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Folha de S. Paulo/Nacional - Saúde
sábado, 1 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

Com valores humanos, foi um grande


juiz brasileiro


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Autor: Patrícia Pasquini

RANULFO DE MELLO FREIRE (1924-2020)


A autoridade profissional nunca foi maior do que
os valores humanitários do desembargador
aposentado Ranulfo de Mello Freire, conhecido
também pelo jeito simples, pela educação, pela
generosidade e gentileza.

Foi um dos grandes juízes do país e guru de
uma geração inteira de acadêmicos, estudantes,

juízes e magistrados.

"Ele sempre queria saber o outro lado.
Geralmente escutava o que um juiz comum
ignoraria. Sua vida profissional recebia
influência da vida humana", diz Sérgio Salomão
Shecaira, professor titular de direito na USP e
conselheiro do IBCCrim (Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais), órgão de que Ranulfo foi
membro fundador mas o qual deixou por
divergências políticas.

Ranulfo era mineiro, de Altinópolis. Entrou para
a magistratura em 1955. Foi presidente do
antigo Tribunal de Alçada Criminal em 1982 e
1983.

Aposentou-se como desembargador em 1983.
Depois, reinscreveu-se na OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) e integrou a Comissão de
Direitos Humanos em São Paulo. É lembrado
pela visão humanista do direito penal.

"Ele era a antítese do juiz. Normalmente, os
juízes são mais formais, colocam certa distância
e, ainda que não queiram, essa distância vem
naturalmente. Ele era a pessoa mais antitética
que você poderia imaginar. Extremamente
informal, adorava conversar com as pessoas, às
vezes tomando uma cervejinha ou uma
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