Depois, multiplicam-
se as despesas mensais mínimas para viver por
seis meses a um ano, período que se espera
suficiente para achar saídas para a situação
difícil.

Guimarães, da Alocc, considera ideal que a
reserva garanta a subsistência por três a cinco
anos: “O colchão de liquidez deve ser suficiente
para atravessar crises e períodos difíceis, como
demissões, e mesmo mudanças de planos de
vida, como a busca por uma nova profissão”.

“O importante é que a reserva de emergência
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