Clipping Banco Central (2020-07-31)

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Banco Central do Brasil


Valor Econômico/Nacional - Brasil
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

Contribuição patronal ao INSS pode


cair para 15%, diz Afif


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Autor: Lu Aiko Otta

A desoneração da folha salarial em formulação
pelo governo poderá prever uma redução da
alíquota de contribuição patronal ao Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) dos atuais
20% para 15%, disse ao Valor o assessor
especial do Ministério da Economia Guilherme
Afif Domingos. Esse corte seria aplicado nos
montantes acima de um salário mínimo. Abaixo
disso, a empresa seria isenta da contribuição.

“Mas, para isso, precisamos de uma base de
compensação, que é o imposto sobre
transações”, afirmou. A arrecadação do tributo
vai financiar a desoneração da folha e reforçar o
programa de renda cidadã, batizada de Renda

Brasil.

Estudos da área técnica do Ministério da
Economia apontam que, com a junção do Bolsa
Família, o abono salarial e o seguro defeso,
seria possível pagar um benefício de R$ 232 às
pessoas que hoje recebem o auxílio
emergencial. Mas a intenção é elevar esse
valor. Segundo Afif, o que “está na cabeça de
todo mundo” é R$ 300.

Os R$ 120 bilhões que deverão ser arrecadados
caso o imposto de transações seja aprovado
com alíquota de 0,2% vão, além de bancar a
desoneração da folha e complementar o Renda
Brasil, compensar parte das receitas que serão
perdidas com o fim do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) e sua substituição por um
Imposto Seletivo, a ser cobrado sobre bebidas e
cigarros, por exemplo, apelidado de “imposto do
pecado” pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes.

“Alivia muito os custos de produção”, afirmou o
assessor especial, referindo-se à eliminação do
IPI. As receitas com o IPI alcançaram R$ 56,8
bilhões em 2019. Mas esse dado inclui a
tributação sobre produtos tradicionalmente
taxados pelo Imposto Seletivo. Excluindo fumo,
bebidas, automóveis e importações, a
arrecadação do IPI foi de R$ 24,8 bilhões,
conforme dados da Receita Federal.

Ainda não estão definidos os produtos que
pagarão o Imposto Seletivo. Fora as bases
clássicas dessa tributação, os técnicos analisam
a possibilidade de taxar o açúcar refinado. O
assessor especial vê a ideia com ressalvas.
O governo quer elevar o limite de isenção do
Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) dos
atuais R$ 1.903,98 para R$ 3.000. Além disso,
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