Banco Central do Brasil

Valor Econômico/Nacional - Eu & Fim de Semana

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Cenário Político-Econômico - Colunistas

João Bernardo Caldeira - AVANT-

PREMIÈRE

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Autor: João Bernardo Caldeira , para o Valor

As demissões no Masp

O orçamento do Masp, que demitiu 21

funcionários na semana passada, caiu 20% por

causa da pandemia. Antes da crise, a instituição

previa contar com R$ 46 milhões em 2020.

“Apesar da queda de receitas, o Masp iniciou o

ano com uma posição de caixa positiva”, afirma

Fabio Frayha, diretor-financeiro e de operações

do museu. “Imaginamos que tal fato, somado

aos esforços de revisão orçamentária e

reduções de despesas, permitirá que passemos

por este período mantendo a meta de fechar o

ano em situação não deficitária.”

As próximas atrações do Masp estão sendo

redesenhadas. Mostras de brasileiros terão

durações mais longas. “Fizemos ajuste

significativo na programação tanto de 2020

quanto de 2021”, diz o diretor- artístico, Adriano

Pedrosa. “E impactará também nos anos

seguintes, que são organizados em torno de

diferentes temas, com eixos planejados até

2026.” Instituição privada sem fins lucrativos, o

Masp sofreu queda de receitas como bilheteria,

locação de espaços, doações e patrocínios.

Impulsionada pela pandemia, a ampliação da

presença do Masp nas redes sociais tornou o

seu Instagram o maior de um museu na América

Latina. “Temos visto nossa base aumentar

enormemente”, diz Pedrosa. Para a retomada

das atividades presenciais, espera- se queda de

público: “Imaginamos que o nível de visitação

seja consideravelmente menor.”Em 2019, o

museu atingiu recorde de 560 mil pessoas. “As

regras de segurança que serão implementadas,

como controle de visitantes por hora e

distanciamento obrigatório nos ambientes

expositivos, também vão mudar a dinâmica de

visitação.”

Vácuo de produção

Produções previstas para irem ao ar no Canal

Curta! não foram entregues por causa da

pandemia. O câmbio dificultou o licenciamento

de filmes e séries internacionais. Para 2021,

teme-se que a paralisação do Fundo Setorial do

Audiovisual cause nova lacuna: “A situação é

gravíssima, pois compromete um sistema

produtivo”, diz Julio Worcman, diretor do canal.

“O fundo alimenta a produção que abastece os

canais, vai faltar conteúdo.” O Curta! possui 120

filmes e 800 episódios advindos do fundo, e

30% disso ainda não entregues. O Curta!

investe na plataforma de “streaming”a