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Folha de S. Paulo/Nacional - Mônica Bergamo
sábado, 1 de agosto de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
MÔNICA BERGAMO
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Autor: Mônica Bergamo com Bruno B. Soraggi,
Bianka Vieira e Victoria Azevedo
VAMOS DAR UM TEMPO
O julgamento do procurador Deltan Dallagnol,
da Lava Jato, no CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público), marcado para o dia 18, pode
ser adiado por pedido de vista de um dos
integrantes do colegiado, que é formado
também por colegas do procurador na carreira.
TEMPO 2
A iniciativa não deve impedir que o conselho
sinalize com a possibilidade de ele ser removido
da força-tarefa do Paraná: os conselheiros
contrários a Dallagnol devem antecipar o voto,
mesmo com o pedido de adiamento.
OUTRO LADO
A tendência é que 6 dos 11 integrantes votem
para que ele seja deslocado para outras
funções.
SINAL
Mesmo que o resultado, por causa do pedido de
vista, não seja proclamado, pode ficar
configurada uma situação política desfavorável
para o procurador.
SINAL 2
A sinalização deve reforçar a estratégia do
procurador-geral da República, Augusto Aras,
de esvaziar a liderança de Dallagnol. Ele estuda
dividir a força-tarefa em quatro, para que o
procurador perca o protagonismo.
PRAZO
A decisão será tomada em setembro, quando
vence o prazo para que Aras prorrogue a Lava
Jato.
MEMÃ"RIA
O grupo Prerrogativas, que reúne advogados e
defensores públicos, faz o lançamento virtual
neste sábado (1°), do "Livro das Suspeições" ,
em que 34 juristas acusam Sérgio Moro e os
procuradores da Lava Jato de parcialidade.