Clipping Banco Central (2020-07-31)

(Antfer) #1

Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Valor Investe
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Caderneta de poupança

Brasileiro mantém viés para ativo de


risco


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Autor: Adriana Cotias

Julho deve marcar o quarto mês consecutivo de
valorização de ativos de risco no Brasil, com alta
das ações, dos preços dos títulos públicos
longos, além da redução dos spreads de papéis
de dívida corporativa. O investidor segue para
alternativas que balançam mais, mas que têm
maior potencial de retorno, porque as mais
conservadoras, atreladas a juros pós-fixados,
têm se mostrado insuficientes para preservar o
poder de compra.

A boa vontade para ativos de risco se refletiu,
por exemplo, em todos os índices de ações. O
Ibovespa subiu 10,5% só em julho, e desde o
piso de 23 de março acumula ganhos de mais

de 65%.

À primeira vista, tal desempenho dá a entender
que o pior da crise provocada pela pandemia
ficou para trás, mas vale lembrar que os efeitos
colaterais ainda vão ser sentidos na economia.
O PIB vai cair e o país já está às voltas com um
quadro fiscal mais frágil. Com o freio, a
lucratividade das empresas também será
afetada. Mesmo assim, a bolsa está entre os
principais ativos sugeridos por especialistas em
investimentos. Ouro e dólar compõem a dupla
de proteção.

Não dá para amenizar que a relação dívida/PIB
brasileira encosta nos 100%, após os gastos do
governo para compensar os efeitos da
paralisação da atividade com a pandemia, diz
Nicolas McCarthy, chefe de investimentos do
private banking do Itaú. Hoje, as carteiras dos
clientes da divisão de fortunas do banco
carregam, principalmente, posições em bolsa e
em juro real.

“Foi necessário fazer a ponte para as empresas
e os desempregados durante o fechamento [da
economia], para que quando voltem a trabalhar
o governo saia do j o g o”, diz. McCarthy.

Para ele, as articulações para a reforma
tributária e, possivelmente, a privatização da
Eletrobras, são uma sinalização positiva que
veio antes do que se imaginava e que o Brasil
não tem espaço para errar.

“País emergente não tem dinheiro em
abundância para gastar. O número de 100 [a
relação dívida/PIB] não é um problema. O
problema é não trará-lo e ele ir para 110%,
130%, e daí vira exponencial”, diz McCarthy.
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